Capítulo 18

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Lauren Jauregui. Pov

Estava sentada na cadeira de madeira enquanto observava Hope brincando com Alice, a alfinha estava cuidando da minha filha enquanto brincavam no rasinho do rio.

-Nossos filhos são bons amigos. -Esqueci disso, Vanessa e Malu só deixaram seus filhos vir passar o domingo na minha casa na floresta se elas viessem juntas, achei compreensível já que eu faria o mesmo com meus filhos.

-São. -Não conseguia tirar os olhos da minha filha com aquela alfa, Allif era uma boa criança e estava brincando com as mesmas.

-Malu gosta bastante de crianças. -Desviei o olhar e vi a ômega ajudando a Camila a brincar com os alfinhas.

-Vocês não pensam em ter mais?

-Malu até queria, mas é complicado. E vocês? -Suspirei e fitei Camila, a ômega estava linda brincando com os meninos e se sujando de terra. Eles estavam com uma bola e faziam toquinho.

-Camila não quer mais, a gente toma uma pílula todo mês.

-Você não quer também?

-Ela não quer mais e respeito a decisão dela, até porque eu sou muito nova, tenho 18 anos ainda.

-Não parece, você é uma ótima alfa para sua família. Só precisa aprender a relaxar. -Olhei para a alfa confusa. -Vejo o jeito que olha para a minha filha, Alice é uma boa criança.

-Ela é uma alfa que...

-São crianças, Lauren. Eu sei que minha filha sente algo pela sua, não sou burra, mas mesmo assim ainda são crianças.

-Você sabe que ela...?

-Sei, nós sentimos isso, Malu não sabe e suponho que Camila também não.

-Não gostaria de saber que minha filha já encontrou a alma gêmea dela, ela tem 5 anos.

-Você encontrou Camila com quantos? -Ok isso foi um murro na minha cara.

-Eu tinha 6 e já sabia que ela era minha ômega.

-Naquela época você tinha malícia? É a mesma coisa, Alice só quer cuidar de Hope e brincar o máximo que conseguir com ela, minha filha e eu conversamos bastante, tudo o que ela quer é que a sua filha seja feliz.

Olhei para aquela alfa, era nítido o quanto amava sua filha e mesmo assim teve paciência comigo.

-Me desculpa, não queria passar uma imagem ruim e sua filha nunca me deu motivos para agir do jeito que agi.

-Tudo bem Lauren, ninguém ganha um manual dizendo como ser uma boa mãe.

Na hora do almoço a minha ômega ajudou os meninos a se limparem e eu ajudei as outras crianças com Malu, Vanessa foi até a cidade comprar almoço pronto e já voltava, todas estávamos com preguiça de cozinhar.

-Mamãe, colinho. -Hope estava cansada, estava com um shorts e uma camiseta que dizia "tenha um bom e nobre coração", combinava com a essência da minha filhotinha. Peguei a mesma no colo, ela escondeu a cabeça no ombro onde estava minha marca, ela amava cochilar ali.

Inclusive, eu sentia uma paz agora que estava com a marca de Camila, me sentia mais controlada também, tanto que não uso mais remédio para me acalmar. Óbvio que fico com raiva mais facilmente, até porque continuo sendo alfa, mas sentir o que me minha mulher sente esta me ajudando bastante.

Fiz dois coques desajeitados no cabelo de Hope e coloquei um lacinho em um deles.

-Linda da mãe. -Beijei sua bochecha fazendo a mesma resmungar de sono.

A Lúpus |Camren + concluída|Onde histórias criam vida. Descubra agora