𝑬 𝒎𝒂𝒊𝒔 𝒅𝒊𝒇𝒊𝒄𝒊𝒍 𝒎𝒐𝒓𝒓𝒆𝒓 𝒅𝒐 𝒒𝒖𝒆 𝒗𝒊𝒗𝒆𝒓

37 5 8
                                    

Narradora:

Os murmúrios na rua pareciam zumbidos de moscas. O transito engarrafado e os guardas empenhando-se ao fazer o desvio para liberar os veículos deixavam tudo mais caótico. A multidão —  alguns que paravam por curiosidade e outros que estavam a caminho de casa — se formava em uma das rua mais movimentada de Seul. Repórteres e jornalistas com suas câmeras de focinhos longos aprumadas, o hálito elevando-se como vapor naquela noite fria que não havia neve, muitos erguiam celulares para tirar fotos antes do cadáver ser levado enquanto a perícia movia o corpo já sem vida para cima da maca de ferro. Tudo estava um grande caos!

Dentro do prédio, uma família tentava ver tv. O irmão mais novo de dois filhos estava apoiando-se na janela, curioso para saber o que acontecia lá embaixo.

Jeong-do: Mãe, acho que alguém morreu. - especulou o garoto de 17 anos, olhando a movimentação do décimos terceiro andar.

Jeigi: O que? Eu pensei que fosse um assalto. - disse a mulher vestida com seu suéter verde musgo, se direcionando até a janela.

Jeong-do: A pericia e a ambulância estão aqui. Alguém morreu.

Jeigi: Eu vou lá. - Jeigi foi até a porta, colocando seu casaco e chinelo de borracha.

Taegu: Como vocês são curiosos. - o homem de cabelos grisalhos e de rosto duvidosamente caído com o tempo, se intrometeu na conversa. - Talvez alguém tenha se machucado no assalto. Não deve ser nada demais.

Jeigi: Mesmo assim. O Yoongi está vindo, e se for ele quem se machucou?

Jeong-do: Neste caso eu vou com você. S/n, você vem? - perguntou para a irmã mais velha ausente desde ontem.

Jeigi: Ela deve estar trancada no quarto novamente. Deixe-a. Daqui a pouco ela sai, quando nós batermos parabéns. - sussurrou dando um grande e caloroso sorriso.

Yoongi estava passando pela rua, com um bolo embalado em suas mãos, alegre por hoje ser aniversário de sua melhor amiga, s/n. Após ver a multidão em volta do apartamento onde iria entrar, se aproximou para ver o que acontecia.

Parece que alguém havia morrido, Yoongi não ligou muito para isso até que, vendo um pedaço do corpo descoberto pelo lençol branco, notou que conhecia aquela pessoa. Com suas mãos trêmulas deixou o bolo cair no chão.

O anel que havia no dedo da mulher que morreu era idêntico ao que ele fez à sua amiga no tempo de escola.

Mesmo não tendo certeza de que era ela, correu para perto do corpo quase sendo barrado pelos policiais que acalmavam o pessoal. Tirou o lençol do rosto da mulher e percebeu que, sim, era ela. Yoongi
congelou, suas mãos tremiam e seu sangue pulsava.

XXX: Conhece esta mulher? -perguntou alguém da perícia.

Yoongi não ouvia nada, somente um zumbido bem alto que abafava todo o som ao seu redor, o choque era evidente e rude com o jovem naquele momento.

Xxx: Garoto? Você pode me informar o nome dela?

Yoongi: É...























...S/n...
















Saindo do prédio, Jeigi e Jeong-do chegam mais perto da cena. Mas após ver Yoongi sentado em um banco, correm até ele alegremente.

Goodbye Letters| Min YoongiOnde histórias criam vida. Descubra agora