⚠️Obra +18⚠️
Harumi é uma caloura na faculdade, que trabalha meio período num café. Depois de um dia de cão um último cliente mau humorado entra no café, um loiro coberto de machucados de olhos velhos.
Com o tempo passando e os dois se
conhecendo...
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Amarro meu cabelo pela octogésima nona vez mas os fios brancos envoltos dos castanhos insistiam em cair do meu coque feito com um lápis.
Por esquecer que tinha escola hoje, ontem eu fui dormir extremamente tarde, acordei muito tarde e atrasada pra faculdade, o que resultou em um zombie com pijama no campus. Mas por sorte sempre deixo uma muda de roupas aqui no trabalho por precaução.
— Ochaco-chan tem algum prendedor de cabelo? - desisto do meu cabelo e volto a colocar a blusa social azul escuro, o uniforme do café
— aqui - minha amiga de cabelos castanhos me entrega uma presilha transparente - só tenho essa - ela ri quando vê meu olhar de desgosto
— valeu - prendo meu cabelo com a presilha
Termino de colocar a calça jeans preta, que estava guardada no meu armário, e prendo só uma parte da camisa dentro da calça, coloco meus tenis vermelhos e puxo minha amiga que estava enrolada colocando a camisa idêntica a mina dentro da calça, saímos do trocador e pegamos nosso avental junto com nossos nomes
— você pegou o meu Haru-chan - Ochaco revira os olhos me mostrando o meu nome no avental "Kana Harumi" - você ta estranha hoje - ela resmunga quando eu jogo o avental dela e pego o meu
— tô morrendo de sono bebê - digo passando o avental pela minha cabeça
— madrugou de novo?
— eu tava tentando desenhar - abaixo o olhar conforme saímos do corredor
Depois que meu pai morreu eu entrei em um bloqueio criativo fudido, que tá durando já faz tempo. Mesmo tendo tanta coisa pra desenhar, sempre que tento passar pro papel fica uma merda ou não passam de rabiscos inúteis
— você vai conseguir amiga - Uraraka sorri colocando a mão em meu ombro. Me desvencilho de seu toque, tentando não dar corda pro lado emotivo da garota chorosa
— droga hoje ta cheio - mudo o assunto, quando abro a porta no final do corredor, que dava acesso ao caixar do café
As pessoas entram no café e se acomodam tanto no balcão quanto nas mesas dentro e fora do estabelecimento.
O café é grande, grande até demais quando se trata de limpar, tem várias mesas organizadas pelo estabelecimento, com as perto da janela ou paredes, sendo de um banco vermelho alchoado, as melhores mesas no caso. As portas duplas estão abertas, já que a tarde está fresca e não tem necessidade do ar condicionado, elas dão acesso as mesas na calçada, bem disputadas no calor.
