Capítulo 25

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- Você já viu tudo mesmo; me ajude logo. - Bufou frustrada.

Depois de me ajudar no banheiro; Bailey está tentando colocar minha roupa com os olhos fechados.

É até engraçado; e ao mesmo tempo fofo; ele parece estar mais envergonhado que eu.

- Mas...

- Pare de enrolar Bailey. - Peço já irritada.

Já tem uns vinte minutos que ele tenta colocar minhas roupas mas não consegue por estar com os olhos fechados.

Óbvio que fiquei extremamente envergonhada; mas tenho que assumir que minha maior vergonha foi estar deitada no chão do banheiro sem conseguir se levantar; do que ser vista nua por ele.

- Ter certeza ? - Ele pergunta ainda desconfiado.

- Já não viu tudo ?

Bailey fica em silêncio; e parece com medo de responder minha pergunta.

- Talvez eu tenha visto. - Assume.

- Eu sabia que estava mentindo.

Começo a gargalhar da sua cara de nervosismo; mas me calo no mesmo instante; quando todo meu corpo dói.

- Fique quieta Shivani. - Ele fala. - Tem certeza que não quer ir ao hospital ?

Bailey me fez essa pergunta diversas vezes; e pelo jeito vai continuar fazendo.

- Tenho sim. - Falo. - Não tenho boas memórias de hospitais.

Me lembro no mesmo instante de quando me deu dor de barriga no hospital; e Bailey ouviu tudo e ainda por cima teve a má sorte de sentir o cheiro podre que saiu do banheiro quando abri a porta.

- Está pronta ? - Ele pergunta ainda de olhos fechados.

- Estou pronta faz tempo; é você quem está enrolando. - Falo. - Até parece que nunca viu uma mulher nua antes.

- Talvez eu esteja com medo de você.

- Por que ? - Pergunto.

- Você já quebrou o dedo de um homem.

- Mas porque ele me tocou sem minha permissão; no seu caso é diferente. - Digo. - Então pode abrir os olhos sem medo; não irei te agredir.

Bailey começa a abrir os olhos lentamente; mas não me encara descaradamente. Ele me ajuda a me vestir; e praticamente nem me olha.

- Agora posso respirar tranquilamente. - Ele passa a mão pela testa.

- Obrigada. - Agradeço.

- Quando precisar que eu te ajude a vestir suas roupas é só falar. - Bailey me oferece um sorriso malicioso.

- Que cavalheiro. - Digo. - Terei isso em mente.

Ele praticamente nem me olhou enquanto coloca minhas roupas; e agora do nada começa a ficar assanhado.

- Deveria cair mais vezes no banho. - Ele fala baixinho; mas ainda assim escuto.

- Eu escutei isso. - Sorrio abertamente.

Talvez eu tenha sido descarada por pedir para meu chefe me ajudar a me vestir; mas eu não tinha opção; ou deixava a vergonha de lado e pedia sua ajuda; ou ficava deitada no chão frio do banheiro até conseguir me levantar.

Um chefe irresistível -shivley adaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora