O Meu Guarda-costas

Capítulo 85

Christopher James

Eu suspirei, batendo na cama. Me levantei antes de vestir a cueca. Audrey saiu do banho poucos minutos depois e mal me olhou. Eu segui para o banho. Após sair do banho, enrolei uma toalha em minha cintura, antes de seguir de volta para o quarto. Audrey estava vestida em um conjunto verde escuro com flores. Ela estava sentada na cama com o telefone nas mãos. E é exatamente assim que ela fica quando está brava comigo. Eu balancei a cabeça, antes de pegar uma cueca box e vestir. Peguei uma bermuda branca e uma camisa social da mesma cor para vestir. Eu suspirei e dei a volta pela cama, antes de me sentar ao lado dela.

— Você pretende ficar assim ou pode, pelo menos, me deixar explicar? — Perguntei, enquanto dobrava as mangas da camisa até o antebraço.

— Há algo para explicar, meu amor? — Ela questionou, ainda concentrada em seu telefone.

Eu notei que estava no instagram e apenas rolava o feed. Eu respirei fundo, antes de abaixar sutilmente o telefone.

— Sim, há. — Eu respondi, a olhando.

— Que pena. Vai ficar para depois. — Ela disse, se levantando da cama.

Eu franzi o cenho.

— Onde está indo? — Questionei, confuso.

— Indo atrás dos meus filhos. — Ela respondeu, calçando a sandália. — Você vai ficar aqui? — Ela questionou, me olhando.

— É sério? Não vamos conversar? — Questionei, franzindo o cenho.

— A gente conversa depois, Christopher. — Ela respondeu, cruzando os braços. — Ou você vem, ou você fica. Pode escolher.

Eu revirei os olhos, antes de me levantar da cama e calçar o chinelo de dedo. Ela apenas virou as costas e seguiu, porta à fora. Segui atrás dela e só a acompanhei quando chegamos ao elevador. Silêncio. Nem mesmo uma única frase dita. E permanecemos neste silêncio insuportável até chegarmos à praia. Ao longe, eu vi os meninos brincarem. Liam corria pela areia com Liz, enquanto Henry estava sentado no chão, brincando com os brinquedos.

Audrey aumentou os passos, e tenho certeza de que estava prestes à brigar com eles por deixarem nossos filhos na areia. Mas os meninos, eles pareciam felizes. Liam corria de um lado para o outro atrás da bola na areia. Henry construía algo, ou destruía. Ele parecia gostar de ficar brincando no chão com textura diferente da que ele conhece. Eu segurei a mão de Audrey antes que ela praticamente pulasse em Liz e Owen. Não gostei da forma como me olhou quando eu a parei. Aquilo me fez sentir como se fosse um estranho e me incomodou.

— Não faz isso. — Eu disse, a olhando.

— Me solta, Chris. — Ela disse, me encarando. — Eu mandei não os colocarem na areia.

— Audrey, olha para eles. — Eu disse, olhando em seus olhos. Ela os observou. — Eles estão felizes. Você não gosta de areia, meu amor, mas eles sim. Tudo o que querem é se divertir. A areia é inofensiva.

— Não vai ser divertido quando nós dois estivermos com eles em um hospital por causa do sol ou por causa de alguma infecção que pegarem dessa areia. — Ela retrucou.

— Amor, você está olhando apenas pelo lado negativo. — Disse, a olhando. — Deixe eles viverem um pouco. Não pode prende-los em uma bolha e achar que vão ficar bem. São nossos filhos e eu amo eles tanto quanto eu amo você, mas prender eles só vai fazê-los pensar que estamos tirando o que eles gostam.

— Estou tirando eles de um problema maior. Chris, não sabemos o que tem enterrado nessa areia. Pode ter de cocô de algum animal até vidros. — Ela respondeu, me olhando. — Eu não quero prende-los, quero cuidar deles.