2- 𝘤𝘰𝘳𝘯𝘦𝘭𝘪𝘢 𝘴𝘵𝘳𝘦𝘦𝘵

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Sexta-feira finalmente havia chego. Trouxe com ela um clima escuro, diria que até mesmo de luto, como se pudesse prever o que aconteceria naquela tarde. Wanda estava com os olhos fixos na televisão, acompanhando o telejornal como se fosse uma de suas sitcoms. Visão estava ao seu lado, mas ao contrário de Wanda, seus olhos revezavam entre a TV e a mulher ao seu lado.

No tribunal, Bruce Banner era julgado pelo assassinato dos bailarinos russos. A aparência do criminoso estava diferente do que Wanda se lembrava. Como se o arrependimento tivesse finalmente caído sobre os seus ombros. As câmeras transmitiam o julgamento em tempo real, o que Wanda agradeceu por não precisar ir ao tribunal testemunhar aquele horror de perto.

- Pelas provas expostas e julgadas nesse tribunal - começou o juíz - Declaro o Doutor Bruce Banner culpado pelos homicídios de Yelena Belova e Pietro Maximoff. Com a pena de 25 anos de reclusão, podendo ser reduzido para 22 por bom comportamento. O tribunal está encerrado.

O tribunal aplaudiu a decisão do juiz como se comemorasse uma final de futebol. Natasha curvou levemente seus lábios em um sorrisos tímido, quase que imperceptível aos olhos de quem não a conhecia.

- Ele merecia a morte, isso sim. - Clint sussurrou ao lado de Natasha.

- Um país com pena de morte? É esse o futuro que você quer para os seus filhos? - Laura o repreendeu.

Barton não respondeu, apenas cruzou os braços e desistiu de debater com a esposa. Natasha observava os dois com um sorriso singelo no rosto, achava lindo a relação dos dois.

- Se eu soubesse tinha atirado na cabeça dele. - Barton Murmurou quase inaudível.

- Clint Barton!

- Não está mais aqui quem falou! - Disse se levantando, saindo rapidamente do lado da esposa. Laura procurou pela mão de Natasha e à apertou, tentando passar conforto para a ruiva.

- Acabou, Nat. Finalmente acabou.

- Infelizmente acabou para a Yelena também. Eu vou indo, tá? Manda um beijo para as crianças.

Natasha saiu do tribunal à passos firmes, ignorando os repórteres que mais pareciam como um bando de urubu. A chuva parecia cada vez mais eminente, e embora a intenção fosse chegar em casa logo, o motor de seu carro tinha outros planos. Depois de alguns quarteirões, o motor da Mercedes-Benz da ruiva morreu, à obrigando a parar no encostando de uma avenida.

- Ótimo. - Murmurou frustrada ao tentar mais uma vez colocar seu carro na estrada novamente. Não havia outra saída se não descer do carro e caminhar até um abrigo. A ideia de ficar presa no carro durante a eminente tempestade fazia seu sangue gelar.

Não muito longe dali, Wanda e Visão desligavam a TV ao primeiro som de trovão. O casal era sócio de uma loja de antiguidades no centro da cidade, que funcionava mais como um hobby do que o ganha pão. Wanda era uma renomada escritora de romances e dava aula duas vezes na semana em uma universidade. Já visão, era engenheiro mecânico de uma importante multinacional. No fim, quem cuidava da loja era Carol Danvers, uma historiadora realmente apaixonada naquela loja.

- Vamos 'pra casa, vai cair uma tempestade. - Visão disse para Wanda.

- Ainda é 4:57. Se a Carol descobrir que fechamos uma hora mais cedo ela arranca nossos olhos.

- Preciso revisar uns arquivos antes do jantar, querida.

- Então vai, eu fecho a loja.

- Tem certeza?

- Não confia em mim pra fechar? - Wanda levantou uma sobrancelha.

- Não é isso, é que...

- Visão. Foi uma piada. - Wanda sorriu selando com carinho seus lábios. - Você passa tanto tempo com os robôs que está se tornando um.

𝙜𝙧𝙤𝙬 𝙤𝙡𝙙 𝙬𝙞𝙩𝙝 𝙢𝙚 - 𝘸𝘢𝘯𝘵𝘢𝘴𝘩𝘢Onde histórias criam vida. Descubra agora