Ela foi a escolhida pelo rei do submundo para ser noiva de sacrifício de um dos seus filhos, enviada para a mansão Sakamaki com o objetivo de ser uma bolsa de sangue para um vampiro sádico. Vampiros, impuros, lobos, sequestros, monstros, deuses, son...
A verdade dói, a mentira mata, mas a dúvida tortura.
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A NEVE CAIA GRACIOSAMENTE. O vento era fraco, porém cortante. Os flocos decoravam as pétalas das delicadas peônias de branco. O jardim antes colorido, agora era uma paisagem exuberante em cores claras, as folhas congeladas davam um ar de elegância à natureza.
Valentina Adriely vestia roupas pesadas e felpudas com o objetivo de se aquecer. Esta acompanhava o movimento da neve, apoiada sobre parapeito da janela da mansão, apreciando a beleza a fora que lhe tanto chamara atenção.
Em passos vagarosos, ela se afastou da janela e em seguida saiu daquele cômodo. O silêncio rigoroso daquela mansão estava incomodando-a, ao acordar naquela manhã não encontrou o vampiro de óculos, mas foi avisada logo depois pelo mordomo que ele tinha saído cedo para resolver negócios da família, afinal ele era o chefe atualmente.
Ao passar em um dos corredores, se deparou com vários quadros, todos eles emitiam uma energia negativa. As pinturas eram pessoas de alta classe, provavelmente, a elite vampírica da família Sakamaki.
Até que ela parou de frente dos três últimos quadros, Valentina conhecia as três mulheres, carregavam coroas ricas de puro ouros, aquelas era as três esposas do rei dos vampiros.
A primeira esposa, Beatrix, tinha postura, olhar confiante, suas vestes eram elegantes e emanava uma aura de superioridade. Era a mãe de Shu e Reiji.
A segunda esposa, Cordélia era o contrário de Beatrix, não tinha postura, suas roupas eram vulgares, carregava um sorriso sexy e perverso. Era a mãe dos trigêmeos, Ayato, Laito e Kanato.
A terceira esposa, Chirista, emanava uma aura de tristeza, seus olhos eram opacos sem brilho, carregava um sorriso fraco que por trás dele tentava esconder sua dor, uma tentativa falha de sorrir. Era a mãe de Subaru.
Valentina fechou as mãos em punhos, ela odiava Karlheinz Sakamaki com todas as suas forças, só de relembrar o que ele fez com Chirista... Seu ódio só aumentava, ela desprezava aquele homem, os filhos eram daquele jeito por causa dele.
Ela sabia, aquele homem casou com três esposas, por um motivo idiota, ele só queria filhos para experimentos. Que tipo de homem era aquele?
A morena não os julgava pelos seus comportamentos, frios, calculistas, possessivos, sádicos e entre outros adjetivos ruins.
Como ficava seus psicológicos ao saberem que só foram desejados para planos de experimentos de um homem que tem sede insaciável por poder ?
Por cada quadro que ela passava, várias pessoas eram vistas, era lógico que todos ali eram vampiros com mais de mil anos, foi quando Valentina começou a estranhar a si mesma, alguns rostos daquelas pinturas estavam se tornando muito familiares para ela.
A mesma tinha a sensação que conhecia ou que já tinha visto em algum lugar, e ela não se lembrava de nada apenas a sensação permanecia assombrando-a.
