Capítulo 3.5

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Quando Eunoia já tivera terminado, abriu os olhos e deparou-se com Blond perdido outra vez, ou quem sabe reencontrado dessa vez. E ele falara no tom imbuído de uma sensibilidade que causava-lhe arrepios a alma, nenhum homem havia sentido-lhe, ou tocado-lhe de tal forma, nunca um outro homem havia provocado um tsunami de sensações com tanta sutileza. Ele sabia acompanhar o ritmo das suas ondas. Nunca havia se sentido tão profundamente íntima de algum homem, nem de si mesma.

Fecundava-lhe com as suas perspectivas intemporais, tele-transportando toda a sua existência para infinitos lugares, fazendo-lhe vibrar por dentro até ao ponto, o ponto de ejacular saber, emoções por todos os lados.

"Essa é a fórmula do conhecimento já agora".

E mais uma vez lá estava ela em seus devaneios, esperando não ter pensado tão fora da órbita.

- "Por quê disse aquelas coisas Blond?" - Pensa Eunoia.

"Por quê além de a compreender, eu consigo sentir o que diz. Sabe, fizeste-me perceber que apenas somos quando sentimos, quando não sentimos, apenas parecemos ser." - Pensa Blond.

- Boa noite mais uma vez Sr. Blond! Está tudo bem, deseja mais alguma coisa? Vejo que está em muito boa companhia. Eunoia é uma das melhores funcionárias, ou se não mesmo a melhor. - interrompe Fernando.

- "Eu a melhor? Seu hipócrita mercenário." - Pensou Eunoia.

- Não senhor, está tudo bem. Na verdade eu já devo estar demasiado atrasado.

- Mas com certeza irá voltar a nos brindar com sua presença?

- Acredito que sim. Não vejo razões de não o fazer.

- Certo, ficaremos ansiosos com o seu regresso.

- Sinto-me lisonjeado, Senhor.

- Pois bem vou deixar-vos em paz então, o dever chama-me. Até a próxima Sr. Blond! E dão-me licença. - despede Fernando.

- Até a próxima.

- Esse homem tresanda a hipocrisia! - Acrescenta Eunoia.

- Conheço uns milhares de homens como ele Eunoia, sei lidar muito bem com eles.

- Já agora, disse ao Francisco que estava atrasado. Do que se tratava?

- Sim, tenho algo relativamente a minha estadia para resolver. É sobre a pensão que pretendo acomodar-me enquanto por cá estiver. E sinceramente penso que já tenha perdido o alojamento, por essa hora.

- Por quê não vai para um hotel? Estão sempre abertos.

- Por uma questão de hábito. Mas talvez o faça, caso não tenha outras alternativas por hoje. Acompanhas-me até a saída?

- Acompanho sim..

Mental HoeOnde histórias criam vida. Descubra agora