Senti algo batendo em meu rosto. Abri os olhos e vi uma loira.— Ela acordou. - disse a garota.
Eu estava presa em uma cadeira, com os pulsos presos, olhei para trás e vi Louis.
— O que vamos fazer? - sussurrei.
— Calada, Eliza.
Então, o garoto chamado Finn entrou. Ele sorriu ao ver Louis e fez uma cara feia quando olhou para mim.
— Eu disse que nos encontraríamos novamente, lembra? - ele olhou para Louis.
— Vai a merda, Finn. Deveria tê-lo matado quando tive a chance.
Finn fez uma cara triste.
— Deveria, mas não fez. - ele olhou para mim. - Agora, como voltou a vida?
Ele se sentou no meu colo, de frente para mim. Virei o rosto de lado, desconfortável. Ele segurou meu queixo e virou para os dois lados, analisando.
— Idêntica. - murmurou. - Chega a ser assustador a semelhança.
— Deixa ela em paz. - disse Louis.
Finn se levantou do meu colo, soltei o ar que nem percebi que estava prendendo. Enquanto os dois brigavam, senti algo na minha mão.
Louis que estava atrás de mim, tentava me dar algo, um isqueiro.
— Tenho tantos planos para você, Louis. Aguarde e verá. - disse Finn, por fim.
Ele saiu da sala, Louis não disse nada, apenas acendeu o isqueiro. Apertei os lábios sentindo o fogo queimar minhas mãos.
As cordas caíram no chão. As minhas cordas caíram no chão, não as dele. Por que ele havia me soltado primeiro?
— Pegue o álcool que está no canto da sala. - Louis me deu o isqueiro. - Quando eles entrarem, quero que você coloque o isqueiro na frente do álcool. Depressa.
Paralisei por alguns instantes. Isso vai dar errado muito errado, mas tenho que tentar.
A porta se abriu, dois homens grandes adentraram. Não pensei nem duas vezes e joguei o álcool e liguei o isqueiro.
Que fez um estrago maior do que eu imaginava. O fogo foi até a porta e as paredes, e é claro os homens.
Eles saíram desesperados, correndo pela sala com fogo nas roupas. Louis estava rindo deles.
Olhei para Louis que ria a beça, sua risada era engraçada mas não agora, o momento era desesperador.
Peguei o machado de Louis que estava ali e abri a porta que estava queimada.
— Ei! Volte para me soltar. - ouvi Louis dizer. - ______?
Me virei lentamente para ele e depois olhei para a porta aberta.
— _______. - sua voz soou mais aterrorizante agora. - Venha me soltar.
Fechei os olhos. Uma parte de mim dizia: corra, é só correr!. E a outra dizia: vai deixá-lo mesmo aí?
Que se foda.
Joguei o machado no chão, peguei o isqueiro e queimei as cordas de Louis, assim que elas caíram no chão, o encarei.
Ele não tinha nenhuma expressão. Tomei um susto quando senti suas mãos no meu pescoço, agarrando-o com força.
Levei minhas mãos às suas, tentando tirá-las dali.
Ele me jogou na parede e pegou o machado do chão. Com uma tacada só, Louis matou um dos homens de Finn que iriam o atacar.
Senti algo passando pela minha orelha: um tiro de raspão. Toquei na orelha e havia um pouco de sangue.
Olhei para a porta e vi a mesma garota loira que tinha me acordado.
Segundos depois, a loira estava com um machado encravado no peito. Ela tossiu sangue e depois caiu morta no chão.
— Vamos. - Louis tentou segurar no meu braço, mas eu fiquei estática. - Vamos, porra. Acorda.
Saí do transe e corri para fora daquela sala com Louis.
Ele estava com o machado nas costas, e eu com o álcool e o isqueiro na mão. Eu taquei fogo em quase todos os homens de Finn.
— Bom trabalho, ______. Você sempre foi tão boa nisso. - disse Louis.
Assim que saímos do prédio, me virei e vi o prédio todo cheio de fumaça e pegando fogo.
Eu matei pessoas, meus pais ficariam tão decepcionados.
— O que foi? - perguntou Louis quando me viu parada.
— O que você me fez fazer? - murmurei.
— O que você disse? - perguntou, aproximando-se.
— O que você me fez fazer, idiota?! - gritei.
Louis colocou o machado no meu pescoço quase que imediatamente, e me virou novamente para ver o prédio em chamas.
— Está vendo? Você causou isso. - ele segurou meu queixo para que eu pudesse ver bem. - Só temos duas escolhas: matar ou ser morto. O que você vai escolher, minha querida?
Engoli em seco, olhei para Louis de canto de olho segurei as lágrimas.
— Sobreviver. - sussurrei.
— Boa garota. - ele passou as mãos pelos meus cabelos. - Vamos, estou com preguiça de ter que enfrentar Finn se ele sair agora.
Dei uma última olhada para o prédio em chamas e caminhei até Louis que andava na frente.
— Você tinha a chance de me abandonar lá, mas não o fez, por quê? - perguntou Louis, me olhando com desconfiança.
Me pergunto a mesma coisa.
— Não sei, mas tenho certeza que o olhar mortal que você me deu na hora pode nos explicar.
Louis deu uma risadinha baixa, e voltou a olhar para frente.
Sobreviver, é tudo que preciso fazer agora.
Aiai, vcs teriam salvado o Louis, ou fugido?
Deixe seu voto <3
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗨𝗥𝗚𝗘 𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧, louis partridge
УжасыO governo dos Estαdos Unidos sαncionα umα lei em que os αssαssinαtos são permitidos durαnte umα noite, pαrα que os cidαdãos liberem seus instintos violentos. Tentαndo escαpαr dessα noite infernαl, _______ αcidentαlmente entrα nα cαsα de um estrαnho...