004. all my troubles on a burning pile.

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Senti algo batendo em meu rosto. Abri os olhos e vi uma loira.

— Ela acordou. - disse a garota.

Eu estava presa em uma cadeira, com os pulsos presos, olhei para trás e vi Louis.

— O que vamos fazer? - sussurrei.

— Calada, Eliza.

Então, o garoto chamado Finn entrou. Ele sorriu ao ver Louis e fez uma cara feia quando olhou para mim.

— Eu disse que nos encontraríamos novamente, lembra? - ele olhou para Louis.

— Vai a merda, Finn. Deveria tê-lo matado quando tive a chance.

Finn fez uma cara triste.

— Deveria, mas não fez. - ele olhou para mim. - Agora, como voltou a vida?

Ele se sentou no meu colo, de frente para mim. Virei o rosto de lado, desconfortável. Ele segurou meu queixo e virou para os dois lados, analisando.

— Idêntica. - murmurou. - Chega a ser assustador a semelhança.

— Deixa ela em paz. - disse Louis.

Finn se levantou do meu colo, soltei o ar que nem percebi que estava prendendo. Enquanto os dois brigavam, senti algo na minha mão.

Louis que estava atrás de mim, tentava me dar algo, um isqueiro.

— Tenho tantos planos para você, Louis. Aguarde e verá. - disse Finn, por fim.

Ele saiu da sala, Louis não disse nada, apenas acendeu o isqueiro. Apertei os lábios sentindo o fogo queimar minhas mãos.

As cordas caíram no chão. As minhas cordas caíram no chão, não as dele. Por que ele havia me soltado primeiro?

— Pegue o álcool que está no canto da sala. - Louis me deu o isqueiro. - Quando eles entrarem, quero que você coloque o isqueiro na frente do álcool. Depressa.

Paralisei por alguns instantes. Isso vai dar errado muito errado, mas tenho que tentar.

A porta se abriu, dois homens grandes adentraram. Não pensei nem duas vezes e joguei o álcool e liguei o isqueiro.

Que fez um estrago maior do que eu imaginava. O fogo foi até a porta e as paredes, e é claro os homens.

Eles saíram desesperados, correndo pela sala com fogo nas roupas. Louis estava rindo deles.

Olhei para Louis que ria a beça, sua risada era engraçada mas não agora, o momento era desesperador.

Peguei o machado de Louis que estava ali e abri a porta que estava queimada.

— Ei! Volte para me soltar. - ouvi Louis dizer. - ______?

Me virei lentamente para ele e depois olhei para a porta aberta.

— _______. - sua voz soou mais aterrorizante agora. - Venha me soltar.

Fechei os olhos. Uma parte de mim dizia: corra, é só correr!. E a outra dizia: vai deixá-lo mesmo aí?

Que se foda.

Joguei o machado no chão, peguei o isqueiro e queimei as cordas de Louis, assim que elas caíram no chão, o encarei.

Ele não tinha nenhuma expressão. Tomei um susto quando senti suas mãos no meu pescoço, agarrando-o com força.

Levei minhas mãos às suas, tentando tirá-las dali.

Ele me jogou na parede e pegou o machado do chão. Com uma tacada só, Louis matou um dos homens de Finn que iriam o atacar.

Senti algo passando pela minha orelha: um tiro de raspão. Toquei na orelha e havia um pouco de sangue.

Olhei para a porta e vi a mesma garota loira que tinha me acordado.

Segundos depois, a loira estava com um machado encravado no peito. Ela tossiu sangue e depois caiu morta no chão.

— Vamos. - Louis tentou segurar no meu braço, mas eu fiquei estática. - Vamos, porra. Acorda.

Saí do transe e corri para fora daquela sala com Louis.

Ele estava com o machado nas costas, e eu com o álcool e o isqueiro na mão. Eu taquei fogo em quase todos os homens de Finn.

— Bom trabalho, ______. Você sempre foi tão boa nisso. - disse Louis.

Assim que saímos do prédio, me virei e vi o prédio todo cheio de fumaça e pegando fogo.

Eu matei pessoas, meus pais ficariam tão decepcionados.

— O que foi? - perguntou Louis quando me viu parada.

— O que você me fez fazer? - murmurei.

— O que você disse? - perguntou, aproximando-se.

— O que você me fez fazer, idiota?! - gritei.

Louis colocou o machado no meu pescoço quase que imediatamente, e me virou novamente para ver o prédio em chamas.

— Está vendo? Você causou isso. - ele segurou meu queixo para que eu pudesse ver bem. - Só temos duas escolhas: matar ou ser morto. O que você vai escolher, minha querida?

Engoli em seco, olhei para Louis de canto de olho segurei as lágrimas.

— Sobreviver. - sussurrei.

— Boa garota. - ele passou as mãos pelos meus cabelos. - Vamos, estou com preguiça de ter que enfrentar Finn se ele sair agora.

Dei uma última olhada para o prédio em chamas e caminhei até Louis que andava na frente.

— Você tinha a chance de me abandonar lá, mas não o fez, por quê? - perguntou Louis, me olhando com desconfiança.

Me pergunto a mesma coisa.

— Não sei, mas tenho certeza que o olhar mortal que você me deu na hora pode nos explicar.

Louis deu uma risadinha baixa, e voltou a olhar para frente.

Sobreviver, é tudo que preciso fazer agora.

Aiai, vcs teriam salvado o Louis, ou fugido?

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Aiai, vcs teriam salvado o Louis, ou fugido?

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𝗧𝗛𝗘 𝗣𝗨𝗥𝗚𝗘 𝗡𝗜𝗚𝗛𝗧, louis partridgeOnde histórias criam vida. Descubra agora