S/n:
— Pedro! O que está fazendo? — perguntei ao perceber que não estávamos subindo para sermos levados pelos grifos.
— As tropas estão lá fora! — disse ele enquanto corríamos.
Tudo dentro de mim dizia que não, mas o calor do momento me fez relevar esse mal pressentimento.
Há essas horas, todo os guardas de Miraz já tinham sido avisados da invasão.
Fomos para o lado de fora do castelo e eu sabia que ia dar tudo errado.
— Agora Edmundo! Agora! — gritou Pedro para Edmundo dar a ordem com sua lanterna para as tropas entrarem.
— Estou ocupado agora! — disse ele lutando contra um dos guardas. Era só o que faltava.
Fomos até o portão e Pedro começou a abri-lo.
— Pedro é tarde! — disse Susana.
— Ainda dá tempo de desistirmos! — falei.
— Não! Eu ainda consigo! — disse Pedro. Sempre desobediente e orgulhoso. — Ajudem aqui!
Sem muita escolha, fomos ajudar. Eu não deveria ter ajudado. Eu deveria era ter quebrado um tijolo na cabeça de Pedro para que os grifos viessem nos buscar.
Quando Edmundo deu o sinal com a lanterna, as tropas invadiram o castelo de uma vez. Esse também não era o combinado.
Peguei minha espada e fomos lutar contra os guardas de Miraz. Estávamos em total desvantagem, a chance de sairmos ganhando é inferior à zero.
— Por Nárnia! — gritou Pedro. Confesso que senti falta do "E por Aslam!". Foi nesse momento em que eu acho que tudo começou a ir de mal a pior.
Tudo começou a dar errado quando os guardas de Miraz quebraram a corrente, fazendo o peso que deixava o portão aberto caísse e o portão começasse a fechar rapidamente. Um dos minotauros correu e ficou segurando para que nós saíssemos dali.
— Tirem as mulheres daqui! — gritou Pedro.
Logo um dos centauros vieram pegar Susana.
— Eu me viro para sair daqui. Vão embora! — falei e continuei matando os guardas. Em pouco tempo, Caspian veio com dois cavalos, supostamente um pra ele e um para Pedro.
— Poderia ter pego um pra mim né. — falei.
— Sobe aqui comigo. Rápido! — disse Caspian e apenas obedeci. Caspian tinha razão desde o começo, só Pedro não queria ver e admitir isso. Estou sentindo que os dois estão competindo para saber quem é o melhor rei.
— Vão embora! Recuem antes que seja tarde! — gritava Pedro para que todos pudessem sair dali.
— Segura, vamos sair agora. — disse Caspian.
— Tá. — falei e segurei nele. Saímos dali rapidamente.
Foi uma das cenas mais tristes e agonizantes da minha vida. Todos os narnianos que não conseguiram sair dali ficaram presos no castelo, todos na frente do portão sem conseguir sair e morrendo de pouquinho em pouquinho. Cheguei a ter vontade de tentar abrir o portão novamente, mas eu não conseguiria.
Era uma cena tão triste e deveria ser terrível para quem estava preso lá dentro. Eu não conseguia nem imaginar.
— Pedro! A ponte! — gritou Caspian.
Sem falar nada, apenas com o olhar triste, saiu dali e voltamos para a "tumba". Tumba na qual teria salvo a parte do exército que perdemos. Éramos todos uma família, mas Pedro resolveu pensar só em si mesmo, como sempre.
— Parabéns. Seu erro agora é irreversível. — falei enquanto me segurava para não chorar. — Por que você é tão teimoso Pedro?
Ele não respondeu nada, mas parecia arrependido. E envergonhado.
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sempre choro nessa parte
é, eu dei uma reutilizada no que eu escrevi em Selvagem |1
Já clicou na estrelinha?
Plágio é crime
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𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2
ФанфикшнApós um longo ano, eles retornaram à Nárnia. Os Reis e Rainhas do passado, agora mais novos, terão de salvar os narnianos e o príncipe Caspian do Miraz (que se nomeou rei). O que os espera dessa vez? "Grande Rei Pedro?" "Eu creio que nos chamou." ...
