Ela foi a escolhida pelo rei do submundo para ser noiva de sacrifício de um dos seus filhos, enviada para a mansão Sakamaki com o objetivo de ser uma bolsa de sangue para um vampiro sádico. Vampiros, impuros, lobos, sequestros, monstros, deuses, son...
A maior decepção é aquela que vem de quem nunca esperamos.
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O VENTO FORTE SOPRAVA os cabelos castanhos da garota, a mesma não conseguia se mover por uma razão desconhecida, seu corpo não respondia ao seu comando, o que de fato era desesperador.
O vento congelante trazia a sensação de estar na neve, tudo ali era branco, nada tinha cor viva.
Sua visão começou à oscilar e um zumbindo tomou seus ouvidos. Ela gemeu de dor.
Quando finalmente começou a recobrar os sentidos, a garota ouviu o som de algo gotejando e então o som começou a se espalhar pelo ambiente, parecia o princípio de uma chuva.
De repente uma gota atingiu sua cabeça e então outra atingiu sua roupa e a frequência da queda das gotas aumentou, ela começou a ficar encharcada, suas roupas estavam completamente suja, só agora ela havia percebido que usava uma túnica de mangas longas totalmente branca, mas já não era branca, era vermelha.
O líquido carmesim que se derramava como chuva, era sangue.
O que era uma chuva se tornou torrencial e o nível do líquido começou a subir, ela tentou fugir indo para cima, mas correntes pesadas surgiram prendendo-a.
Ela se debatia, tentava se soltar sem êxito, não demorou para que aquela água carmesim começasse a cobri-la e logo a garota estava se afogando no sangue, ela tentava sair dali, mas não conseguia.
Enquanto se desesperava naquele mar de sangue, vozes gritavam ao seu redor, no sentido de lamentos ou de raiva.
É isso só aumentou ainda mais o seu desespero.
— Você é a nossa única esperança!
— Ajude-nos!
— Acorde! O tempo está acabando!
As vozes ficavam cada vez mais agudas, fazendo ela se encolher tapando os seus ouvidos com as mãos.
— Assassina!
— Monstro!
— Tudo está preste a mudar...
...
Valentina Adriely acordou empapada em suor, os lençóis estavam úmidos e ela estava ofegante. O mesmo sonho de todas vezes se repetia de novo.
Mas, sabia que não iria encontrar respostas se ficasse ali pensando, tratou logo de espantar aqueles pensamentos e foi se arrumar pra escola.
FLASHBACK ON
Faziam duas semanas que as aulas tinham voltado, e não sentia nenhum pingo de animação pra ir. Ao sair da cama, tropeçou e foi direto para o chão.
O dia já tinha começado bom. Que saco!
– Droga! – reclamou.
- Tina ? - Perguntou sua mãe, Helena Adriely, na porta quase rindo.
