Onde Park Jimin é secretamente apaixonado por Jeon Jungkook, mas seu amor é unilateral. Em razão disso, Jimin desenvolve a doença de Hanahaki, a doença daqueles que não têm o seu amor correspondido.
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"Nunca tive a chance Para dizer um último adeus Eu tenho que seguir em frente Mas dói tentar" Dancing With Your Ghost, Sasha Sloan
Debruçado sobre a janela de seu quarto, Jimin ficava acordado a noite toda lembrando das noites quentes de verão onde dançava com Jungkook.
“Eu estou sempre dançando com um fantasma.”
— Está a fim de dançar? — perguntou Jeon, com um sorriso insuficiente no rosto.
Naquele instante, olhando para ele, Jimin viu uma expressão de gracejo atravessar o rosto dele.
Algo como “Eu tenho um segredo e não irei te contar”. O tom de seus olhos bêbados, cobertos por provocação.
A música parou, e recomeçou outra vez.
O silêncio de Beethoven ecoava numa melodia melancólica dentro do apartamento de Jungkook. Como um suspiro saturado.
— Dança comigo. – Jungkook repetiu, com olhos ardentes.
A incredulidade perpassou a sua expressão. Jimin não tinha certeza se ouvirá mesmo o que ele achou ter escutado.
— Você está me convidando para dançar? – Jimin perguntou, ainda aturdido com a súbita pergunta.
— Vamos dançar. – A voz denunciava um calor flamejante, e um tom de voz que deixava claro que Jungkook não aceitaria uma recusa.
— Eu... – começou, aturdido. Mas Jungkook levantou-se, vindo até ele, pairando sobre Jimin. Silenciando qualquer recriminação que pudesse emergir dos seus lábios.
— Você faz demasiados protestos, Jimin. — disse ele, e lhe estendeu a mão. — Quer dançar, Jimin? – Jungkook perguntou apropriadamente, fazendo uma mesura.
Claro que Jimin queria, ele adorava dançar, além disso ele adoraria dançar com Jungkook. Jimin entreabriu os lábios, tímido e sobretudo surpreso, tentando falar alguma coisa.
— Eu adoraria. – murmurou extasiado, ainda surpreso demais para sequer formular qualquer outra coisa, aceitando a mão que Jeon lhe oferecera. Colocando a mão na dele, sentindo uma corrente elétrica queimar em suas veias.
Como um cavalheiro afinal, pensou, mas Jimin sabia que aquele tom suave que molhava o rosto de Jungkook era enganoso. Havia algo intenso demais estampando no rosto de Jungkook para ser contido dentro de um simples adjetivo.
Quando suas mãos tocaram-se, um arrepio ansioso dedilhou a pele nua do sei pescoço, Jimin acolheu secretamente aquela incerta sensação. Jungkook sorriu, o puxando para seus braços, o segurando firmemente contra ele. E guiou lhe até o centro da sala, com uma mão plantada firmemente nas suas costas. Jimin lentamente caiu por aquele sorriso.
— Se você está tentando me dar motivos para me manter longe de você. Está fazendo um péssimo trabalho.
