Capítulo 4: Explorar

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Mais um capítulo, espero que gostem.

Qualquer erro, peço desculpas por qualquer erro.

Boa leitura!

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MIAMI

Hiram e Leroy Berry estavam sentados e abraçados na recepção da delegacia de polícia de Miami ao lado de uma Judith Fabray com os olhos fundos e vermelhos pelos choros excessivos e noites mal dormidas. A lguns membros do glee clube, inclusive Sr.Schuester estavam sentados um pouco mais a frente.

Assim que receberam a fatídica notícia do naufrágio do navio de suas filhas, logo os três — Judy, Hiram e Leroy — tomara um avião em direção a cidade litorânea e os amigos seguiram em um desconfortável ônibus escolar, os poucos que ficaram em Lima para passar as férias com as famílias antes da faculdade não poderiam deixar de ir.

Os Berry estavam devastados, foi difícil pensar coerentemente depois de saberem sobre o acidente, ainda mais com a notícia de que não encontraram sua filha e os possíveis corpos. Rachel e Quinn estavam desaparecidas por 3 dias. Tentavam de todas as formas se manterem esperançosos mas era difícil quando cada vez mais os números de mortos eram anunciados. O desespero da perda os assombrava a cada minuto. A negação estava consumindo os homens. Sua estrelinha tinha tanto para viver ainda, seus grandes sonhos estavam a esperando para ser realizados e vividos da melhor maneira Rachel Berry de ser, não era possível que o destino fosse tão cruel ao ponto de tirar sua filha de seus braços tão cedo.

É algum castigo?

Eles pensaram. O que eles fizeram de errado para merecer tanta dor? Era como perder uma parte física de seu corpo e uma parte importante de sua alma. Eles se sentiam incompletos, não existia Berry's sem sua Rachel. Aquela menininha de grandes olhos castanhos e sonhos tão altos quanto as nuvens. Aquela que eles cuidaram e zelaram desde bebê, sua garotinha tão pequena e frágil mas tão forte e brava quanto um leão. Não descansariam até encontrarem alguma resposta sobre o desaparecimento, a brilhante vida de sua filha não terminaria em uma tragédia, eles sabiam que o propósito de vida dela não tinha acabado, não ali, não naquele momento, se seguravam na fina camada de esperança que ainda restava em seus corações. Eles precisavam ter fé.

A esperança estava sendo difícil de ser mantida em seus pensamentos e atitudes assim como nos de Judy Fabray.

Seus pensamentos rondavam sobre sua filha. Se arrependeu tanto das coisas que fez sua cria passar. Nada doía mais da lembrança dos olhos avelãs da loira a olhando com dor enquanto Russell a expulsava de casa e a mais velha nada fazia.

Aquele olhar...

Era o mesmo olhar nos olhos da mais velha agora, triste, magoado, dolorido e perdido. Sentia mil agulhas de encontro a cada centímetro do seu corpo. As lembranças a matavam dolorosamente e lentamente.

Tinha tanto o que falar, o que se desculpar, poderia ser tão tarde assim? Sua filha precisava saber o quanto a amava e do quanto a admirava. Da sua força quando ela mesma não tinha. Foram tantos anos em silêncio a vendo crescer e se tornar cada vez mais fechada. Se arrependerá amargamente em não se impor perante as loucuras de alguém que um dia fora um marido e um pai bom. Russell se sucumbiu a bebida e acabou perdendo tudo que amava, depois de ter expulsado Quinn de casa, Judy desbriou as traições e juntou sua coragem colocando o agora ex-marido para fora de casa. Nunca foi uma pessoa que dependia de terceiros, sempre batalhou para chegar onde chegou, sua faculdade de medicina feita por mérito seu era a prova viva.

A primeira coisa que fez foi trazer Quinn de volta do lugar onde ela nunca deveria ter saído. Foi difícil no começo, a menina ainda estava magoada — com razão — pelas atitudes dos pais. Se já era fechada, depois disso a loira se isolou mais ainda, onde muitas vezes o máximo que tinham de interação dentro de casa eram simples "bom dia" ou "boa noite". A mais velha não culpava sua filha, pelo ao contrário, entendia todas as mágoas da menina, foi uma vida difícil que as duas tiveram com a presença do homem que deveria significar amor e segurança mas estava longe de ser isso para ambas. Judy estava conseguindo de pouco em pouco se abrir com a loira e fazê-la se abrir também mas ela sabia que não tinha nem metade da intimidade que os amigos do glee tinham para com a loira, era de se esperar, já que enquanto a mais velha a renegava ainda grávida, aqueles adolescentes inconsequentes a ajudavam sem pensar suas vezes.

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