Capítulo 7

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Aos poucos vou acordando com uma dor de cabeça completamente infernal, por que eu tive que beber? Quando abro meus olhos lentamente, percebo que não estou em casa... onde estou? Um quarto muito arrumado por sinal, apenas algumas roupas jogadas em cima de um móvel... roupas de homem! Me sento rápido na cama e, no mesmo momento, noto minhas roupas. Estou com uma blusa preta e apenas de calcinha! Oh meu Deus, o que foi que eu fiz? De quem é esta blusa? Espera um momento... droga!

Me levanto da cama o mais depressa possível, procurando algo para envolver em minha cintura até que encontro uma toalha, enrolo-a e saio do quarto. Ando pelo corredor e encontro Jonathan sentado no sofá, olhando para seu MacBook concentrado. Estava com os cabelos pretos bagunçados, usando uma regata preta e calças de moletom com a mesma cor. Quando nota minha presença, sorri e diz:

- Bom dia, querida!

- Eu não estou no modo para brincadeiras, Jonathan! Não acredito que você se aproveitou de mim enquanto estava bêbada!

Ele franze a testa por um momento, raciocinando e me analisando até que, finalmente, entende o que eu realmente quero dizer.

- Ah, isso. - Aponta para a toalha. - Não, não me aproveitei de você.

- Então me explique como estou aqui, com sua blusa, sem sutiã e com apenas minha calcinha! - Exclamo.

Ele ri de canto por alguns segundos e depois finalmente me explica tudo o que houve. A cada palavra de sua explicação fico mais aflita.

- Então você desmaiou e eu tive que te trazer para dentro. O fato de você estar usando minha blusa deve ser porque em um momento você acordou e estava passando muito mal, então dei alguns comprimidos, minha blusa e um short para você dormir mais confortável, afinal, você estava de jeans. Mas pelo visto você dormiu antes de por o short... - Analisa a toalha em minha cintura.

Tento ficar mais calma, mas pergunto-me se com todas essas oportunidades de me ver sem roupa ele não...

- Tem certeza que você não se aproveitou de mim? Você jura?

- Te juro. Por que? Você quer que eu te veja sem roupa? - Fecha o notebook e sorri de canto, olhando em meus olhos.

- Ah, me poupe.

- Ontem quando eu sugeri te trazer para cá você me perguntou: "E se... a gente... fizer?" - Me olha com um olhar provocante, não provocante excitante, mas provocante como "você quer isso, só não admite".

Sinto meu rosto esquentar tanto que parece que vai sair um tremendo nevoeiro de meus ouvidos.

- Esqueça isso! Eu não lembro, você pode estar inventando. - Esbravejo e Jonathan sorri.

- Por que eu mentiria para você?

Trocamos um breve olhar e percebo que está falando sério. A pessoa irritante se levanta, caminha até chegar em minha frente, cruza os braços e me olha de cima a baixo.

- Sim Em, você disse isso.

Franzo a testa ainda mais quando me chama de "Em".

- Não me chame assim.

- Eu vou.

- Não vai não.

- Vou sim.

- Não vai!

- Me impeça! - Diz imitando meu tom de voz.

Confesso que deixei uma pequena risada escapar quando me imitou.

- Isso significa que eu posso te chamar assim?

- Eu apenas ri de stress.

- Ok, Em.

O desencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora