Capítulo 8

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- Você está bem Shivani ? - Sabina pergunta.

- Sim.

- Tem certeza ?

Sabina parece não acreditar; e demonstra preocupação sincera.

- Não se preocupe. - A tranquilizo. - Estou bem.

Não sinto mais falta de ar; então não me preocupo com o resto. Meu corpo está todo vermelho; e sinto coceira até onde o sol não bate; mas preciso controlar minhas mãos; ou irá piorar ainda mais o estado da minha pele.

- Você deveria ter dito que é alérgica. - O senhor May diz emburrado.

- Eu tentei. - Reviro os olhos. - Mas você não parava de falar.

Parecia que ele tinha feito a melhor coisa do mundo me dando flores caras; e nem ao menos calou a boca para deixar eu dizer alguma coisa.

- Mesmo assim. - Fala. - Deveria ter me impedido.

- Agora já foi. - Suspiro alto.

Bailey me trouxe para o hospital; e por incrível que pareça ele realmente parecia preocupado.

Não sei se existe um ser humano sensível em algum lugar dentro dele; ou só estava com medo de que eu morresse por sua culpa.

- Você poderia ter...

- Estou bem senhor May. - Falo. - Não se preocupe comigo; e obrigada por me trazer ao hospital.

- Era o mínimo que eu poderia fazer já que a culpa foi minha.

- O senhor não precisa ficar aqui. - Digo. - Já é tarde.

Desde a hora que ele me trouxe para o hospital; ele não saiu do quarto nem por um minuto. O coitado deve ter passado por um susto daqueles.

- É melhor eu ficar.

- Não tem necessidade alguma. - Falo.

Provavelmente irá trabalhar no outro dia; então está perdendo tempo já que viu que estou bem. Mas por outro lado até fico tocada por sua preocupação; sendo sincera ou não.

- Mas...

- Vá para casa. - O corto. - Parece cansado.

- Eu estou bem.

Está na cara que ele está exausto. Provavelmente deve ter saído do trabalho tarde; visto o horário que ele foi ao meu apartamento.

O senhor May deve trabalhar por dois; já que não aceita a ajuda de ninguém e nenhuma secretária suporta trabalhar com ele. Seria tão mais fácil se tivesse alguém para ajudá-lo; mas o orgulho é tanto que não aceita ajuda de ninguém.

Ele deve ter ficado muito bravo por ter que vir atrás de mim para não perder o seu vice-presidente. É tão orgulhoso; que deve estar se sentindo humilhado por fazer algo tão simples.

- Aceito trabalhar para o senhor com uma condição. - Falo.

- Qual ?

- Que vá para casa.

Ele pensa por alguns segundos; parece não estar nenhum pouco animado comigo ditando as regras; mas no final das contas aceita.

- Você começa a trabalhar semana que vem. - Fala.

- Obrigada pela chance senhor. - Agradeço.

- Espero não me arrepender. - Balbucia baixinho.

Um chefe irresistível -shivley adaptationOnde histórias criam vida. Descubra agora