Onde devem estar

473 38 1
                                    

Meredith

— Lexie, eu não disse que não vou ao seu casamento, eu só disse que não vou conseguir estar aí uma semana antes dele!

Mas você precisa estar, Mer! Eu ainda preciso escolher os vestidos e eu vou precisar da sua ajuda, você é minha irmã e minha dama de honra, eu preciso de você aqui!

— Lexie... minha pesquisa deu um passo importante hoje, eles precisam de mim aqui!

— Meredith, por favor... eu preciso de você, eu quero você ao meu lado no dia mais importante da minha vida...

— Tudo bem, eu vou dar um jeito. Eu vou ser sua sua dama de honra e vou estar aí amanhã, eu prometo.

Há mais de dois anos atrás, eu decidi mudar o rumo da minha vida, eu vim trabalhar em um dos melhores hospitais do mundo com o meu próprio laboratório. O Singapore General Hospital é ótimo e está sendo maravilhoso trabalhar aqui, meu apartamento é gigante e tem uma vista linda para de frente com a cidade, sem falar que meus avanços com a pesquisa que estão sendo mais rápidos do que eu esperava. Tenho que admitir, sinto falta de Seattle, dos meus amigos, das minhas irmã, falo com eles todos os dias; não tem um dia sequer que a Lexie não me ligue;  a Maggie ama falar comigo sobre o seu novo namorado; já a Amélia me liga para reclamar; eu ligo para o Richard e para Miranda quando eu preciso de ajuda, eles ainda são os meu mentores e são os únicos que conseguem me acalmar quando tenho crise de surto no trabalho. Cristina e Alex vieram passar as festas de fim de ano aqui em Cingapura comigo, demos uma volta na cidade, fomos em um restaurante que a comida era horrível e depois bebemos e conversamos e rimos a noite toda.
Depois de tanto tempo, vou retornar para Seattle, não para ficar, mas para o casamento da Lexie e do Mark. Eles ficaram noivos no ano novo, Lexie me ligou no dia seguinte me contando sobre o pedido na frente de todos na festa de ano novo e ela disse "sim", no mesmo dia ela me chamou para ser madrinha, dois meses depois marcaram a data do casamento, eles vão se casar no final de abril e Lexie quer que eu esteja lá semana que vêm para  ajudar nos últimos preparativos. Foi difícil parar minha pesquisa em um momento tão emocionante, eu estava prestes a decifrá-la, mas Lexie chorou no telefone e implorou tanto que agora estou arrumando as minhas malas.

— Eu não sei se eu vou...

— Ah você vai sim, Cristina. Se eu vou, você também vai.

— Mer, eu estou cheia de trabalho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Mer, eu estou cheia de trabalho...

— Eu também... eu parei minha pesquisa pra isso, estou fazendo isso pela Lexie. Vai ser legal! Eu não vou deixar você ficar entediada.

— Tá, eu vou! Mas é melhor esse casamento ser emocionante ou a emergência encher de sangue.

— Ótimo! Agora eu vou desligar, tenho que ir para o aeroporto.

— E é melhor não acontecer nada de ruim!

— São só duas semanas, o que pode acontecer?

Derek

Faz tanto tempo que não vou em Seattle, a correria do dia-a-dia é exaustiva, eu praticamente vivo trabalhando sem parar. Minhas férias eram curtas e eu às passava como minha mãe e minhas irmãs. Eu converso através de telefonemas com Mark , Amy e o com os meus amigos todos os dias, eles sempre tem novidade. Amy e eu fizemos uma viagem para New York, ela me fez ter um encontro que foi o pior da minha vida, a mulher só sabia falar sobre ela mesma e não me deixava falar nada. Durante essa viagem, Mark me ligou entusiasmado falando que a Lexie disse "sim", ele me contou que estava planejando pedir a mão da Lexie no final do ano passado e deu tudo certo, eles irão se casar em abril que é um péssimo mês pra mim. Eu iniciei uma nova pesquisa e eu estou muito viciado nela e quero que dê certo, mas como eu prometi para o Mark que seria seu padrinho, minha pesquisa vai ter que esperar duas semanas. Eu sentia muita falta da minha vida em Seattle, talvez essa seja a oportunidade de matar a saudade e depois eu volto e continuo de onde eu parei.

— Olha quem está de volta!— Exclamou Mark assim que as portas do elevador se abriram.

— Eu não estou de volta, estou aqui pelo seu dia! — Falei o cumprimentando.

— Está de volta!

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

— Está de volta!

— O hospital não mudou nada. — Disse observando ao redor: as mesmas pessoas, o mesmo movimento, o mesmo clima. — Agora, você... você está muito velho. — Brinquei.

— Ah, calado!

— E então... como estão os preparativos? — Pergunto curioso, enquanto caminhávamos pelo hospital.

— Lexie está preparando tudo, cada detalhe. Ela me fez escolher panos! E eles eram da mesma cor! — Ele disse indignado e eu ria.

— Tá nervoso?

— Não, eu amo a Lexie e eu quero passar o resto da minha vida com ela.

— E como está a casa?

— Cheia de flores, ainda bem que aquela casa é enorme. Derek, falando na casa...

— O que? Algum problema com ela?

— Eu e a Lexie vamos nos mudar em breve.

— Por que?

— A Lexie quer construir a nossa própria casa, ela não consegue continuar morando lá sabendo que de certa forma ainda é a casa de vocês. — Fiquei desapontado sabendo aquilo, mas entendendo perfeitamente a Lexie, por mais que eu tente, eu não consigo ver ninguém mais naquela casa que eu construí para nós dois.

— E o que vocês vão fazer com a casa?

— Devolver para você, é claro! Você nos deu a casa sem cobrar nada, ela ainda é sua, você tem que decidir o que fazer com ela! Não agora, é claro, primeiro vamos beber.

— Por que você só me chama pra beber?

— Porque você nunca me chama?

— Porque você nunca me chama?

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Evitando te amar Onde histórias criam vida. Descubra agora