VOLTEEEEEEEEEEI.
Vocês querem me matar né? mas é isso gente, a história é emocionante com muitos acontecimentos e vcs não perdem por esperar kkkkkkkkkkkkkkkkkkPOV SARAH
Eu mal conseguia raciocinar. Aquela cena me deixando tonta, tudo estava girando a minha volta. Sentia minha cabeça latejar e meu corpo gelado, parecia que eu tinha morrido por uns instantes. Eu não sabia como agir. Meu peito estava queimando, meu corpo todo tremendo. Meu peito subindo e descendo rápido. Eu precisava sair do lugar, precisava ajudar Juliette.
Em um solavanco me abaixei no chão perto de Juliette e tirei seus cabelos que cobriam seu rosto. Ela estava desacordada. Por Deus, eu sentia que tudo estava em câmera lenta. Tentei vira-la de barriga pra cima e meus olhos quase saíram de órbita ao ver o grande corte em sua testa. Era dali que saía todo aquele sangue. Eu não podia entrar em choque agora, precisava ajuda-la.
Peguei a pequena toalha perto da pia e pude ver que tudo ali estava sujo. Ela estava vomitando. Eu não podia acreditar no que estava vendo. Molhei a toalha e me aproximei dela novamente colocando sua cabeça em minha coxa.
- Juliette? Pelo amor de Deus, amor. - Coloquei a toalha em cima daquele corte para estancar o sangue. - Ju? Está me ouvindo? Amor, por favor, acorda! - Falei um pouco desesperada mexendo no rosto dela. Nenhuma reação. Eu estava começando a passar mal.
Coloquei-a corretamente no chão de novo e sai do banheiro. Corri até a casa de minha mãe logo a frente e quase soquei a porta. Eu sentia falta de ar, minhas costas doíam, meu pulmão implorando por ar, eu estava esquecendo de como se respirava. Juliette estava no banheiro desacordada com um corte horrível na testa. Tinha perdido muito sangue. Estava vomitando. Ela devia estar fraca. Isso não podia estar acontecendo.
- O que houve? - Vicente perguntou aflito, Abadia logo apareceu ao seu lado.
- Juliette caiu no banheiro. Tem sangue pra todo lado. Ela está desacordada. - Tentei falar, mas meu choro de desespero quase não deixava. Vicente saiu disparado até o banheiro e eu fui atrás. Cheguei lá e ele tentava chama-la também, mas ela realmente estava apagada. A visão de Juliette deitada no chão, apagada, sem poder fazer nada, aquele machucado, o rosto sujo de sangue, até seus cabelos. Aquilo era demais pra mim. Eu sentia um aperto enorme no peito, eu não estava perto. Não a protegi. Eu me sentia inútil.
- Pegue a chave do carro. Temos que lev-la a um hospital agora! - Vicente pegou Juliette no colo e quase correu até o carro. Abadia ficaria em casa com o Theo e avisaria o resto das pessoas sobre o acontecido. Fomos rapidamente até o hospital e lá a tiraram de perto de mim. Eu só conseguia chorar e implorar aos céus para que ela ficasse bem.
Eu não conseguia acreditar em tudo aquilo que vi. Aquela imagem rodando na minha cabeça. Eu só queria que ela ficasse bem logo. Queria saber o porque daquilo, porque Juliette chegou a esse ponto. Ela poderia ter morrido, eu podia ter perdido Juliette para sempre e isso me torturava. Eu não podia deixar isso acontecer.
...
Já estava a mais de três horas naquele hospital esperando por notícia. A única coisa que sabia é que o estado dela era estável. Cheguei a ir ao quarto dela, mas apenas a observei pela porta, ela dormia tranquila. Estava com uma faixa na cabeça e roupas de hospital. Aquela cena definitivamente partiu meu coração.
Gizelly e Flayslane tinham ido comer, estavam lá comigo esperando por notícias. Eu não conseguia dizer nenhuma palavra sequer. Estava sentada com as mãos dentro do casaco com o capuz na cabeça olhando para o chão. Não conseguia tirar aquilo da minha mente, não conseguia parar de pensar em qualquer motivo pra tudo aquilo ter acontecido.
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Adotada [Intersexual]
Fiksi PenggemarJuliette Freire é uma adolescente popular, conhecida por onde passa, mas tem sérios problemas com bulimia. Ela é irmã mais velha da problemática Sarah, que foi adotada com 2 anos de idade. Por conta de desejos inesperados, acontecimentos turbulen...