Onde Park Jimin é secretamente apaixonado por Jeon Jungkook, mas seu amor é unilateral. Em razão disso, Jimin desenvolve a doença de Hanahaki, a doença daqueles que não têm o seu amor correspondido.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
"Sim, você é só um homem
Da cabeça aos pés
Sua cabeça em suas mãos
Enquanto você me deixa triste
Triste, triste, triste"
Norman Fucking Rockwell, Lana Del Rey.
"E viveram felizes para sempre." É assim que termina a maioria das histórias infantis. Talvez esta seja uma amolentadora ilusão. Porque quando o assunto é o amor, nada é fácil.
Flores foram semeadas no terreno bravio e fértil de seu coração, fazendo com que flores florescessem no espaço entre o escuro e a melancolia, as raízes e flechas de cerejeiras iam apertando-o, fazendo subir o aroma floral para os lábios pálidos e doces. Tentando-o e desafiando-o a confessar seu segredo mais íntimo.
Sentado atrás de seu balcão, tinha ao seu lado, em cima da mesa, uma grande xícara de café, da qual ia bebendo de vez em quando, para se reanimar, mas, logo que pensava nos dissabores que lhe enchiam o peito, como a leve e insistente dor que sentia no estômago, perdeu a vontade, e, em vez de beber todo a cafeína como fizera durante as últimas semanas, pôs-se a pensar sobre seu amor não correspondido: Que Jungkook o amava como um amigo, mas não estava interessado nele no sentido romântico! Sentindo-se infeliz, Jimin decidiu não pensar mais nele.
Assim, se viu fitando, através do vidro da porta, as pessoas que passavam pela calçada, ansioso e precisando urgentemente se distrair, e bebericando um pouco de café.
Ficou olhando para dentro da xícara de café, o calor colorindo suas bochechas. Inevitavelmente, no entanto, seus pensamentos pareciam ter vontade própria, e de um modo indesejado, voltaram a se fixarem em Jeon.
"Se tão pudesse para de pensar naquele homem."
Estranhamente, o rosto e a voz de Jeon não saíram de sua cabeça. A voz rouca e dura, parecia invocar-lhe todos os tipos de insanidade.
Jimin amava Jeon Jungkook.
Era fim de tarde em Busan, e o coração de Jimin estava se partindo enquanto encarava uma estante repleta de livros empoleirados, refletindo se era o entardecer que lhe parecia tão melancólico ou se era apenas a tristeza pungente das flores, que emanava de seu coração, que impregnava seu entorno.
O amor tinha começado por embriagá-lo, não o deixando pensar em mais nada. Mas agora, que as flores haviam tomado-lhe, receava sofrer e sentir a perda, ou até mesmo morrer. Lançava a porta da entrada, olhares inquietos, vigiava a entrada e a cada pessoa que entrava pela porta. Ansiando encontrar e ver Jungkook.
Escutava os passos apressados, os murmúrios, o ruído dos carros e motos; sentindo-se mais ansioso, desejando que Jungkook viesse vê-lo.
O poeta gosta do amor não correspondido. E há uma beleza escura e poética na contração de se florescer nas brumas azuis e rubras dum pôr do sol.
