19 - A carta

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O fato de o mar estar calmo na superfície não significa que algo não esteja acontecendo nas profundezas.

O fato de o mar estar calmo na superfície não significa que algo não esteja acontecendo nas profundezas

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ESTREMECEU.

Um vento forte entrou no cômodo, fazendo com que as portas da janela batam na parede e as cortinas se movimentam, enquanto o frio congelante invade aquele escritório sombrio.

Valentina piscou. Percebendo que o tamanho choque que o vampiro à sua exibia era de certa forma a sua volta para a mansão.

Então, ela entendeu as pontas soltas daquele jogo, ao enviar a mesma para a cidade com a desculpa de fazer "compras" e ainda por cima mandar uma quantidade absurda de dinheiro... Qualquer pessoa teria a brilhante ideia de fugir daquela prisão e se livrar de uma vez por todas daqueles vampiros demoníacos. Mas, esse era o problema. Valentina não era qualquer pessoa.

A morena respirou fundo, algo dentro de si dizia que Reiji Sakamaki acreditou que ela realmente fugiria. Aquilo era... Patético.

Aquele vampiro realmente não a conhece.

A mais baixa não arranjaria um plano para fugir daquela mansão e muito menos faria qualquer outra coisa absurda para se livrar deles.

Se ela foi enviada para aquela mansão para ser uma bolsa de sangue de vampiros... Porém tinha algo mais por trás disso, não foi um acaso, era um propósito que o destino tinha lhe reservado. É, estava disposta a descobrir.

Diante daquela situação, ela pôde constatar que o vampiro estava em uma luta interna dentro de si, nem sequer piscou ou mexeu algum músculo quando a viu.

- Retire o que eu disse. - ela quebrou o silêncio e logo passou a abrir sua bolsa e tirar o envelope deixando-o sobre a mesa à sua frente. - Sobrou dinheiro.

Ela sustentou o olhar do mesmo que agora estava em si, e assim ficaram pelos próximos minutos.

Valentina quebrou o contato visual e se virou andando em direção a porta pronta para se retirar. Entretanto, uma voz rouca a fez parar.

- Porque voltou?

- Porque eu não voltaria? - rebateu se virando para o vampiro.

- Eu lhe fiz uma pergunta primeiro! - Reiji se levantou parando ao seu lado.

- A resposta é óbvia!

Reiji fechou suas mãos em punhos e a encarou de um jeito feroz.

- Garota tola! - disse um tanto inconformado.

- É, você um idiota! - disse ela revirando os olhos.

Em seguida, a mesma saiu do cômodo deixando um vampiro surpreso pela sua tamanha audácia de insulta-lo.

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Ela descia as escadas calmamente, pensando sobre a noite passada. Se lembrava que foi dormir sem esperar o vampiro ou algo do tipo, tinha suspeitas que o mesmo não foi para quarto, pois, acordou com o lado da cama vazio.

Uma Chama Entre As Cinzas - Reiji Sakamaki.Onde histórias criam vida. Descubra agora