2- Cair Paravel

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                                         S/n:
Uma praia. Eu não me lembrava qual era aquela, mas tenho algumas teorias, se eu bem conheço Nárnia. Não dá pra esquecer a vista da varanda que Pedro me pediu em namoro.

Fomos todos correndo para a água, sem nos importarmos em perder algumas partes dos nossos uniformes, quem se importa com a escola agora?

A água estava morna, bem como da última vez que estivemos aqui.

Ed parou e ficou olhando sei lá o que.

— O que foi? — perguntou Pedro.

— Onde é que nós estamos? — perguntou Ed.

— Onde acha que estamos? — perguntou Pedro.

— É que, não me lembro de ruínas em Nárnia. — respondeu Ed.

De fato em cima do monte haviam ruínas. Mas ruínas de que? Só se... O que aconteceu com Cair Paravel?

Subimos até lá de pressa e fomos comendo algumas maçãs que encontramos no caminho. Estavam em um pomar, como um que plantamos pouco antes de irmos embora.

Se aquele lugar é realmente Cair Paravel, estou pensando em como ficou daquele jeito. O que aconteceu enquanto estávamos fora?

Fui com Lúcia até uma parte que dava vista para o mar.

— Quem será que vivia aqui? — perguntou ela.

Acabei pisando em algo que doeu no meu pé. Uma peça de xadrez de ouro puro.

— Éramos nós. — falei pegando aquilo. A peça era idêntica ao nosso jogo de xadrez.

Lúcia veio até mim confusa e em seguida os outros três chegaram também.

— Ei, é meu, do jogo de xadrez. — disse Ed.

— Que jogo de xadrez? — perguntou Pedro.

— Em Finchley eu nunca tive um jogo de xadrez de ouro puro mas isso é meu. — disse ele e pegou da minha mão.

Não dava pra acreditar, estávamos mesmo em Cair Paravel.

— Não acredito. — falei. Eu realmente não queria acreditar que o nosso castelo estava em ruínas.

Fui correndo até o lugar onde teria sido a coroação. Onde eu coroei Pedro e Susana.

Todos vieram atrás então parei de correr quando chegamos nos tronos. O que fizeram ali?

— Não estão vendo? — perguntei.

Fui colocando todos em seus "tronos" enquanto falava.

— Imaginem muros. E colunas ali. Um telhado de vidro. 

Me afastei e pude ver os quatro Reis e Rainhas de Cair Paravel. Ou o que sobrou daquele lugar.

— Cair Paravel. — disse Pedro.

— Sabia onde estávamos o tempo todo não é? — perguntou Ed.

— Sim. Na verdade eu tinha quase certeza. — respondi.

— Se estamos em Cair Paravel, deveríamos procurar o lugar onde guardávamos os nossos tesouros. — disse Lúcia.

— É verdade. — disse Susana. — Mal posso esperar para pegar meu arco novamente.

Saímos dali e fomos a caminho da sala subterrânea. Até que Ed parou de novo e se abaixou de frente a uma pedra.

— Catapultas. — disse ele.

— O que? — perguntei.

— Não foi uma tragédia natural, Cair Paravel foi atacada. — respondeu.

— Eu me referia ao que era uma catapulta, não tínhamos isso na Época do Ouro, mas já me lembrei, para alguma coisa aquelas aulas de história tinham que servir. — falei.

Os meninos logo acharam a sala que procurávamos e foram correndo abrir.

A porta já estava mofada, aquela madeira era velha.

Pedro arrancou um pedaço, já que, por ser de idade, era fácil de arrancar.

Depois ele abriu a porta como uma pessoa normal, mas estava um breu lá dentro.

Ele pegou uma faquinha (não sei de onde tirou isso) e rasgou uma parte de sua roupa. Logo depois enrolou em um galho.

— Por acaso tem fósforos aí? — perguntou para Ed, que foi o único que ainda tinha sua bolsa.

— Não, mas... — dizia e pegou sua lanterna. — Será que serve?

— Podia ter falado um pouco antes não acha? — perguntou Pedro e sorrimos.

Hora de entrar naquele lugar. Não tendo um inseto horroroso está tudo bem.

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Duas coisas pra falar:
1- Desculpa a demora
2- Não sei se escrevi o nome do lugar que eles moravam corretamente, qualquer coisa me corrijam

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Plágio é CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2Onde histórias criam vida. Descubra agora