O Meu Guarda-costas

Capítulo 13

Christopher James

*Algumas horas antes*

Esperei por Audrey do lado de fora do prédio. A sua promessa de que não demoraria, é mentira. Ela sempre demora. Todas as vezes que vem aqui ou que saímos para qualquer outro lugar.

Me encostei no Bentley, e logo ouvi meu telefone tocar.

Maggie.

Atendi.

— Chris?— Ela disse, baixinho.

— O que houve?—Perguntei, preocupado— Maggie, está tudo bem?

— Não... eu-eu preciso te contar uma coisa— Ela disse, receosa.

— Maggie, sabe que pode falar comigo sobre o que quiser— Assegurei.

— É sobre o Ollie e a Daphne...— Ela disse.

— Vamos, Maggie. Me diga o que tem eles— Disse impaciente.

Ouvi sua respiração do outro lado da linha. Ela parece ter respirado fundo.

— Eles estão transando, Christopher. Bem debaixo do seu nariz. Todo esse tempo... eu-eu sei que devia ter te contado. Mas, eu tive medo de machucar você— Ela disse, rápida. — E tive medo de que não acreditasse em mim...

Tentei controlar minha raiva. Tentei não querer matar Oliver. Tentei. Do fundo da minha alma, eu tentei.

— Isso não é culpa sua. Eu sei que os dois estão passando muito tempo juntos— Disse entredentes— Como eu pude ser tão imbecil?!

— Chris, eu sinto muito... eles estavam aqui agora a pouco. Acho que não me ouviram...— Ela tentou se explicar— Eles saíram, pra sua casa.

— Eu vou matar o Oliver— Disse, irritado.

— Christopher, por favor. Não. Deixe isso pra lá. Acabe esse relacionamento idiota com Daphne. Esqueça que eles existem. Perdoe Oliver... me perdoe por esconder isso de você— Ela disse.

— Eu perdoo você. Mas Oliver, não. Vou perdoa-lo quando começar a cair touros do céu e quando o mundo acabar. Até lá, isso não acontece!— Disse, desligando o telefone irritado.

Agora.

Audrey esbarrou em mim, me desequilibrei e caímos nós dois no chão. Ela acabou caindo por cima de mim.

— Desculpe...— Sussurrei.

Ela parecia não se importar, já que provavelmente iria tentar me beijar outra vez. Seu olhar variava dos meus olhos para a minha boca.

— Se eu te beijasse agora, o que você faria?— Ela perguntou, olhando em meus olhos.

Eu à olhei, pensativo. Não precisava beija-la, mas queria. Eu estou furioso. É claro que iria querer revidar as galhadas que devo ter em minha cabeça, invisivelmente.

— Isso importa?— Murmurei, olhando para ela atentamente.

Audrey deu um sorriso travesso e pressionou os lábios contra os meus. Segurou meu rosto.