Morena esperta

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    A minha descoberta da minha bissexualidade foi icônica, por assim dizer

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A minha descoberta da minha bissexualidade foi icônica, por assim dizer. Um remix bem top de Stay Alive do Bee Gees soava como um mosquitinho irritante nos meus ouvidos. Eu me contentava em ser o digníssimo John Travolta desfilando nas ruas com uma roupa chamativa e uma feição de galã. Só que eu não sentia ainda meus pés e nem estava bem vestido. De qualquer forma eu cheguei aonde queria: a pista de dança.
Os movimentos de um corpo feminino, não há nada mais elegante. Minha pretendente era a melhor nisso. Seus braços íam lá em cima e desciam devagar, moldando suas curvas de uma forma sexy. Aliás, tudo nela é sexy. A pele bronzeada, meio vermelha, os cabelos escuros, longos e ondulados. Tinha o tipo de corpo que qualquer roupa cairia bem e ela parecia saber disso. Trajava um vestido preto com aberturas laterais nas costelas, a saia dois palmos acima do joelho. Okay, talvez eu esteja um pouco obcecado só de mirá-la. Só talvez. Faltava muito para ela ser uma Megan Fox. Falei nesse sentido porque ela é bem baixinha. Acho que nem dos 1,60 passa. Pra sorte dela eu babo, baby, babo por baixinhas.
Chego na moralzinha, fazendo passos tradicionais de dança: um pra lá e dois pra cá. Ela estava tão envolvida na vibe dos anos 80, curtindo de olhos fechados, que nem me viu empurrando o povão pra chegar até ela. Tive a brilhante ideia de dar apoio àquela linda dançarina. Pousei minhas mãos levemente naquele quadril largo que continuou seu trabalho de outro mundo, sem se incomodar com meus toques. Eu sei o que estão pensando. Que coragem chegar chegando assim. A verdade é que as minhas pernas só não tremiam mais porque eu tive resultados imediatos.
A garota se virou pra mim e senti que a flecha do cupido atingiu meu olho. Ardeu pra cacete. Ela sorriu e pôs as mãos ao redor do meu pescoço. Seu olhar diretamente no meu estava me matando, literalmente, de dor de cabeça.
— Te deram muita bebida e mandaram você engolir a bala, acertei?
— Na mosca.
Não consegui ouvir o riso dela, mas os ombros chacoalhando me contaram que tinha achado graça.
— É pra ser dissolvido na língua aos poucos. A não ser que queira adquirir Aquela enxaqueca.
Aquele puto do Jin. Gostaria muito de quebrar uma garrafa na cabeça dele para ele ver como é uma delícia uma dorzinha no cocoroco.
— Mas e você, bonitão? O que faz aqui? — A ponta dos dedos dela me faziam cócegas na nuca. Espero apenas não estar suando ali.
— Quer que eu seja sincero, ou dê a resposta mais engraçada?
Ela ponderou por um tempo. Nós já dançávamos juntos sem nenhum de nós dois perceber. Parecia tão natural.
— Sincero — fez sua escolha.
— Estou em busca de um amor.
Dessa vez eu senti a vibração do seu riso. Que risada mais meiga.
— Disse que queria a sincera, não a engraçada.
— Acontece que as duas são a mesma. — Sorri e ela sorriu mais largo. — Posso saber o nome dessa bela princesa?
— Pode.
E ela ficou em silêncio. Suas órbitas eram intensas. Perguntei-me se as minhas estavam tão magenta quanto as dela.
— Não vai me dizer?
— Não se você não me disser o seu primeiro.
Cheguei perto da boca desenhada dela a ponto de triscar os lábios. Senti novamente uma reação, um arrepio violento na sua pele descoberta. Nossa, isso está indo muito rápido. Rápido demais. Será que eu estou brilhando para ela? Será que ela consegue ver minha aura roxa como vejo nitidamente a dela? Isso explicaria a razão dela estar me puxando para mais perto.
— Meu nome é Jimin, coisa linda — sussurrei raspando nossas bocas. Sim, eu já sei. Sou o mestre da sedução.
— Muito prazer, Jimin. Sou a Morena. — Ela fez o mesmo, provocando-me com seu timbre rouquinho.
Isso sim é um nome que combina com a pessoa, pensei. Essa mina é linda, sexy, engraçada e ainda fala comigo. O que mais iria querer? Estou no lucro já.
— E o que te trouxe até aqui, Morena?
— O amor, bonitão, o amor.
A beijei. Foi tão fácil falar com ela, encostar nela, na sua boca. Aquela bala funcionava que era uma beleza.
— Nossa, seu gostinho é tão bom. Você é tão linda. Eu já disse isso?
— Sim, mas pode ficar à vontade para repetir quantas vezes quiser.
Sabe aquele momento que você olha para a criatura e diz: "É ela!"? Pois, então.
— Caramba! Eu amo essa música! Conhece? — Morena me perguntou se distanciando um pouco. Se ela me chamar para dançar, não vou saber dizer não. E eu não sei dançar bem que nem ela, o que é um problema.
— I Took a Pill in Ibiza. Não te parece extremamente adequado para esse momento? — Ela riu e virou de costas. Pegou minhas mãos e colocou em sua cintura, remexendo encostada em mim. Linda, linda, linda. — O meu DJ favorito é citado nessa música como uma lenda.
— O Avicii? Que coincidência! Acredita que ele também é meu DJ preferido? Bom... era meu DJ preferido. Ele morreu, né?
— Sim. Muito triste o que aconteceu com ele.
E quando a batida começou, mandamos à merda os mortos e só curtimos a música. Acabou que eu nem tive que me mexer muito. Morena me conduzia facilmente em cada pequeno giro e pegação. Que climinha mais gostoso. Por mim eu não sairia daqui nunca.
— Vamos para a área V.I.P?
Juro que meu peito murchou quando escutei a sugestão. Como dizer àquela moreninha que o papai aqui não tem passagem pra área especial?
— Poxa, mas aqui está tão legal. Não está gostando?
— Estou sim, Jimin. É que lá a gente tem um pouquinho mais de privacidade, entende o que quero dizer?
O sorriso. Esse sorriso de malícia eu conheço. Morena o exibia pra mim sem um pingo de vergonha. Agora virou minha missão entrar na tal área V.I.P. de uma forma ou de outra. Aposto que se usar a mesma desculpa de ser amigo próximo do senhor Min irá funcionar. Um puta poder esse namorado do Hoseok tem. Nunca nem vi isso.
— Se minha princesa faz questão.
Peguei na sua mão e entrelacei os dedos. Deixar um tesouro desse escapar é o que não vou.
Passamos pelos sofás brancos e pelo bar. Quando olhei de relance não avistei Jin, o barman. Não sei ao certo se lamentava ou agradecia por isso. Algo nele me fazia ficar tenso. Não sei bem o quê. Mas, sem ele para me despir com aqueles olhos tão escuros quanto os fios de cabelo, agora eu podia me concentrar na baixinha cheirosa do meu lado.
Paramos eu e Morena de frente pro careca que barrava a entrada. Por conta das rugas, ele parecia ter duas testas e, como telepatia, escutei Morena rindo baixinho.
— Senha — demandou o careca sem mais nem menos.
— Sou amigo do senhor Min e...
— Sem senha não entra.
Cruzes! Parece até uma máquina! Dei uma olhada para trás. Morena juntou as sobrancelhas arrepiadas como se estivesse pensando. Se ela também não sabia a senha, por que me chamou para a ala especial? Será que ela deduziu que eu podia levá-la lá pra cima? Morena ficará chateada se não subirmos? O que eu faço agora? Não posso dizer que não sei a senha. Fodeu.
— Love Wins.
O careca abriu a passagem. Nem precisei olhar pro outro lado para saber quem era. Jin estava sem seu avental. Vestia uma camisa social preta abotoada até a metade. Exposto bem ali em seu peito bronzeado, uma corrente fina de prata que combinava com a fivela do cinto de sua calça também escura. Ele estava magnífico a ponto de parar o trânsito — no caso, quem fazia a fila crescer atrás de mim era eu mesmo. Eu não entendia como não havia outros olhares direcionados a ele além dos meus. Esse povo tem muito mau gosto. Valha-me Deus!
— Obrigada, moço! Jimin, vamos? — Morena deu duas puxadinhas na minha camiseta, mas quem disse que foi fácil tirar os olhos daquele barman alto?
Jin sutilmente se aproximou de mim de uma forma que não pudesse evitar de cair sobre seus encantos.
— Curte essa noite com sua pretendente baixinha e, se eu ainda estiver aqui quando vocês terminarem, eu vou te achar. Não se preocupe.
Assim que terminou, Jin se virou e continuei vendo sua aura brilhosa mesmo ele estando quase seis metros de distância e um monte de gente tapando a visão.
