Depois de dois anos de ter sido sequestrada, Any teve uma nova transformação em sua vida. Até ele aparecer.
Josh é solto da prisão, sua melhor amiga pagou a fiança, porém o loiro não quer mais cometer crimes e sim se desculpar com a cacheada. Porém...
Aqui no hospital, tinha psicólogo para cada paciente desse lugar. As sessões eram antes do café da manhã.
— Tem sonhado com o quê?
— Meu melhor amigo.
— Quer conta como é o sonho? — perguntou.
— Eu sonho com ele na cama do hospital, com o seu rosto sangrando, máquinas apitando. E em todos, ele acaba morrendo.
Era horrível lembrar disso. Eu odiava ter que lembrar disso. De falar sobre isso.
— Tudo bem. Liberada.
Saio da sala e vou direto para o local onde tomamos o café da manhã, almoçamos e jantamos. Eu sempre encontrava Diana, ela era uma pessoa legal.
— Oi, Diana.
— E aí, Any? Como foi com o escutador de malucos?
Soltei uma risada.
— Mesma coisa de sempre.
— Any Gabrielly, seu parente veio te buscar. Está liberada.
— Te encontro na saída, Diana. — falo.
Quando me levam para fora daquele lugar, encontro Josh. Ele era o meu parente?
— Pronto, Arthur. Aqui está a Any.
— Obrigada. — ele segura minha mão e saímos.
— Josh? — sorri — O que está fazendo aqui?
— Vamos. — entramos no carro.
Dentro do automóvel, tinha uma pessoa no banco do motorista.
— Quem é você? — pergunto.
— Nossa motorista, Any.
A pessoa começa a dirigir, olho para a janela e depois para Josh.
— Aonde estamos indo?
— San Diego.
— Você disse que não iria me levar para aquele lugar de novo. — falei um pouco baixo.
— Eu sei. Mas você prefere ficar naquele lugar horrível?
— Não.
Ficamos conversando na maior parte do tempo. Nem parecia que ele era um sequestrador.
— Você acha que eu sou louca? — ela questiona para Beauchamp.
— Não. Não foi culpa do Noah ter te colocado naquele hospital, foi ideia da S.
Eu não sabia quem era mais psicopata, a S ou o Josh.
— Sua irmã é maluca.
— Eu sei. É de família.
Soltei uma risada.
— Pronto, chegamos. — ele disse — Obrigada pela carona.
Saímos do carro e entramos na casa que eu já conhecia fazia bastante tempo. Ele me leva até o quarto e eu me sento na cama.
— Você... vai me amarrar?
— Não. Precisamos conversar.
Assenti.
— Minha irmã perdeu a noção e quer se vingar de você.
— Mas ela já não está se vingando?
— Sim. Mas ela quer colocar o seu irmão no plano.
Fico em silêncio.
— Jo... Josh, por favor. Pede para ela não colocar o meu irmão no meio disso. Por favor. Ele não merece participar de tudo isso que sua irmã pensou. — peço — Se ela quer se vingar, pede para ela se vingar de mim, me matar, me amarrar ou sei lá. Eu só não quero que o meu irmão se machuque.
Eu não queria que meu irmão participasse disso como vítima também. Eu não quero ele machucado.
— Josh, por favor. Pede para ela. Eu faço qualquer coisa.
— Calma, Any. Eu ainda tenho que pedir. — pegou o seu celular — Eu vou ligar para ela. Eu já volto.
Joshua saiu do quarto, me deixando sozinha. Eu andava de um lado para o outro, fiquei nervosa.
Minutos depois, ele volta e olha para mim. Seu olhar era de desapontado.
— Josh...
— Não adiantou. Ela quer colocar ele no plano.
Meus olhos se encheram de lágrimas.
— Josh, eu não quero o meu irmão envolvido nisso.
Ele se aproxima e me abraçou. Foi um abraço sincero. Eu tinha me sentido melhor.
O loiro me colocou na cama e se deitou ao meu lado. E ficamos assim.
---
Acordo ao ouvir a porta da frente ser aberta. Eu e Josh se levantamos da cama, ficamos parados.
— Josh! Eu não acredito que... — ouço uma voz conhecida.
A pessoa abre a porta.
— SINA?
Sinto uma pancada na cabeça, fazendo eu desmaiar.
Eu não sabia que Sina estava envolvida nisso ou pelo menos, eu não esperava isso dela.
Mas se for parar para pensar, S pode ser a letra inicial do nome da Sina.