𝘁𝗵𝗿𝗲𝗲

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𝙇𝙖𝙨 𝙑𝙚𝙜𝙖𝙨 | 𝟯:𝟬𝟴 𝙖

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𝙇𝙖𝙨 𝙑𝙚𝙜𝙖𝙨 | 𝟯:𝟬𝟴 𝙖.𝙢
𝘽𝙪𝙩 𝙄'𝙢 𝙤𝙣𝙡𝙮 𝙝𝙪𝙢𝙖𝙣
𝘼𝙣𝙙 𝙄 𝙗𝙡𝙚𝙚𝙙 𝙬𝙝𝙚𝙣 𝙄 𝙛𝙖𝙡𝙡 𝙙𝙤𝙬𝙣
𝙄'𝙢 𝙤𝙣𝙡𝙮 𝙝𝙪𝙢𝙖𝙣
𝘼𝙣𝙙 𝙄 𝙘𝙧𝙖𝙨𝙝 𝙖𝙣𝙙 𝙄 𝙗𝙧𝙚𝙖𝙠 𝙙𝙤𝙬𝙣
𝙔𝙤𝙪𝙧 𝙬𝙤𝙧𝙙𝙨 𝙞𝙣 𝙢𝙮 𝙝𝙚𝙖𝙙
𝙆𝙣𝙞𝙫𝙚𝙨 𝙞𝙣 𝙢𝙮 𝙝𝙚𝙖𝙧𝙩
𝙔𝙤𝙪 𝙗𝙪𝙞𝙡𝙙 𝙢𝙚 𝙪𝙥 𝙖𝙣𝙙 𝙩𝙝𝙚𝙣 𝙄 𝙛𝙖𝙡𝙡 𝙖𝙥𝙖𝙧𝙩
'𝘾𝙖𝙪𝙨𝙚 𝙄'𝙢 𝙤𝙣𝙡𝙮 𝙝𝙪𝙢𝙖𝙣 — 𝙃𝙪𝙢𝙖𝙣 | 𝘾𝙝𝙧𝙞𝙨𝙩𝙞𝙣𝙖 𝙋𝙚𝙧𝙧𝙞

— Você não pode simplesmente me amarrar como se eu fosse um animal ou objeto! Que eu saiba, eu sou uma humana, com sentimentos, certo? — perguntei — RESPONDE, JOSH!

Estávamos discutindo. Josh resolveu me amarrar de novo, no meio da madrugada. Eu estava cansada disso.

— EU SEI, PORRA! — gritou de volta.

— Não. Você não sabe. Eu não vou passar por isso de novo.

Ele se sentou na cadeira de frente para mim.

— Olha, tem uma pessoa querendo te machucar.

— Quem?

— Não sei. Na verdade, sei. Mas não posso te falar.

Revirei os olhos.

— Pode me soltar? Pelo menos isso? — negou com a cabeça — Quer que eu faça ou fale o que?

— Any, caso não queira morrer, vai ter que me falar algumas coisas.

— Tipo? — pergunto.

— Tudo que aconteceu depois que eu fui preso.

Suspirei fundo.

— Tá bom. Você me ligou dizendo que me ama e eu disse que não iríamos ficar juntos, depois disso, eu te visitei poucas vezes. Eu e Noah se mudamos, apenas de casa. Consegui um emprego, meu melhor amigo morreu, e agora aqui estou eu. Amarrada, e falando com você. Quer meu CPF também? — falo.

Ele ficou uma tempo quieto, provavelmente tentanto entender tudo que eu falei.

— Espera, o seu melhor amigo morreu?

Assenti.

— Como?

— Não vou falar sobre isso. Ontem foi o aniversário dele, e daí? Ele não está vivo.

— Sabia que você é um pouco insensível? — sorriu.

— Digo o mesmo.

Ele foi atrás de mim e começou a dessamarrar a corda que tinha me amarrado.