Fui guiado para os portões do céu por mãos macias e delicadas. A princípio eu fiquei bastante desanimado. Era idêntico ao clube lá embaixo. A diferença era que lá habitavam os ricaços de rolex e embaixadores da Louis Vuitton, e o ambiente era mais claustrofóbico. O bom mesmo foi estar com ela, que corria pelos corredores segurando minha mão. Senti-me um adolescente de novo. Foi então que ela abriu uma porta com as frestas iluminadas em verde e assim que entramos elas instantaneamente mudaram para vermelho — óbvio, estamos ocupando agora. Ali em cima a música era outra. Uma tal de Formula de um seriado dá ora chamado Euphoria. Nos encontrávamos em um quarto composto apenas por uma cama e uma mesinha com uma garrafa de champanhe e duas taças.
— Vamos abrir que não é todo dia que se consegue bebida de graça — disse Morena dando uma corridinha e pegando a garrafa.
Deixei de comentar que euzinho já estava usufruindo desse benefício. O barulho da rolha estourando foi tão satisfatório quanto o gritinho de emoção dela. Aceitei a taça e brindamos. Bateu na hora que atingiu meu estômago. Bem que dizem por aí que não é uma boa misturar bebida. No instante seguinte, Morena estava por cima de mim. Deixei a taça cair no carpete macio e segurei os ombrinhos dela, despindo discretamente aquelas alças tão provocativas.
— Safadinho. É assim que quer jogar?
Sentada em cima de mim, ela baixou o vestido e pude ver seus seios empinados. Ela tinha duas pintinhas perpendiculares de cada lado um pouco acima dos bicos. Particularmente achei um charme e não tardei para os colocar na boca.
O gemidinho manhoso dela deu um espasmo no meu pau. Tá vivo! A cobra tá viva!
— Own, Jimin. Chupa com vontade, vai.
Dei sugadinhas leves ao mesmo tempo que os massageava. Eram tão macios, tão quentinhos que pareciam derreter na minha boca. Não demorou para Morena se livrar completamente do vestido e eu tirar a maldita jaqueta que começou a me pinicar.
Segurei a respiração com as mãos ágeis dela que abriram o zíper da minha calça e me apalpavam com jeitinho. É ridículo dizer que eu quis gozar quando vi meu próprio pau pulsando naqueles dedinhos? Estou a muito tempo sem ter esse contato com alguém. Aposto que se Tae estivesse aqui gritaria algo como "Olha, gente! Um 'cadelo' no cio!", e tudo seria ainda mais humilhante porque eu não teria como contra-argumentar.
— Quer que eu o coloque na boca?
— Se você puder, seria ótimo...
Dessa vez eu não quis fechar os olhos. Vi Morena abocanhar minha glande e engolir, engolir, engolir até chegar na base. Que garganta quente! Parecia que ela estava fritando meu pau enquanto o masturbava com suas paredes. Acariciei suas mechas, agradecendo por ela estar cuidando tão bem de mim. E então Morena acelerou. Ela estava faminta, eu podia sentir. Não consegui esconder minha cara de "vadio" e comecei a gemer. Morena sorriu com os olhos magenta.
— Eu vou gozar. — Quase que meu alerta não saiu.
Morena rapidamente tirou da boca e continuou os movimentos rápidos com o punho fechado no meu falo. Não me aguentei e deixei ir. Morena lambeu os dedos e limpou o gozo do rosto como se fosse chantilly. Doce, doce. Levantou e, ao lado da mesinha do champanhe, enfiou a mãozinha numa bacia de metal ali do lado que não tinha notado antes. Tirou de lá um monte de camisinhas. A cena dela abrindo com os dentes ao mesmo tempo que me montava ficará vagueando na minha mente por um bom tempo. Como se não bastassem os leds, o plástico da camisinha era neon. Dei uma risadinha discreta quando ela me vestiu do jeitinho que nos ensinam com uma banana na aula de sexologia. Eu tinha um sabre de luz azul escuro no lugar do meu pau. Imagine se quando estiver dentro dela o contato das nossas partes emitisse o som das batalhas que nem Guerra nas Estrelas? Eu me acabaria de rir. Não tenho maturidade pra isso.
— Vai me comer direitinho, gatinho? Vai me fazer gemer e deixar minhas pernas dormentes?
Não é pra tanto, Morena. Se a gente for foder, vai ser com carinho. Já pensou em como você vai descer as escadas se não sentir as pernas? Eu é que não quebro a coluna pra te carregar. Eu, hein!, pensei... Mas o que eu disse mesmo foi:
— Farei tudo e mais um pouco do que você quiser, gracinha.
