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▬▬▬▬ 𝑴𝒆𝒓𝒓𝒚 𝑪𝒉𝒓𝒊𝒔𝒕𝒎𝒂𝒔 !! ✧ *。
24/12 Sexta-feira
12:30 pm
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Natal nunca foi uma das épocas preferidas de Kei. A agitação, o barulho e a euforia...ah! Mas como isso o dava nos nervos, era tudo demais, era tudo muito. Muito para sua paciência.
O único lado bom para o loiro, vindo daquele período insuportável, era a neve e como em alguns pontos da cidade pareciam compartilhar do seu pedido desesperador por silêncio; As bibliotecas, livrarias e cafés de leitura...ahhh esses sim eram bons no natal! Além dos doces e cafeinados bem aquecidos, como os costumava apreciar.
Esse ano não seria diferente, e com toda a alegria que tivesse na véspera como a tradição pedia - iria despencar-se para o museu do centro - seu refúgio preferido por mais que já houvesse até mesmo decorado a posição exata de cada quadro, escultura e sem dúvidas, fósseis, daquele imenso lugar imaculado.
O cheiro de conforto correndo pelo amplo ambiente, as alas carregando fardos grandes de importância histórica, cada um contando a sua da forma mais minuciosa possível, mas apenas para quem se atrevesse a mergulhar em seu conteúdo sem medo.
Do medieval ao animal, quantos espécimes incríveis já não haviam existo nesse mesmo pequeno globo azul e verde? Este que de longe parece uma bolinha de gude perdida no espaço, em comparação aos monstruosos planetas que a cercam de todos os lados.
Seria maior, Saturno e seus anéis? Ou Netuno e sua beleza azulada sem igual? Tantos envoltos, e apenas um habitável, como? Por quê? Seria o ser humano tão egocêntrico ao ponto de se vangloriar de sua própria e única existência, enquanto outros serem coexistissem sem seu conhecimento?
Nem que visitasse mil vezes a área planetária, nunca chegaria nem ao menos perto de entender.
O horário seria o de sempre, após o expediente. Provavelmente trombaria com sua família na porta do estabelecimento, ouviria a mesma chatice de sempre sobre ter que ter mais espírito familiar e natalino.
Se dependesse de sua paciência, ele iria mandá-los para casa do caralho, mas infelizmente não era uma opção a se pensar. Teria que calar-se e bancar o bom filho, até pelo menos se livrar de toda a gente com o máximo de educação que conseguisse.
Não que tivesse algo contra sua própria família - Jamais, eles eram seu pilar mais importante, sem dúvidas - mas as vezes preferia manter distância, pois não era lá o melhor com intenções afetivas e essas baboseiras, então não se forçaria a ouvir desagrados vindos deles por algo que não tinha culpa de não possuir.
O dia claro, porém recheado de neve, enchia os olhos de Kei, agradavelmente. Esse período era o mais bonito das estações.
A ventania exibia rebeldia ao tentar furtar os chapéus de inverno das mulheres e os bonés das crianças, como também os cachecóis dos rapazes e guarda-chuva dos idosos. Parecia que toda a cidade estaria a voar, se essa fosse a vontade dos ventos.
