Capítulo 3 - Ascensão

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Para os leitores: Eu recebi uns ótimos feedbacks de vocês e eu gostaria muito de agradecer, isso me motiva a continuar, muito obrigado mesmo pelo apoio de você.
Tenham uma ótima leitura 💜😊

Eu acordei com minha vista um pouco embaçada, minha cabeça girava, eu sentia meu corpo molhado e dormente, e algum tipo de líquido escorria pela minha testa. - M-mas o-que houve?. - Me perguntava enquanto tentava lembrar do que tinha acontecido. Então notei que eu estava deitada na margem de um rio, isso explica o corpo molhado. - DIPPER!! - Gritei ao me lembrar dos acontecimentos. Bill possuiu o corpo do Dipper e logo em seguida me jogou do pico, não tenho ideia de como sobrevivi, mas acho que o rio deve ter amortecido minha queda. - Talvez eu tenha batido a cabeça, isso explica o sangue. - Eu preciso avisar a Mabel sobre isso. - Disse enquanto juntava forças para me levantar e caminhar. - P-preciso s-salvar e-ele. - Minha cabeça voltou a girar e eu desabei no chão, mas logo tornei a me levantar. - Vamos Pacífica, se mexa! - Fiz bastante esforço e logo comecei a caminhar para a Cabana, precisava chegar lá o quanto antes.

Depois de um tempo caminhando eu já tinha recuperado as forças, não estava mais me importando com a dor que se passava pelo meu corpo inteiro, eu só precisava chegar na cabana, isso é o que mais importava naquele momento. Eu estava a poucos metros de lá quando ouvi barulho de passos apressados na mesma direção, olhei ao longe e pude avistar o Dipper indo para lá, eu ia chamá-lo, mas ele se distanciou muito rápido. Me apressei para que pudesse alcançá-lo e finalmente cheguei a Cabana do Mistério, ou, o que sobrou dela.

•••

Logo cheguei ao meu destino, quando cheguei a Cabana eu fiquei feliz em vê-la reduzida a cinzas, mas não aproveitei o momento, fui logo atrás daquela pirralha, precisava da pedra o quanto antes. Como sagrada minha boca era, logo avistei a garota saindo dos escombros carregando o que eu acreditava ser alguns de seus pertences carbonizados. - Ei pirralha! - Chamei, e ela se assustou ao me ver de novo. - Onde está? - Me diga, vamos não tenho tempo! - Falei irritado. - O que você quer Bill? - Perguntou grosseiramente. - Eu não tenho nada para lhe dar, na verdade, eu exijo que saia AGORA do corpo do meu irmão! - Exclamou ela. - Vamos, não tenho tempo para joguinhos, me diga logo aonde está!! - Falei e a ergui no ar com o único braço bom que tinha. - EI!! - SOLTE JÁ A GAROTA!! - Stan veio gritando irritado em minha direção pronto para me desferir um forte soco. - PAREM!!! - Gritou uma garota que eu esperava não ver mais. - Por favor, só parem. - Não machuquem ele... - Disse a garota chorosa. - Dipper, eu sei que você está aí dentro, por favor, lute contra ele, não deixe ele te dominar. - suplicou ela. - Você é mais forte do que aparenta, esse triângulo falante não pode dominar você Dipper, LUTE!! - Finalizou antes de cair no chão aos prantos. - Vamos, por favor, poupe sua saliva. - Falei rapidamente. - Vocês todos sabem que não tem como escapar do me... Do m-meu... M-mas o q-que... - Antes de finalizar eu fui perdendo a consciência aos poucos, tudo ficou incrivelmente escuro.

•••
Eu estava correndo como louco por aquela aquela imensa escuridão, tentando desesperadamente achar uma saída, precisava salvar a Mabel de alguma forma eu precisava sair dali. Foi quando ouvir alguém me chamando, olhei para trás mas não havia nada além de breu, então uma outra vez um pouco mais alto e logo reconheci a voz. - PACÍFICA! - Gritei e fui na direção da voz, havia um pequeno ponto branco, um feixe de luz, eu corri até ele o mais rápido que pude e pulei adentro.

Logo tudo começou a clarear, depois de ouvir a voz da Pacífica, de alguma forma eu consegui recuperar a consciência, mas sentia que não duraria muito. Depois de notar tudo que estava acontecendo eu reparei que estava segurando a Mabel pelo colarinho com uma das mãos, imediatamente soltei ela, em seguida soltei gritos e gemidos de dor, meu braço esquerdo estava quebrado. - M-me d-desculpe Mabel... - falei em meio a dor. - O-olha, eu n-não sei o que tá acontecendo, m-mas o Bill quer seu pingente, d-do seu colar, aquela p-pedra que você achou na floresta. - Disse enquanto me recuperava aos poucos da dor. - Apenas dê a ele para que ele vá embora sem machucar vocês, eu não... - Dipper... - Fui interrompido por aquela doce voz que eu tanto sentia falta. - P-Pacífica? O que houve com você? - Ele fez isso co... - Não importa. - Ela me interrompeu. - Dipper, você precisa lutar contra ele, por favor, nós precisamos de você... Eu preciso de você... - Aquelas palavras foram tão doces e amorosas que pude sentir minha dor ser substituída por uma forte calor no peito. - Olha, eu não vou conseguir segurar mais, e-ele logo vai assumir o controle novamente. - Me apressei em dizer. - Vocês precisam sair de Gravity Falls, precisam fugir para bem longe, ele não vai honrar o acordo por muito tempo. - Expliquei. - Mas... - Não! - Falei antes que pudessem questionar. - Por favor, se vocês querem me ajudar, prometam que vão embora de Gravity Falls, avisem ao Soos e a Wendy... - soltei um pequeno urro de dor. - É ele, rápido, por favor façam isso. - Eu preciso que vocês fujam o mais rápido possível daqui. - Dipper... - PROMETAM!! - Gritei. - Ok, nós prometemos, vamos sair o mais rápido possível daqui, de Gravity Falls. - Falou Pacífica. - EU NÃO VOU!! - Exclamou Mabel. - Vamos querida, Dipper tem razão, não poderemos ajudar ele se estivermos mortos. - Explicou Stan. - Mas... - E-u vou ficar b-bem, M-Mabel... Apenas foquem em sair daqui. - T-tudo b-bem... - falou enquanto chorava. - A p-pedra, se v-vocês levarem e-ele irá a-atrás. - Já não conseguia mais juntar forças para falar, eu podia sentir a forte de vontade do Bill de querer me possuir. Mabel me entregou a pedra e saiu em direção a floresta junto com o Ti-vô Stan e com Pacífica. - Espere, só mais uma coisa. - falou Pacífica e deu meia volta correndo em minha direção, com um salto pulou em mim e me beijou. - Eu prometo que volto pra te buscar. - Disse após me beijar e correu para junto dos outros. - A-a-adeus... - Minha consciência foi se perdendo naquele vasto vazio, logo eu me encontrei naquele lugar escuro e silencioso.

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