— Eu posso até ser insensível, mas cara, quer que eu faça o que no aniversário do Ba... dele? Cupcake de chocolate e contratar um palhaço para fazer cosquinhas no aniversariante?

— Desculpa.

— Ele morreu? Morreu, mas eu estou ainda estou viva porque eu prometi a ele.

— Prometou a uma pessoa que não iria morrer? Quem faz isso?

Ignorei a pergunta.

— Eu fui ignorada a tarde inteira pelas minhas amigas. A Joalin não superou, eu não superei, ninguém superou. — o celular do loiro tocou.

— Oi, S.

S?

— Não, agora eu não posso. — olhou para mim — Eu já volto.

Entrou em um dos quartos, me deixando sozinha.

— AGORA NÃO É A HORA, S! — ouvi ele gritar.

Eu não fazia ideia do que estava acontecendo, e preferia não me intrometer. Eu estou ótima sem problemas.

— Desculpa, Any. — saiu.

— Acho que não tem problema.

— Hm, não pode voltar para casa.

Me levantei da cadeira.

— Ué, por que não?

— Não posso falar. — pegou uma mochila — A gente vai ir embora de Las Vegas.

— Como assim? "A gente"?

— É, a gente. Vamos para San Diego.

Cruzei os braços e encarei ele por um tempo. O que deu no Josh?

— Perdeu a noção? Eu não vou.

— Vai sim. Ao não ser que queira morrer.

— EU NÃO VOU! É SURDO?

— SIM, VOCÊ VAI! EU ESTOU TE AJUDANDO, GABRIELLY!

— Quer que eu berre para Las Vegas ouvir que o cara que acabou de sair da prisão está querendo ir para San Diego?

— Começou... — resmunga.

— Pela última vez, EU NÃO VOU!

— Você não tem escolha.

Ele colocou um pano azul na minha boca.

— Soc... — eu não lembro de mais nada.

---

Cada minuto que passava, eu tinha mais medo dele. Ele fazia coisas que me assustava, me amarrar e depois fazer eu desmaiar?

Quando eu abri os olhos, eu estava dentro de um carro. Minhas mãos estavam amarradas com fita. Que droga, ele nunca muda.

— Você nunca muda. É por isso que ninguém confia em você!

— Bom dia, Gabrielly. — disse.

Tentar gritar não vai ajudar, afinal, eu estou dentro de um carro.

— Sabia que não tem motivos para me amarrar? Eu estou em um CARRO, quer que eu fuja como?

Ele não respondeu.

— Tem noção que você pode morrer?

De novo com esse assunto?

— Eu posso até te falar quem está atrás de você.

— Então fala.

— Minha irmã.

— A tal da S? — o loiro balançou a cabeça dizendo que sim.

Lembrei que provavelmente o meu celular deve estar na minha casa, então Noah vai ficar preocupado. Eu odeio quando isso acontece.

— Estamos quase chegando. Vamos ficar numa casa perto de uma floresta. É mais fácil.

— Vamos ficar lá até quando? — deu de ombros.

— Depende da situação.

Minutos depois, Josh estacionou o carro e abriu a porta. Tirou a fita e me pegou no colo. Por que ele fez isso?

— Regras da casa: número 1, não pode sair de casa sem minha autorização — falou — , acho que é só essa regra. Ah, e caso você pense quebrar essa regra, eu juro que vou fazer pior com você do que eu fiz há dois anos atrás.

Abriu a porta da casa e entrou. Subiu as escadas e me colocou na cama.

— Eu tenho que pegar algumas coisas no carro. Já volto. — fechou a porta e logo trancou.

— Qual é a necessidade de fazer isso?

Fui me levantar da cama, mas eu estava muito fraca para isso.

Ele pensou bem. Idiota.

continua...

𝙊 𝙎𝙚𝙦𝙪𝙚𝙨𝙩𝙧𝙤 - ʙᴇᴀᴜᴀɴʏ • 𝙨𝙚𝙖𝙨𝙤𝙣 𝟮Onde histórias criam vida. Descubra agora