minha sanidade é maligna,
mesmo falando e fazendo merda,
sou só uma mente depressiva.
o cotidiano que eu viajo é de lascar,
tá aprisionado várias lágrimas de 9 ano pra cá.tudo q me desliga,
se pá, se liga, sou só uma mente suicida.sofrimento de 24 por 48,
tantas cicatrizes,
mesmo sendo tão novo...
sem sossego sem sucesso,
falta grana, falta felicidade,
mas sobra inferno.essa praga me persegue até o fim,
nesse momento minha mãe tá fazendo tudo por mim,
qual que foi, eu tento não se fraco,
acho que sou mais um amaldiçoado.corrompido como efeito estufa,
o mal só me machuca.
roubaram minha alma mais não roubaram minha fé.não consigo levantar desse colchão,
daqui algum tempo eu me vejo num caixão.
forte é aquele que resiste,
foda-se a paz!
pra mim ela não existe.
salvei vários dessa guerra,
mas não me salvei,
(é foda... eu sei)várias vezes me sentir menor,
me sentindo um inútil, digno de dó.
notificações chegam, elogiaram meu trabalho, bem na redes sociais, indo por um precipício e correndo sem freio,
feliz no Facebook,
triste e trancado no banheiro.seria diferente se tivesse família estruturada,
se eu não fosse abandonado e humilhado, na dor, descobri talento,
tô rimando,
explica o que é abandono e depressão por uma criança de 9 anos.eu não sou daqui, quero ser abduzido, o cara que eu chamo de pai,
abandonou o próprio filho.sou um demônio na encruzilhada,
com raiva na alma,
com uma vingança engatilhada.sou um demônio na encruzilhada,
perdido na caverna,
sem um pingo de calma.talvez seja por ego,
talvez por ganância,
mas sem nariz empinado,
talvez esperança.
tantos caras que nem eu, que se mataram,
alguns famosos,
outros manos da rua, seu Tadeu e seu Ricardo.quantas pontes viraram faixa de gaza,
pode ser por trauma por falta de amor,
ele não tirou sua vida, ele
tirou sua dor.infelizmente, estou sozinho nessa guerra disgraçada com ódio e com frio,
mas eu estou de moletom e em casa,
me pergunto Deus: "como se cobre um frio na alma?"ninguém quer me escutar,
então...
mas se eu ir embora, vão levar flores na lápides e chorar no caixão.fé...
ilusão,
carrego a cruz, abraço a ilusão.como um leão, que defende essa savana,
as mãos tão tremendo, olho cheio de lágrima, meu peito em chama.é...
fazer o que?
não tenho uma causa pra viver,
só uma causa pra morrer.
já pedi ajuda,
nunca fugi de luta, dei murro em ponta de faca,
cai de peito em cima de uma bala ponto de aço,
só Deus sabe o que eu passo.mas é complicado,
eu não sou o único com isso,
não sou o único disgraçado,
tô há 10 minuto escrevendo quando já se mataram?
ser humano tóxicos se machucam por maldade,
estou em uma linha tênue,
entre depressão e ansiedade.minha mãe me perguntando se eu estou legal,
eu falo: "que sim",e ainda dou um sorriso,
mas por dentro minha alma chora,
e eu estou mentindo.o setembro amarelo é mentiroso,
escola monta mural, pinta de várias cores produz um novo mundo,
mas os que montaram não dão bom dia ao aluno.só a arte vai salvar esses corações.
infelizmente é o que sobrou pra mim,
não vão ganhar a guerra apontando fuzil pra mim.já salvei 6 vida menos a minha, repito isso mano,
pelo menos não deixei seis família chorando.
eu me costuro na noite me opero sozinho, me entrego pra Deus
enquanto a vida não me levar,
quem sabe um dia a gente pode se encontrar.
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Diário de um depressivo... (L.H)
Poesíase eu não fizer isso hoje, eu morro amanha (ALERTA DE GATILHO)