Capítulo 15

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Quando abro meus olhos, percebo que Jonathan não estava na cama. Olho o horário e são 6 da manhã, me levanto correndo e o chamo bem baixinho, é estranho ele não estar dormindo a essas horas. Quando chego a sala, ele está sentado no sofá mexendo em seu notebook exatamente como na primeira vez que fiquei aqui.

- Jonathan? - Chamo calmamente, ele não tira os olhos do computador e dá um sorriso forçado. - Está tudo bem?

- Sim, só preciso falar com você.

Me sento ao seu lado enquanto meu coração palpita.

- Emma... Eu pensei um pouco e percebi que não sou o cara certo para você.

Sinto o sangue ser sugado de meu rosto.

- Você só pensou nisso agora? Depois de eu ter começado a gostar mesmo de você? - Me irrito. -Depois de eu... Nós...

- Sinto muito... - Continua sem olhar para mim sério. - Você não deveria ter terminado com Michael por minha causa.

Apesar de todos esses anos não caindo nas graças de Jonathan porque não confiava nele, acabei sendo abatida no fim. Sinto como se tudo isso fosse uma emboscada só para acabar comigo.

- Confiei em você... - Sinto as lágrimas vindo. -Jonathan eu...

Resolvo não dizer mais nada, apenas me retiro da sala rápido. Não devia ter confiado, não devia. E pensar que ele me agradou de todos o jeitos apenas para me usar. Rick estava certo, minha mãe estava certa e Michael estava certo... Fui a única cega entre todas as pessoas ao meu redor.

Começo a arrumar a minha mala, recusando-me a chorar. Não vou chorar por causa dele, não vou. Agarro qualquer jeans que estava em minha mala e um moletom qualquer. Me visto e fico cerca de vinte minutos me acalmando no quarto. Para minha infelicidade, quando termino de juntar minhas coisas, Jonathan aparece na porta do quarto.

- Me desculpa... - Diz com os braços cruzados.

- Não se atreva a me dizer qualquer coisa ou tentar conversar normalmente comigo agora. Você é um idiota. - Me levanto, agarro em minhas coisas de queixo erguido. - Vou para a Lauren hoje, não precisa se preocupar comigo... Ah é, me desculpa. Você nunca se preocupou.

- Não diga isso! - Se irrita de verdade.

- Se você se preocupasse comigo, não teria me usado dessa forma. Tchau, Jonathan. - Saio do quarto e vou em direção a saída.

Ele fica sem palavras, estático, me observando sair.

- Mas como você vai? - Me segue.

- A pé. Para de me seguir, me deixe ir embora daqui!

Ele para. Logo respira fundo, fecha os olhos e diz:

- A visita na sua avó é as 16:00.

Assinto e abro a porta, antes de sair me viro e digo:

- Tchau, Jonathan.

Sem expressão, com as mãos nos bolsos diz:

- Tchau, Emma.

O desencontroOnde histórias criam vida. Descubra agora