Abro meus olhos aos poucos, com dor de cabeça e ainda sonolenta. Percebo que Jonathan está medindo minha temperatura enquanto minha cabeça está pousada em seu ombro. Ele percebe que eu acordo e então diz baixinho:
- Me desculpa se te acordei, mas você está muito pálida. Tenho que te dar um remédio e em seguida deixo-a dormir novamente. Por enquanto, feche os olhos.
Faço o que diz. Se levanta muito devagar e põe minha cabeça no encosto do sofá. Estou praticamente dormindo de novo quando ele volta com o comprimido e a água.
- Tome. - Estende as mãos. Me sento e agarro o medicamento.
Enquanto estou tomando a medicação, ele apaga a luz e se senta novamente ao meu lado com um cobertor nas mãos. Termino, ponho o copo na mesinha de centro e, como estou dopada demais para pensar direito, deitei no peito de Jonathan como se ele fosse uma espécie de travesseiro macio. Nada diz, apenas se inclinou no braço do sofá fazendo-me deitar em cima de si. Fico mais à vontade e me acomodo em seu tórax. Bem baixinho, acaricia minha cabeça e diz:
- Tenho que aproveitar até você acordar de verdade e virar a rabugenta que eu adoro.
Com essas palavras que escutei, mas não consegui raciocinar direito, mergulhei em um sono profundo.
************************Ainda com os olhos fechados, tento pensar em que horas fui dormir e onde estou nesse momento. Sinto uma respiração quente em minha cabeça e abro os olhos desesperadamente. Jonathan estava me observando com um aspecto de quem acabou de acordar.
- Bom dia! - Disse sorrindo. - Ou será que devo dizer boa noite?
Tento me levantar rapidamente e acabo sentando um pouco abaixo de seus quadris... Bem lá.
- U-uau Emma, calma.
Fico com tanta vergonha que acabo caindo do sofá. Ele tenta, porém mal consegue esconder o riso quando me pergunta:
- Você está bem?
Me escondo em baixo do cobertor.
- Uhum- Respondo em um tom de quem desistiu da vida. - Que horas são?
- Oito e quarenta e cinco.
Retiro a coberta e exclamo:
- Da noite?!
- Sim. Você dormiu a tarde inteira. Eu dormi um pouco depois de ter checado sua temperatura.
- Não me lembro de você ter feito isso.
- Bom, você precisa comer agora.
Não questiono, pois estou morrendo de fome. Vamos andando até a cozinha.
- E se eu fizer espaguete? - Pergunto abrindo o armário e vendo que possui todos os ingredientes necessários.
Vejo que iria protestar por eu estar "fadigada demais", então logo acrescento:
- Por favor- Faço uma carinha fofa. - Eu juro que deixo você me ajudar.
Não resistindo, solta uma risada.
- Está bem.
Ele pega os utensílios necessários e eu começo a fazer o espaguete. Enquanto preparava a comida, sentia Jonathan observando cada movimento que eu fazia.
- Vai me ajudar ou ficar só olhando? - Digo enquanto pico uma cebola.
- Eu preferia ficar só olhando.
- Agora você quer ficar só olhando? Você é muito bipolar.
- Não, eu gosto de te contrariar. É diferente.
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O desencontro
Roman d'amourEmma Lynn acabou de terminar a escola e finalmente consegue realizar seu sonho de se mudar para Chicago. Estava quase tudo perfeito, até ela descobrir que Jonathan Rodriguez, a pessoa que mais odiou no ensino médio, ex melhor amigo de seu atual namo...