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-›› Terça-feira 16:00 -››
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"Volte para lá, e agora para cá. Nota maior, nota menor... Prossiga." - Uma doce sonoridade invadiu o espaço vago, claro e bem iluminado.
Respirando calmamente, trazendo o ar para os pulmões. Kei se concentrou no violino que tocava. Tecendo delicadamente a mais linda música, que os ouvidos de qualquer um poderiam ouvir.
Sua professora, Kiyoko Shimizu - mulher de cabelos azuis quase negros, traços delicados e corpo esguio - corrigia seus pequenos erros, alinhando suas costas e mãos.
As mesma tinha açoes sutis, porem mais demoradas do que Tsukishima gostaria que fosse.
Sinceramente dizendo, em suas mais humides palavras, odiava tais açoes tao atrevidas.
Todas as terças, o loiro despendia das duas primeiras aulas - por ser uma das que estava mais adiantado e bem em nota -, indo para o andar de cursos musicais, aproveitando da única coisa que amava mais do que café amargo; Paz e a música que tocava com suas próprias mãos. Esquecendo do mundo.
Não eram muitos que sabiam, mas tocava desde o fundamental II, na escola onde estudou até recentemente. Algumas vezes até contando como participante em algumas orquestras para jovens músicos em teatros de nome, na Rússia.
Ali já haviam se passado uma hora, e dentro desse tempo, mal notou a pequena platéia que havia criado ali para assistir ao seu ensaio, entre eles olhos bastante conhecidos e curiosos. Ja nao era novidade essa tal plateia - ja havia ate virado rotina por assim dizer - estavam la no mais sutil sinal de que Kei iria tocar.
Mas ainda assim detestava plateias inesperadas.
Olhou para Kiyoko, e esta apenas acenou para que mantesse a calma como estava antes de todo o auditório, virando-se e olhando para todos meio desgostoso, suspirando antes de fechar os olhos.
Dali para o fim da música, todos estavam silenciosos, tão quietos que até mesmo o som das respirações pareciam extintos, deixando Kei um pouco mais confortável para findar sua "apresentação".
Não tardou para que palmas surgissem e preenchessem o lugar que outrora pertencia à melodia do rapaz.
Muitos o parabenizaram pelo talento e maestria, outros até mesmo tentaram seu contato - em maioria garotas, que notoriamente não sabiam de seu gosto por rapazes -, falhando claramente na missão.
O loiro era rígido para isso e era perceptível, mas para não parecer mau educado, agradeceu em reverência a todas as felicitações.
"Meninas, meninos, se puderem dar licença ao meu aluno, ficaria grata, nao gosto de tter que repetir toda vez para que deixem de ser intrometidos e sigam para suas aulas".- Kiyoko narrou acidamente, ta to para sua irritacao com as garotas, quanto para socorrer o maior, vendo que sua educação e boa vontade não durariam muito, tratando de se desfazer das presenças indesejadas.
