Forgotten Memories - LOKI

Capítulo 1 - VINGADORA

          A tensão de uma primeira batalha é maior do que eu esperava.

          "Minha respiração quase perdia o ritmo toda vez que os ruídos da velha parede de madeira ecoavam pelo local. Eu me escondia atrás de uma das grossas colunas que suportavam o teto, atentando todos os meus sentidos para o que estava por vir. A única luz que ousava invadir o local escuro vinha dos buracos do teto, e ainda assim não era o suficiente para enxergar um metro a minha frente.
         Acima de mim está Clint, o Gavião Arqueiro. Ele observava a entrada no andar de cima do galpão, provavelmente apontando uma flecha com seu arco sem emanar um som se quer. Se eu não pudesse senti-lo poderia jurar que não há mais ninguém por perto; era impossível enxerga-lo ou ouvi-lo onde quer que estivesse. Suas habilidades de precisão e furtividade eram incríveis, eu poderia aprender mais com ele.
          —Preparem-se. — a voz de Natasha emitiu do comunicador em meu ouvido. —Estão se aproximando. São 10 no total, iremos nos aproximar do galpão e cuidar dos que ficarem do lado de fora.
          É agora. Pensei. Não posso vacilar.
A porta dupla do galpão se abriu e ouvi passos, cinco entraram. Três pararam próximos a porta e dois continuaram a andar lentamente em cada lado, vasculhando o local. Senti eles se aproximarem de mim, então prendi a respiração para não fazer nenhum barulho.
          —Agora! — Natasha avisa e imediatamente ouço gritos de luta do lado de fora, o ataque havia começado.
          Sinto uma onda quente passar por meu corpo em direção às minhas mãos e saio de trás da coluna, me revelando. Uma magia de luz azul é lançada das minhas mãos na direção da porta, trancando a única entrada e saída do galpão para que não escapassem. Duas flechas são lançadas do alto em sequência, acertando os dois capangas próximos a porta e deixando apenas o homem que queríamos capturar vivo.
          O capanga que estava a minha frente se recupera do choque que levou ao me ver de repente e aponta sua arma em minha direção, novamente emano meus poderes e arranco a arma de sua mão, jogando-a longe o suficiente para que ele não a alcance. Logo ele corre em minha direção para uma luta corpo a corpo. Aceito o desafio e me preparo, desviando de dois socos que ele dá em direção ao meu rosto. Empurro seu braço para o lado, dando um chute em sua barriga. Ele recua com um gemido, se curvando pela dor.
          Em seguida transfiro uma pequena onda de magia ao meu pé direito, já que felizmente ele se afastou o suficiente para que eu acertasse sua mandíbula em cheio com um chute, e assim fiz. O chute com magia foi o suficiente para que ele caia inconsciente chão. Escuto o outro capanga se aproximar atrás de mim, me viro e o mesmo cai no chão com uma flecha cravada em suas costas. Olho para cima e vejo Clint com um sorriso no rosto, dando uma piscada logo em seguida. Balanço a cabeça sorrindo - é, ele está sempre alerta.
          Me viro para o homem que sobrou: Grant Ward.
          —Já está tudo limpo. Eu e o grandão acabamos com todos aqui fora. — ouço a voz da ruiva e imediatamente libero a porta, que estava trancada até então.
          Clint cai ao meu lado, apontando uma flecha de seu arco em direção à Grant, que estava prestes a sacar sua arma. Natasha entra com Hulk bufando de raiva, cerrando os punhos e provavelmente louco para bater em alguma coisa, ou em alguém. Nat encosta em sua mão, pedindo para que ele esperasse quando seus olhos encontraram o capanga a sua frente. Na mesma hora, Grant solta sua arma e levanta as mãos, deixando cair a maleta que estava tomando conta como se fosse sua vida e se rende diante da ameaça verde.
          —É uma boa escolha. — digo e Nat dá um sorriso, pegando o par de algemas tecnológicos feitos especialmente por Tony Stark, o mesmo afirmava que algemas comuns não eram seguras o suficiente para o "tipo" de vilões que enfrentamos.

          Ela algema o homem de preto enquanto eu pego a maleta do chão e Clint solicita reforço para levar os capangas presos e o nosso transporte para nos levar de volta à base. Grant sorri maliciosamente, como se tivesse vencido.
          —Acham mesmo que há algo de importante nessa maleta? — ele diz convencido, se virando para mim. —Não somos burros o suficiente para trazer o Tesseract com tão pouca segurança. Eu sabia que era uma armadilha.
          —E mesmo assim você veio. — diz Clint guardando seu arco nas costas e colocando a mão na cintura. —Acho que você não é tão inteligente assim. Mesmo que não tenha nada de importante dentro dessa maleta, conseguimos pegar você. —Grant engole em seco.
          —Eu não direi nada à vocês. —seu sorriso some, mas seu olhar continua convencido.
          —É o que veremos. —Clint diz enquanto o conduzia para fora do galpão e minha atenção se volta à maleta. Será que fizemos tudo isso em vão?