4- Conhecendo Nárnia (de novo)

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S/n:

Pegamos o barco e seguimos o caminho de um rio.

Estávamos em um estreito de água, eu não reconhecia aquele lugar de jeito nenhum. Talvez eu nunca tivesse vindo aqui antes.

As árvores estavam paradas e as águas também não me pareciam mágicas.

— Estão paradas. — disse Lu olhando as árvores.

— São árvores, você queria o que? — perguntou Trumpkin.

— Elas dançavam. — respondi.

— Pouco depois que saíram, os telmarinos invadiram. Os sobreviventes se retiraram para os bosques e as árvores se retiraram para tão dentro delas que nunca mais as ouvimos falar. — disse Trumpkin.

— Eu não entendo. Como Aslan permitiu isso? — perguntou Lu.

— Aslan? Achei que tivesse nos abandonado junto com vocês. — disse Trumpkin.

— Não quisemos abandoná-los. — disse Pedro.

— Não faz diferença agora faz? — perguntou Trumpkin.

— Leve-nos aos narnianos e fará. — disse Pedro.

Continuamos o caminho em silêncio, só se escutava o som das águas se mexendo enquanto Pedro remava.

Nárnia não é a mesma e eu me sinto muito mal por tê-la abandonado, mesmo que sem querer.

Quando chegamos em um pedaço de areia, puxamos o barco, tirando-o da água.

— Olá seu urso. — disse Lúcia e viramos a atenção para ela. — Está tudo bem, somos amigos

O urso não me parecia normal. Se fosse falante já teria falado.

— Não se mova majestade! — disse Trumpkin e Lúcia olhou para nós.

O urso correu até ela e Susana foi pegar o seu arco para atirar.

Lu correu mas acabou tropeçando. Fechei os olhos e esperei alguém falar alguma coisa.

— Acerta ele Susana! — disse Ed.

Abri os olhos e lá estava o urso caído. Trumpkin havia atirado.

— Por que ele não parou? — perguntou Susana.

— Devia estar com fome. — respondeu Trumpkin.

Fomos até Lúcia e Pedro a abraçou enquanto Trumpkin verificava se o urso estava morto.

— Ele era selvagem. — falei.

— Acho que ele nem podia falar. — disse Pedro.

— Seja tratado como um animal burro por muito tempo e é isso que você vira. — disse Trumpkin. — Vão descobrir que Nárnia está mais selvagem do que se lembram.

— Temos que continuar o nosso caminho. — disse Pedro. — Venham.

Seguimos andando atrás de Pedro como se fôssemos patinhos seguindo a sua mãe.

No caminho fui conversando com Susana e Lúcia. Lembramos dos nossos tempos antigos em Nárnia e como tudo parecia mais colorido.

Seguíamos por um caminho rodeado de rochas.

— Não me lembro desse caminho. — falei.

— Mulher é assim, nunca consegue guardar um mapa na cabeça. — disse Pedro e espero que ele tenha sido irônico, ninguém conhece Nárnia tão bem como eu.

— É porque já temos a cabeça cheia de outras coisas. — disse Lúcia.

— Queria que ele tivesse ouvido o N.C.A. logo de cara. — disse Susana.

— N.C.A.? — perguntou Ed.

— Nosso caro amiguinho. — respondeu Lúcia e sorrimos.

— Que apelido mais carinhoso não é mesmo? — perguntou N.C.A.

Seguimos andando até Pedro parar de frente à uma enorme parede de pedra.

— Eu não estou perdido. — disse ele.

— Não, só está indo pelo caminho errado. — disse Trumpkin.

— Você viu Caspian no Bosque Trêmulo e o melhor caminho é atravessar o Rio Veloz. — disse Pedro.

— A não ser que eu esteja enganado, não existe passagem por aqui. — disse Trumpkin.

— Então está explicado, você se enganou. — disse Pedro de maneira arrogante.

— E você também. Depois nós mulheres que não conseguimos guardar um mapa na cabeça. — falei.

— Pra onde vamos agora? — perguntou Lúcia.

— Sigam-me. — disse Trumpkin e tivemos que voltar tudo o que andamos.

— Sua memória está péssima Pedrinho. — sussurrei em seu ouvido enquanto andávamos. Ele odeia que o chamem de Pedrinho.

— Eu sou o mais velho entre nós cinco, poderia me chamar de Pedrinho se eu fosse o mais novo. — disse Pedro.

— Pra mim você é uma criancinha que gosta de brincar de médico quase sempre. — falei.

— E você ama estar com febre não é? — perguntou e sorrimos.

Continuamos o caminho e eu já estava morta. Andamos mais hoje do que na minha primeira semana na Inglaterra.

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O Pedro bem que poderia ser meu médico pessoal, mas infelizmente eu moro na vida real, que dor

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Plágio é CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2Onde histórias criam vida. Descubra agora