Unidos - Bipper

Capítulo 4 - Bill Chiper

Para os leitores: Este capítulo terá um pouco de violência descrita em alguns detalhes, então se por acaso você sentir algum tipo de gatilho o incômodo, peço para que não leia.

Ao demais desejo um ótima leitura.

- É muito bom estar de volta. - Disse para mim mesmo. Ver aquelas pessoas subjugadas pelo medo, ver seu desespero estampada em seus rostos, com a sensação de que qualquer coisa que fizessem poderia resultar no seu fim, nada me daria mais prazer que isso. - Cuidem, se apressem, meu império não vai se construir sozinho... - Bom, eu poderia construir sozinho, mas é bom demais ter mão de obra. - Debochei. Aquelas pessoas estavam trazendo as peças que eu iria usar para reconstruir o portal dimensional e abrir a fenda novamente, eu irei usar toda a energia de Gravity Falls para alimentar o portal, e logo meu reinado poderia começar.

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Assim que perdi a consciência e voltei para este Vazio, um tempo depois eu pude sentir uma forte energia tomando conta do corpo que não era mais meu, logo presumi que Bill recuperou seu poder total. Mas de alguma forma eu também fui tocado por essa energia, podia sentir ela transbordando em mim, talvez, eu consiga usar esse poder para assumir o controle de novo, por mais tempo dessa vez. Eu me pergunto se eles conseguiram sair antes dele se recuperar, eu espero que sim. - Solitário aqui, não? - Disse aquela voz novamente. - Sabe, se você concordar em se comportar e não tentar nada, eu posso liberar sua forma espiritual, assim você pode ver como será belo o meu reino. - Disse ele calmamente. - Não, eu não quero nada que venha de você Bill, você não honrou nosso acordo, eu vi o estado da Pacífica... - Em primeiro lugar! - Disse ele me interrompendo. - Você pediu para que eu não machucasse a família dela, nem a sua e nem daqueles outros dois, mas você não disse nada sobre as pessoas que você citou. - Finalizou ele com um maldito sorriso. - Ora seu... - Opa! Olha a boca, crianças não devem falar palavrão. - Ele me interrompeu. - Francamente, o Stanley não é uma boa influência para vocês. - Zombou ele. - Não fale do Stan, você não tem esse direito! - Exclamei furioso. - Calma calma, não se irrite tanto, ok? - Disse ele. - O que você quer, Bill? - perguntei esfriando meu tom. - Se você está aqui, com certeza é porque quer alguma coisa de mim, diz logo. - Eu só queria poder socar bem forte aquele triângulo que agora tinha o meu rosto. - Nada, eu só queria saber mesmo como você está, se 'ta gostando daqui, se precisa de algo. - Gargalhou ele na última frase. - Bom, eu já vou indo, tenho um portal dimensional para arquitetar. - Disse ele se preparando para sair. - Sabe, Bill... - Ele parou e deu uma olhada para trás. - Eu me pergunto, o que aconteceu para você ser assim. - Eu disse. - O quê quer dizer isso? - Ele me perguntou confuso. - Eu sei que ninguém nasce totalmente mal, assim como ninguém nasce totalmente bom, eu nem sei se você nasceu ou se você sempre existiu. - Continuei sem saber aonde eu queria chegar falando aquilo. - Mas, será que um ser cósmico e todo poderoso como você, sempre foi assim? - Será que Bill Cipher sempre foi esse sádico com essa obsessão em criar uma reinado de terror e esquisitice, logo aqui, em Gravity Falls? - Aquelas palavras saíram automáticas da minha boca, eu não sei porque do nada fiquei interessado em sua origem. - Você não sabe nada sobre mim garoto e nem precisa, mas entenda só uma coisa. - Ele me olhou ameaçadoramente - Deuses fazem o que bem entendem só por terem o poder para isso. - Disse friamente e desapareceu.

Eu realmente não sei porque disse aquelas coisas, mas minha cabeça estava muito embaralhada, meus pensamentos estavam embaçados, e eu podia ter certeza que tinham memórias ali que não eram minhas.

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Quem ele pensa que é? - Disse furioso. - Esse garoto, por algum motivo está começando a me incomodar. - De toda forma eu não posso me preocupar com isso agora, tenho um império todo para construir. - E eu só preciso do poder, quanto mais poderosos mais coisas eu posso ter, e ninguém terá audácia de me desafiar. - Andei em direção até a entrada do meu palácio para ver meus súditos trabalhando, o serviço estava indo bem lento, mas eu não tinha como esperar mais dos humanos. Criaturas inferiores a mim, sem nada para oferecer. - Como algum deles poderia me... - Minhas palavras foram interrompidas por uma forte pancada no quanto direito do meu rosto, algum tipo de projétil tinha me acertado numa velocidade parecida de uma bala e logo senti aquele líquido vermelho e quente escorrendo pelo rosto. Olhei na direção que veio o projétil, e pude ver bem nítido aquele cabelo familiar bem volumoso de cor incomum naquela cabeça rosada com nariz de porco, aquele baixinho no seu terninho extravagante não cansava de querer bancar o herói. - Não é mesmo? - Gideon...