Após dois anos de separados, Meredith e Derek voltam a Seattle para o casamento da Lexie e do Mark. Meredith ficará em Seattle por mais tempo do que pensava e com isso Derek não voltará para Washington, pois não vai abandoná-la. Ela e Derek estarão...
- A parte inferior direita e o meio do seu abdômen estão muito rígidos e sua febre está muita alta. - Falei examinando o Derek. Eu agia profissionalmente, mas o clima estava estranho, sem acreditar... nem um olhar direto comigo foi trocado. Ele ficava calado e quieto, não estava se sentindo confortável e sendo sincera, nem eu. - Você está sentido náuseas... ou vomitou?
- Náuseas. - Respondeu rapidamente, ainda sem nenhum contato visual comigo.
- Está com perda de apetite? - Essa pergunta era desnecessária, mas foi uma forma de testar se ele olhava para mim alguma vez.
- Não.
- Pode ser apendicite, vou pedir uma tomografia abdominal ...- Derek, calado, só concordou.
- Derek... eu estou tentando fazer disso a situação menos constrangedora possível. Eu só quero ajudar você. Tem tanto ódio de mim que nem consegue olhar pra mim ou falar mais de três palavras.
- Você pode me dar morfina? - Perguntou ainda isolando o olhar direto para mim.
- Tudo bem... então eu vou... ah... te dar morfina para aliviar a dor...- Mais uma vez, ele só concordou com a cabeça. Eu não queria forçar nada entre nós, então apenas fui médica. William apareceu na porta e fez um sinal com a mão me chamando. Deixei o quarto em silêncio e fui até William.
Derek
Isso não pode estar acontecendo, eu não sei o que fazer ou o que falar. Meu corpo doía, mas não era a única coisa que estava me deixando desconfortável. Nunca, em todo esse tempo, ficamos tão perto um do outro, e eu não posso mentir, que uma grande parte de mim está contente de ficar perto da Meredith por alguns minutos que sejam. Esse dia realmente está me deixando em uma posição ordinária: dor física, minha ex-esposa sendo minha médica e ainda ver um homem dando em cima dela. Enquanto observava os dois conversando na porta e um assunto ótimo, por sinal, já que a Meredith e o outro doutor que não me interessa nem um pouco saber quem é , não paravam de sorrir um para o outro, percebi que ele dava aqueles tipos de olhadas para a Meredith, e isso me deixou estranhamente desconfortável. Os exames foram feitos por uma residente, eu teria que remover meu apêndice, que ótimo, uma cirurgia era tudo que eu precisava. Amy não parava de jogar na minha cara o quanto eu era teimoso e o Mark apareceu também para fazer companhia. Já fazia horas que a Meredith não aparecia no meu quarto, quando Amy e Mark sairam, resolvi tentar dormir já que a cirurgia demoraria ainda algumas horas para ser feita, mas ao invés disso, ficou na minha cabeça as palavras que ela disse. A situação entre nós está confusa, constrangedora e vergonhosa o suficiente e eu não consigo olhá-la nos olhos isso fez com que ela achasse que eu a odiava.
Meredith
Eu estava analisando os exames da Shelley com o William, quando o residente que deixei com o Derek veio até mim e confirmou o meu diagnóstico. Contra todos os meus impulsos, não fui ao quarto dele antes de ser operado, a próxima vez que o vi já estava na S.O. A cirurgia foi rápida e eu tive que acompanhar o P.O. Entrei no quarto e ele parecia estar dormindo, então fiz o menor barulho que pude.
- Eu não te odeio...- A voz grossa dele de repente soou no quarto que antes estava silencioso, me deu até um susto.
- Como? - Perguntei confusa chegando mais perto de seu leito.
- Eu não odeio você...- Ela fez contato direto com o olhar dele, ele olhava no fundo dos meus olhos. - Eu sinto saudades, mas nunca senti ódio por você. Eu não evito olhar pra você, porque toda vez que olho pra você, eu sinto mais a sua falta e isso dói, dói porque eu quero você e eu não posso querer... - Um nó em minha garganta se formou, ele falou tudo o que eu também sinto.
- Dói mais que uma dor de apendicite? - Falei para descontrair e nós rimos.
- É... dói mais do que isso.
- Eu sei que isso está uma droga. Mas, não podemos mais ficar assim, ainda falta uma semana para o casamento e eu não quero precisar evitar você. - Falei sincera.
- Eu também não quero isso. Eu quero você por perto... - Seus olhos brilharam quando disse isso. Eu também o queria por perto e fiz algo que eu queria ter feito a uma semana atrás. Eu deitei ao lado dele e o abracei. Ele se sentiu bem com isso, pois aconchegou sua cabeça na minha.
- Estamos bem? - Sussurrou.
- Estamos bem...
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