Depois de dois anos de ter sido sequestrada, Any teve uma nova transformação em sua vida. Até ele aparecer.
Josh é solto da prisão, sua melhor amiga pagou a fiança, porém o loiro não quer mais cometer crimes e sim se desculpar com a cacheada. Porém...
A única coisa que eu lembrava era que eu tinha levado uma pancada na cabeça e desmaiado.
— Tem como tirar essa venda?
— Não posso. — diz — Não enquanto minha irmã estiver aqui.
— Ela está aqui?
— Uhum. Mas ela está no quarto de cima resolvendo algumas coisas.
Era horrível ficar vendada, eu nunca sabia onde eu estava e o que poderia acontecer.
O lugar estava um silêncio, eu até tentei puxar assunto mas eu não sabia se era o Josh ou a irmã dele que estava comigo.
— Então... como você está?
Era Josh que estava comigo.
— Acho que bem. Só que eu sinto falta da minha vida antiga. Eu já te falei isso.
— Quer conversar sobre isso?
— Talvez. — falo — A minha vida era um pouco mais fácil antes de tudo isso.
Fiquei em silêncio.
— Na primeira vez de todo esse plano da sua irmã, eu tinha acabado de perder os meus pais e as crises de ansiedade. — suspiro — Eu também já te falei isso.
Falar para Beauchamp sobre que eu estava sentindo no momento, não iria mudar nada. Tudo iria continuar normal.
— E aí quando eu voltei para casa, começou tudo de novo. Sabe, eu só 'tô cansada de tudo isso.
Ele murmura concordando.
Josh não falou nada. Deixou quieto esse assunto, e também não falou mais nada sobre isso.
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Eu não sabia que horas era, mas eu sentia que meu corpo estava em movimento — eu não sabia explicar muito.
— Josh... aonde estamos?
— Em um carro.
— Pelo amor de Deus, aonde estamos indo?
— Los Angeles.
Eu odiava Los Angeles. Com todas as minhas forças.
Foi onde... o Bailey morreu. Em Los Angeles.
— Josh, diz que é mentira. Por favor. — falei — Eu tenho um certo trauma de Los Angeles.
Ouço a porta do carro ser aberta. Alguém me pega no colo e me leva até algum lugar.
O caminho todo foi um silêncio. Ou eu pelo menos achava que era um silêncio.
— Olha — ouço a voz de Josh — , não fica com medo, pode ser? Eu vou tentar te tirar daqui e tudo vai voltar ao normal.
Eu não conseguia ver nada, mas eu presumi que estavam me amarrando. Eu podia sentir.
— Vai ficar tudo bem, certo? — assenti com medo.
Meu corpo tremia. Agora, eu estava em um lugar desconhecido e não sabia o que poderia acontecer.
— Eu já volto.
Mesmo que seja a pior ideia do mundo, eu ainda confiava no Josh. Parecia que ele estava sendo sincero comigo em relação com as coisas que ele fazia.
Tentei me acalmar um pouco, eu não precisava ficar nervosa. Não agora.
— Ok, agora... eu vou precisar colocar o fone em você. Sabe como é, 'né? — ficou em silêncio — Quer dizer algo?
— Não me mate. Apenas isso.
— Tá bom.
O loiro coloca o aparelho em meus ouvidos. Eu não fazia de que música estava tocando, mas eu tinha gostado.
Durante esse tempo, eu conseguia ouvir algumas vozes. E parecia que eu conhecia de algum lugar, mas eu não sabia de onde.
— Atuação, idiota. Tem que fingir. — ouço alguém dizer.
Mesmo com o fone, dava para ouvir. Quem quer que esteja ali, estava falando muito alto.
— Não é você que queria ser atriz? Aproveita e engane sua amiguinha.