Morena sentou. Apertada é apelido. Ela me espremia de todos os lados e por um instante fiquei com medo dela arrancar meu pau fora se fechasse as pernas. Segurei na lombar dela, que rebolava para todos os lados fazendo uma verdadeira massagem de spa nas minhas partes íntimas. Os gemidinhos estavam contidos, então mudei um pouco a posição e agora ela estava sentada diante de mim, meus lábios ao alcance dos dela. Nos beijamos. Morena quicou forte uma vez tirando todo o ar dos meus pulmões. Pedi para que fosse mais devagar e logo achamos o ritmo ideal.
— Ela é tão habilidosa me apertando assim. Meu Deus! Acho que vou enlouquecer.
— Chama pompoarismo, Jiminzinho. Fiz um curso on-line desta técnica e aprendi a controlar os músculos da minha vagina.
Okay. Eu achei que tinha visto de tudo, mas um curso on-line de contração de boceta? Dessa vez eu nunca nem ouvi falar. A parada tinha até nome! Eu tenho uma noção de como funcionaria no EAD, só que no presencial eu juro que não quero nem pensar. Cara... Não, esquece. Eu não falo mais nada.
A questão é que as paredes dela pareciam ter vida própria. Manuseavam meu pau como se fossem mãos sedosas e ferventes com direito a "untação" de óleo de flores. Talvez eu esteja mentindo sobre as flores e esteja mais para o cheiro de chocolate amargo, só que isso não vem ao caso. O importante é que eu realmente estava enlouquecendo.
— Isso! Isso, Jimin! Mete! Mete em mim!
O meu vira-lata interior metia nela sem meu consentimento. Estava acelerado, eletrizado naquele momento. Eu e ela, gemendo deliciosamente no quarto avermelhado. Se não fosse pelo fato de o sabre sumir e desaparecer no buraco negro, juro que não aguentaria ficar mais nenhum segundo naquela câmara sinistra de balada.
Passei a segurar Morena forte pelos seios e movimentar os quadris para cima enquanto os dela se chocavam contra os meus. Beijei o pescoço caramelo e confesso ter feito a maldade de marcá-la abaixo da orelha. Escutei um gemido mais gostoso e pude deslizar facilmente para fora e dentro dela. Não demorou muito para me desfazer uma segunda vez.
Caí na cama e fiquei ali estático por um tempo. Nem se eu quisesse teria forças para levantar. Morena por outro lado calçava os saltos — cujo em momento algum citei terem sido removidos de seus pés, então me desculpa aí aos leitores da minha pequena história de transa por estar informando aos senhores somente agora. Fiquei a observando juntar seu vestido de canto de olho e, quando ela finalmente estava pronta, pegou minha jaqueta, levou até mim e me deu o melhor beijo da noite.
— Vou ao banheiro e já volto.
Assenti com as borboletas batendo asas na minha barriga.
Que corpo, que gemidos, que sentada! Não acredito que tive a oportunidade de conhecer uma garota tão linda como Morena, muito menos acredito que transamos. Sorri pra mim mesmo e finalmente me ergui para me vestir. Odiava, não, detestava colocar as calças. Minha coxa e panturrilha são muito grossas, só que minhas pernas são finas, então eu preciso comprar um número menor se quiser que não fiquem caindo. Daí o rolê chato de puxar o tecido para cima a fim de que caiba direitinho.
Dois mil anos depois eu cumpri minha missão. Com isso quero dizer dez minutos de espera e nada de Morena voltar. Coloquei um pouco de champanhe na minha taça. Bebi. Vesti minha jaqueta e coloquei as mãos nos bolsos. Fodeu. Tateei por fora só para ter certeza. Minha carteira não estava lá.
Saí do quarto que nem um furacão. Esbarrei mais nas pessoas que quando estava sob o efeito da bala. Desci as escadas e fui direto aos banheiros. Abri cabine por cabine e, como pode imaginar, vi coisas de que não gostaria. Nada de Morena. Saí, olhei para o bar, para os sofás. Nada. Eu não conseguia ver a aura magenta dela em lugar algum. Aproximei-me da pista de dança e, no desespero, subi em um dos espaços dos dançarinos de pole-dance. Agradeci internamente os assobios de assédio e, assim que olhei para a saída, vi ela passar como um carro com os faróis acesos em alta velocidade.
— Ah, mas não vai mesmo escapar.

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❝𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭 𝐂𝐥𝐮𝐛⚥❞Onde histórias criam vida. Descubra agora