Por nós

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Derek

- Estou aqui. O que aconteceu?!- Ouço a voz de Amélia, soando pela sala de cirurgia. Ela colocou o avental e se aproximou de mim. - No que precisa de mim? - Fez a pergunta, soou de forma normal e cotidiana. Sua falta de expressão tensa, fez- me questionar se alguém contou à ela que era Meredith, quem eu estava operando.

- É a Meredith! - Tentei falar de forma tranquila, mas sabia que o meu olhar era o mesmo que Amy fez, após eu ter revelado quem estava naquela mesa de cirurgia.

- Derek... Por que me chamou aqui? - Seu tom de voz se tornou melancólico.

- Eu não posso fazer isso. Você estava certa. Eu não consigo tirar esse tumor, você tem que terminar essa cirurgia...

- Não...- Negava tanto nas palavras, quanto com a cabeça.

- Eu não posso fazer isso, porque se ela... - Esse meu pensamento era angustiante, que eu nem conseguia dizer. Eu olhava para aquele tumor, para as minhas mãos segurando os instrumentos sem conseguir fazer qualquer movimento. - Se a Meredith...

- Você não pode surtar, agora!- Disse Amy, como uma ordem.

- Eu já estou surtando!- Exclamei, murmurando.

- Derek, olha pra mim! - Desviei meu olhar do tumor, para os olhos melancólicos de Amy. - Ninguém estudou, decorou cada detalhe desse tumor, ou sabe o prontuário da Meredith como você. Só você conhece esse tumor tão bem, então só você pode tirá-lo daí. E você precisa fazer isso, agora. - Eu não estava seguro de mim, para fazer essa cirurgia.

- Ela precisa de você. - Quando Amy falou isso, foram as palavras chave para minha coragem me dominar. A Meredith precisava de mim agora, e eu preciso dela pelo resto da minha vida.

- Derek! - Lexie, que estava na sala de espera do hospital, junto com Mark, Meggie, Cristina e Alex; Exclamou e veio correndo até mim, assim que eu surgi com a Amélia ao meu lado

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- Derek! - Lexie, que estava na sala de espera do hospital, junto com Mark, Meggie, Cristina e Alex; Exclamou e veio correndo até mim, assim que eu surgi com a Amélia ao meu lado. - Minha irmã está bem? Ela vai ficar bem? - Indagou, aflita. Logo, os outros também se aproximaram de nós fazendo mais perguntas.
Não sei o que estava acontecendo comigo, mas tudo ao meu redor estava devagar e o som de todos falando ao mesmo tempo estava abafado, como se eu não estivesse lá, mas eu estava.

- Ela está bem, a cirurgia... Ela vai ficar bem. - Me tornando presente no local, Respondi Lexie um pouco desnorteado.

- Podemos ver ela? - Cristina, perguntou.

- Como vai ser a recuperação? - Alex, perguntou em seguida. De fato, eu não estava me sentindo bem sendo interrogado daquela maneira.

- Meredith, está na UTI. Vai ficar lá até acordar da cirurgia, o que pode levar um ou dois dias. - Amy, percebendo minha instabilidade, tomou a palavra é respondeu aos amigos
despreocupando-os. - Quando ela acordar, faremos mais exames para nos certificarmos de que não houve danos e se nenhuma metástase apareceu. - Eles se abraçaram aliviados. Já eu, assim que possível saí daquela sala e quis ficar ao lado da Meredith o tempo todo.

Não tinha visto ela ainda na UTI, e quando cheguei até a porta de seu e a vi, foi um pouco chocante. Aqueles fios, aqueles aparelhos, os tubos, sua aparência pálida, inconsciente, tão frágil e tão forte ao mesmo tempo. Entrei devagar, não sabendo ao certo o que iria fazer, havia um pequeno banco no quarto, eu o peguei e o posicionei bem ao lado de sua maca, onde eu sentei. Peguei delicadamente sua mão que estava quente e a segurei com as minhas duas mãos que insistiam em tremer.

No que começou com uma lágrima quente a deslizar pelo meu rosto, foram evoluindo para muitas lágrimas e soluços. E por quê?
Meredith estava viva, e eu não estava feliz? É claro que eu estava, não podia estar mais agradecido. Sabe Deus o que aconteceria comigo se eu perdesse a Meredith. Mas, eu ainda estou com medo de perdê-la. Esse medo de que ela pode parar a qualquer momento, vai ser constante até que ela saia do hospital.

- Mer... - Tomei a voz, com um pouco de fé que ela estava me ouvindo, pois eu precisava colocar meus sentimentos pra fora.
- Eu não sei se você pode me ouvir... Mas, se estiver me ouvindo... Eu preciso que saiba que eu ainda amo você e que eu não aguento mais ficar longe de você. Eu te amo tanto, que às vezes eu nem consigo respirar... Eu preciso que sobreviva a isso, mais do que nunca eu preciso que você seja forte, porque eu não consigo viver em um mundo no qual você não exista. Então... Você pode sobreviver? Pode sobreviver por mim? Por nós? Por favor... Eu preciso de você...

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