12 - Pesadelo

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As palavras mentem de vez em quando. Veja além delas.

VALENTINA ACORDOU de repente por movimentos bruscos ao seu lado, ao olhar para o moreno ao lado ela percebe que o mais alto está debatendo-se enquanto tem um provável pesadelo, sussurrando algo que até então é incoerente

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VALENTINA ACORDOU de repente por movimentos bruscos ao seu lado, ao olhar para o moreno ao lado ela percebe que o mais alto está debatendo-se enquanto tem um provável pesadelo, sussurrando algo que até então é incoerente.

Preocupada, ela leva sua mão esquerda ao braço do maior, fazendo um carinho suave para tentar acalmá-lo sem que precise acordá-lo, mas tem um efeito contrário.

Automaticamente ele acorda dizendo o nome da garota em um tom mais ou menos alto. A castanha percebe que o mesmo estava tendo um pesadelo relacionado consigo e não que ele a tenha percebido ao seu lado, arregalando os olhos em surpresa, mas preferindo deixar esse detalhe para uma hora mais oportuna.

   Reiji, que ainda está demasiadamente atordoado por seu último pesadelo, não percebe e nem ao menos consegue enxergar Valentina que está sentada ao seu lado, muito menos qualquer outra coisa presente em um cômodo tão conhecido por ele, sua visão ainda escurecida, fazendo menção de levantar para correr.

  Em um impulso gerado por uma preocupação que a castanha desconhece a origem, ela joga levemente seu corpo para frente, abraçando fortemente o moreno, fazendo carinho em suas costas com uma das mãos.

  — Era só um pesadelo, Reiji. — Sua voz é suave e melódica.

A morena estava na posição em que está, chocada por estar fazendo aquilo, sem nem ao menos perceber, como se tivesse apenas sido automático.

Já Reiji para de se debater assim que escuta a garota pronunciar as palavras, respirando profundamente.

Ele acha o abraço dela reconfortante e em seu íntimo é algo que passou a gostar instantaneamente, mas graças ao seu ego e também por não saber como reagir, ele não retribui o abraço, porém não se afasta da mais baixa, permanecendo estancado no lugar, ambos sentados na cama.

  — Perdão! — Exclama Valentina envergonhada, colocando uma mão em cada ombro do vampiro com a intenção de se afastar dele, mas não consegue porque ele retribui o abraço rapidamente assim que percebe a tentativa da castanha, dando graças que ela não poderia ver seu rosto.

  — Reiji? — Valentina o chama incerta do que ele estaria fazendo. Por instantes o vampiro estranha sua própria atitude.

— Quero que fique. — murmurou o moreno.

— What ? — A mais baixa arregala os olhos ao ouvir o que ele diz. — Você deve estar confuso por causa do pesadelo que teve, não sabe o que está pedindo. — Um sorriso fraco aparece no rosto do vampiro, que a aperta mais ainda contra seu corpo.

Ele queria que fosse simplesmente isso, mas não era, havia algo nela que lhe agradava mais do que qualquer mulher antes, como se o corpo dele tivesse descoberto algo que sua mente se recusava a considerar.

Uma Chama Entre As Cinzas - Reiji Sakamaki.Onde histórias criam vida. Descubra agora