S/n:
— Acorda, Pedro está chamando todos. Acorda sua preguiçosa! — disse Ed enquanto me chacoalhava.
— Você me chamou de preguiçosa? — perguntei e me levantei.
— Só assim mesmo para você acordar do seu sono de pedra. Vem, Pedro está reunindo alguns homens na Mesa de Pedra.
— O que aconteceu?
— Ainda não sei, ele não falou ainda. Exigiu que você estivesse presente.
— Tudo bem, vamos lá.
Ed me levou até a Mesa de Pedra onde a maioria dos narnianos estavam.
— Pronto, agora fala Pedro. — disse Ed.
— Um dos nossos avistou um homem da cavalaria de Miraz. Agora eles já sabem onde estamos instalados e é só uma questão de tempo. Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens não protegem o castelo. — disse Pedro.
— E o que sugere que façamos majestade? — perguntou Ripchip.
— Atacar o castelo. — disse Pedro enquanto Caspian disse para começarmos a planejar.
— A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. — disse Pedro.
— Isso é loucura, ninguém jamais tomou o castelo. — disse Caspian.
— Sempre tem uma primeira vez. — disse Pedro.
— Teremos um elemento surpresa. — disse Trumpkin.
— Mas temos a vantagem aqui. — disse Caspian.
— Se nos prepararmos podemos contê-los pra sempre. — disse Susana.
— Eu me sinto bem melhor aqui em baixo. — disse o texugo.
— Olha, agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza, é uma tumba. — disse Pedro.
— É, se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome. — disse Ed e pisei no seu pé como repreensão.
— Podemos colher nozes. — disse um esquilo.
— É! E jogar nos telmarinos! — disse Ripchip empolgado, mas recebeu um olhar de repreensão de quase todos. — Cala a boca! — repreendeu Rip. — Conhece a minha opinião senhor.
Pedro olhou para mim mas não me atrevi a falar nada. Do que adiantaria se ele não vai mesmo me escutar?
— Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas? — perguntou Pedro para um centauro.
— Vou morrer tentando soberano. — respondeu ele.
— É isso que me preocupa. — disse Lu.
— O que disse? — perguntou Pedro.
— Estão agindo como se só houvesse duas opções: morrer aqui ou morrer lá. — disse ela.
— Eu acho que não ouviu direito Lu. — disse Pedro.
— Não! É você que não ouve! Ou você já esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro? — perguntei interrompendo Lúcia.
— Acho que já esperamos tempo demais por Aslan. — disse ele e saiu dali.
Olhei em volta e todos estavam desanimados. Isso já era de se esperar.
Saí dali em passos rápidos e alcancei Pedro.
Puxei sua mão e o fiz olhar para mim.
— Por que não quer me escutar? — perguntei.
— Não estamos dando um tempo? — perguntou.
— Não estou falando como sua namorada agora, estou falando como uma narniana que quer o melhor para o seu povo.
— Podemos entrar em um acordo?
— Que acordo?
— Faremos o meu plano, se der errado fazemos o plano de vocês.
— Se seu plano der errado não seremos nós que vamos pagar, sim eles.
— Não vamos atacar com tudo.
— Finalmente algo mais inteligente vindo de você desde que colocamos os nossos pés em Nárnia.
— Você sabe que sua opinião sempre foi e sempre será muito importante pra mim, mas eu preciso saber o que você acha.
— Você sabe o que eu acho.
— Por que antes você concordava com todos os planos que eu fazia?
— Porque antes você usava a sua inteligência a favor de todos, sem pensar só em si mesmo.
— Não estou pensando em mim mesmo, estou fazendo isso para ajudar os narnianos.
— Não, você está fazendo isso para provar que é melhor que Caspian.
— Você sabe que eu não sou esse tipo de pessoa.
— Eu achava, mas agora tenho minhas dúvidas.
— Podemos fazer o acordo?
— Pode ser, contanto que você use apenas 1/3 do nosso exército.
— Fechado. Agora mudando de assunto, o que acha de sairmos para passear? Como nos tempos antigos, lembra?
— Lembro, mas não estamos dando um tempo?
— Eu falei sem pensar, não consigo ficar muito tempo sem você.
— Então consegue passar pouco tempo?
— Com muito esforço sim.
— Bom, então continue se esforçando.
Continuei o caminho para a saída, porém agora sorrindo. Eu não resisto a Pedro Pevensie.
Quando eu já estava a certa distância do lugar onde estávamos conversando, escutei passos ligeiros vindo até mim. Em seguida esse alguém puxou meu braço e pude olhar seus olhinhos azuis sorridentes.
— Eu te amo pra sempre. — disse Pedro e me beijou. Parecia-se muito com o nosso primeiro beijo. Era apaixonado.
— Depois não quero nenhum dos dois vindo fazer drama enquanto conversamos, tô cansado disso. — disse Ed interrompendo nós dois, que agora sorríamos sem muitos motivos.
— Quando tiver um amor você vai entender. — disse Pedro sem tirar aquele sorriso lindo.
— Não quero namorar nem tão cedo. Agora vou deixar os pombinhos continuarem essa meleca. — disse Ed e foi embora.
— O Ed sempre foi assim né? Anti-romântico. — falei.
— Desde sempre e espero que não seja para sempre. — disse Pedro. — Talvez deveríamos, agora, se a vossa majestade quiser, sair para tomar um ar fresco.
— Acho uma ótima ideia, nobre rei.
— Acompanhe-me senhorita.
Peguei sua mão e saímos para o lado de fora.
Não tinha nada espetacular, mas só o fato de estar respirando o ar de Nárnia já é incrível.
Tiramos os sapatos e ficamos dançando com os pés na grama, como costumávamos fazer antes de irmos para a Inglaterra.
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Pegaram a referência?
Um ponto importante é ressaltar que farei vocês amarem e terem raiva do nosso Pedrinho Pevensie
Cliquem na estrelinha darlings
Plágio é CRIME 🚨
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𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2
FanfictionApós um longo ano, eles retornaram à Nárnia. Os Reis e Rainhas do passado, agora mais novos, terão de salvar os narnianos e o príncipe Caspian do Miraz (que se nomeou rei). O que os espera dessa vez? "Grande Rei Pedro?" "Eu creio que nos chamou." ...
