8- Acordo

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S/n:

— Acorda, Pedro está chamando todos. Acorda sua preguiçosa! — disse Ed enquanto me chacoalhava.

— Você me chamou de preguiçosa? — perguntei e me levantei.

— Só assim mesmo para você acordar do seu sono de pedra. Vem, Pedro está reunindo alguns homens na Mesa de Pedra.

— O que aconteceu?

— Ainda não sei, ele não falou ainda. Exigiu que você estivesse presente.

— Tudo bem, vamos lá.

Ed me levou até a Mesa de Pedra onde a maioria dos narnianos estavam.

— Pronto, agora fala Pedro. — disse Ed.

— Um dos nossos avistou um homem da cavalaria de Miraz. Agora eles já sabem onde estamos instalados e é só uma questão de tempo. Os homens e as armas de guerra de Miraz estão a caminho. Ou seja, esses mesmos homens não protegem o castelo. — disse Pedro.

— E o que sugere que façamos majestade? — perguntou Ripchip.

— Atacar o castelo. — disse Pedro enquanto Caspian disse para começarmos a planejar.

— A única esperança é atacá-los antes que eles nos ataquem. — disse Pedro.

— Isso é loucura, ninguém jamais tomou o castelo. — disse Caspian.

— Sempre tem uma primeira vez. — disse Pedro.

— Teremos um elemento surpresa. — disse Trumpkin.

— Mas temos a vantagem aqui. — disse Caspian.

— Se nos prepararmos podemos contê-los pra sempre. — disse Susana.

— Eu me sinto bem melhor aqui em baixo. — disse o texugo.

— Olha, agradeço o que fizeram aqui, mas isso não é uma fortaleza, é uma tumba. — disse Pedro.

— É, se os telmarinos forem inteligentes só vão esperar a gente morrer de fome. — disse Ed e pisei no seu pé como repreensão.

— Podemos colher nozes. — disse um esquilo.

— É! E jogar nos telmarinos! — disse Ripchip empolgado, mas recebeu um olhar de repreensão de quase todos. — Cala a boca! — repreendeu Rip. — Conhece a minha opinião senhor.

Pedro olhou para mim mas não me atrevi a falar nada. Do que adiantaria se ele não vai mesmo me escutar?

— Se eu entrar com suas tropas, pode lutar com os guardas? — perguntou Pedro para um centauro.

— Vou morrer tentando soberano. — respondeu ele.

— É isso que me preocupa. — disse Lu.

— O que disse? — perguntou Pedro.

— Estão agindo como se só houvesse duas opções: morrer aqui ou morrer lá. — disse ela.

— Eu acho que não ouviu direito Lu. — disse Pedro.

— Não! É você que não ouve! Ou você já esqueceu quem derrotou a Feiticeira, Pedro? — perguntei interrompendo Lúcia.

— Acho que já esperamos tempo demais por Aslan. — disse ele e saiu dali.

Olhei em volta e todos estavam desanimados. Isso já era de se esperar.

Saí dali em passos rápidos e alcancei Pedro.

Puxei sua mão e o fiz olhar para mim.

— Por que não quer me escutar? — perguntei.

— Não estamos dando um tempo? — perguntou.

— Não estou falando como sua namorada agora, estou falando como uma narniana que quer o melhor para o seu povo.

— Podemos entrar em um acordo?

— Que acordo?

— Faremos o meu plano, se der errado fazemos o plano de vocês.

— Se seu plano der errado não seremos nós que vamos pagar, sim eles.

— Não vamos atacar com tudo.

— Finalmente algo mais inteligente vindo de você desde que colocamos os nossos pés em Nárnia.

— Você sabe que sua opinião sempre foi e sempre será muito importante pra mim, mas eu preciso saber o que você acha.

— Você sabe o que eu acho.

— Por que antes você concordava com todos os planos que eu fazia?

— Porque antes você usava a sua inteligência a favor de todos, sem pensar só em si mesmo.

— Não estou pensando em mim mesmo, estou fazendo isso para ajudar os narnianos.

— Não, você está fazendo isso para provar que é melhor que Caspian.

— Você sabe que eu não sou esse tipo de pessoa.

— Eu achava, mas agora tenho minhas dúvidas.

— Podemos fazer o acordo?

— Pode ser, contanto que você use apenas 1/3 do nosso exército.

— Fechado. Agora mudando de assunto, o que acha de sairmos para passear? Como nos tempos antigos, lembra?

— Lembro, mas não estamos dando um tempo?

— Eu falei sem pensar, não consigo ficar muito tempo sem você.

— Então consegue passar pouco tempo?

— Com muito esforço sim.

— Bom, então continue se esforçando.

Continuei o caminho para a saída, porém agora sorrindo. Eu não resisto a Pedro Pevensie.

Quando eu já estava a certa distância do lugar onde estávamos conversando, escutei passos ligeiros vindo até mim. Em seguida esse alguém puxou meu braço e pude olhar seus olhinhos azuis sorridentes.

— Eu te amo pra sempre. — disse Pedro e me beijou. Parecia-se muito com o nosso primeiro beijo. Era apaixonado.

— Depois não quero nenhum dos dois vindo fazer drama enquanto conversamos, tô cansado disso. — disse Ed interrompendo nós dois, que agora sorríamos sem muitos motivos.

— Quando tiver um amor você vai entender. — disse Pedro sem tirar aquele sorriso lindo.

— Não quero namorar nem tão cedo. Agora vou deixar os pombinhos continuarem essa meleca. — disse Ed e foi embora.

— O Ed sempre foi assim né? Anti-romântico. — falei.

— Desde sempre e espero que não seja para sempre. — disse Pedro. — Talvez deveríamos, agora, se a vossa majestade quiser, sair para tomar um ar fresco.

— Acho uma ótima ideia, nobre rei.

— Acompanhe-me senhorita.

Peguei sua mão e saímos para o lado de fora.

Não tinha nada espetacular, mas só o fato de estar respirando o ar de Nárnia já é incrível.

Tiramos os sapatos e ficamos dançando com os pés na grama, como costumávamos fazer antes de irmos para a Inglaterra.

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Pegaram a referência?
Um ponto importante é ressaltar que farei vocês amarem e terem raiva do nosso Pedrinho Pevensie

Cliquem na estrelinha darlings

Plágio é CRIME 🚨

𝗙𝘂𝗴𝗶𝘁𝗶𝘃𝗼𝘀 𝗱𝗲 𝗡𝗮𝗿𝗻𝗶𝗮 |2Onde histórias criam vida. Descubra agora