Capítulo oito

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Dou um pulinho pra subir em cima da mureta no estacionamento do Gentle Coffe

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Dou um pulinho pra subir em cima da mureta no estacionamento do Gentle Coffe. E tiro a mochila das costas deixando ao meu lado.

Lonely, da Demi Lovato tocava nós meus fones de ouvido, deixando a sensação de peso no peito aumentar ainda mais.

É infantil, eu sei, mas não consigo conseguir entrar numa boa em um hospital. Depois de você ver a pessoa que mais amava morrendo na sua frente, depois que todo mundo durante anos dizia que ele ia voltar pra casa e ficar bem, mas com o passar do tempo eles não conseguiram nem olhar no seu rosto pra dizer que ele melhorou um pouco depois do ataque no dia anterior.

Agora Yumi e minha mãe estão mentindo pela razão dela estar no hospital, eu sei que ela quebrou mesmo o pulso, mas ninguém fica em observação por causa disso. E anemia? Claro que é uma mentira maldita pra me fazer pensar que tá tudo bem.

Eu não consigo tirar da minha cabeça que é alguma coisa muito mais grave.

— Harumi? - escuto a voz grossa se sobressaindo por cima da musica

Levanto minha cabeça vendo o loiro na minha frente, encostado em uma moto, ele coloca o capacete no guidão dela e me olha.

Ele veste uma calça preta e uma blusa preta também, por cima uma jaqueta de couro preta e em seu pescoço dois colares de identificação militar.

Tiro minha touca ficando só de boné, e tiro os fones olhando pro loiro que se aproxima com uma sacola na mão. Pulo da mureta e abro um sorriso, que, tenho certeza de que foi um sorriso bem merda, porque ele levanta uma sobrancelha interrogativa.

— o-obri... - limpo a garganta - obrigada, por trazer os meus discos e me perdoa por ter pedido por isso tão tarde 

Ele não responde só sonda todo o meu corpo, troco o apoio do meu pé me sentindo muito desconfortável e arrumo uma mecha de cabelo que estava em meu rosto, a coloco atrás da orelha e tento enfiar rapidamente dentro do boné

— enfim, eu tenho que ir, poderia me devolver? - dou um passo pra pegar a sacola, mas ele afasta a sacola da minha mão 

— você ta bem? - sua voz grossa e firme ecoa perto do meu ouvido

— eu tenho que ir Bakugou - digo tentando pegar a sacola da sua mão novamente

— você. ta. bem? - ele puxa a sacola da minha mão

— eu to - tento pegar a sacola, mas ele não deixa - me devolve - suspiro me sentindo um lixo - eu não to brincando - tento pegar de novo

— me fala a verdade - encosto minha cabeça em seu peito ja que estava proximo 

— eu estou - esganiço sem paciência estendendo o braço pra pegar a sacola - bakugou...-

— fala isso olhando pra mim - diz frio

Levanto minha cabeça e percebo que estou muito proxima, dou um passo pra trás respiro fundo e olho em seus olhos vermelhos que me olhavam sem expressões, abaixo o olhar mordo meu labio inferior e volto a o olhar

On The Rock Beat - Bakugou KatsukiOnde histórias criam vida. Descubra agora