Depois de dois anos de ter sido sequestrada, Any teve uma nova transformação em sua vida. Até ele aparecer.
Josh é solto da prisão, sua melhor amiga pagou a fiança, porém o loiro não quer mais cometer crimes e sim se desculpar com a cacheada. Porém...
Saio do quarto irritada. Eu não ouvi aquilo saindo da boca da Any. Eu não ouvi.
— O que aconteceu?
— Aquela garota... eu preciso matar ela.
— Você não vai matar ninguém! — diz segurando a minha mão.
Suspiro fundo tentando me acalmar.
— Vamos fazer o seguinte: a gente pega vários baldes de água e joga todos na Any. É um jeito de ficar mais calma. — sugeriu.
— Posso jogar quantos baldes eu quiser?
Ele sorri.
— Pode.
Fomos até a cozinha e pegamos vários baldes. Quando voltamos ao quarto, já começamos a tacar a água na cacheada. Logo de primeira, a cadeira junto com ela caiu.
— Não arrume. É mais divertido.
— Por fav... para. — Any tossiu.
Ignorei o que ela disse e continuei jogando os baldes nela. E aquilo era tão divertido. Eu estava me sentindo calma.
— Sina, acho que deu. — Josh colocou a cadeira no lugar.
Any não parava de tossir. E sinceramente, aquele barulho me incomodava.
— Ei, eu estou aqui. Fica calma.
Vou até a mesa de centro e pego uma das seringas.
— O que acha de continuar com as seringas?
— Sin...
Não deixo ele terminar e coloco a seringa no braço de Any. A garota grita.
— SINA!
— O QUE FOI?
Olho para Gabrielly que estava prestes a desmaiar.
— Any! Any! Acorda! — ele chama.
— O que eu fiz?
— O bagulho que tinha na seringa é muito perigoso, Sina. A pessoa pode acabar morrendo.
Eu não queria matar Any. Na verdade, não nesse momento. Quem sabe depois?
— Vem, vamos no quarto de cima. — ele segura minha mão e sobe as escadas.
— Ai, desculpa. Foi mal.
— Torce para ela não morrer. Eu preciso dela viva.
— Por que? Você gosta dela?
— É! Eu gosto dela! — falou.
Cruzo o braços.
— Fica tranquilo. Eu já sabia o que tinha naquela seringa, eu troquei antes de colocar no braço dela.
Ele suspirou aliviado.
— E por que ela desmaiou?
— Provavelmente por causa da água.
Josh abriu uma porta e apontou para dentro.
— O que tem aí? — entro dentro.
Ouço a porta ser fechada e trancada.
Droga.
— Joshua! O que está fazendo? — pergunto.
— Vai fazer bem para você. Assim você pensa nas besteiras que está fazendo! — diz.
Chutei a porta tentando derrubar. Mas não adiantou.
— Agora, se não tiver problema... eu irei soltar a Any e tirar ela daqui!