006 | Find The Dark

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Tinham-se passado 10 dias, Josh teria alta no dia seguinte por volta do meio dia se tudo estivesse como devia estar, o corte na sua coxa já começava a cicratizar e os pequenos cortes no seu braço já tinham carapela, a sua costela era o único motiv...

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Tinham-se passado 10 dias, Josh teria alta no dia seguinte por volta do meio dia se tudo estivesse como devia estar, o corte na sua coxa já começava a cicratizar e os pequenos cortes no seu braço já tinham carapela, a sua costela era o único motivo para ele ter permanecido no hospital até agora.

Por outro lado, Joalin continuava a andar pelo hospital, não sabia como deixar de ser uma espécie de espírito por ali, ela acreditava que a alma dela havia saído do seu corpo e agora ela andava por aqui, de um lado para o outro sem saber como voltar.

Neste momento a loira estava a olhar para rua através de uma grande janela num corredor vazio do hospital, Sabina e Sina tinham ido para suas casas trocar de roupa e tomar banho, enquanto a Any e a Heyoon tinham ido até ao seu apartamento, ver como a Salgu estava e tratar de algumas coisas que faltavam para que o Josh lá ficasse enquanto a Joalin não acordava.

Ou seja, para além de Josh que dormia na sua maca depois de ter acabado alguns exames, ela estava novamente sozinha no hospital.

O olhar preso no céu estrelado do lado de fora do vidro, estava cansada, nesses 10 dias não tinha dormido, não tinha sono e era cansativo ficar acordada durante tanto tempo, passava horas a observar o seu corpo pálido na maca, odiava a sensação de se ver ali, parecendo morta.

Queria voltar, deus ela queria isso mais que tudo, mas infelizmente ela não sabia como.

― É cansativo, não é? ― perguntou uma senhora negra ficando ao lado dela, olhando para o céu, enquanto a loira se assustava.

Tinha o cabelo curto, mas dava para ver os seus cachos, usava um casaco longo e fininho azul escuro e umas calças de ganga claras a contrastar com a blusa de mangas longas preta.

― Desculpe? ― disse Joalin, confusa.

― É cansativo. Passar dias e dias sem nada para fazer, só a observar de longe enquanto aqueles que você mais ama temem deixar o seu lado com medo de que se o fizerem talvez seja a última vez que vêm você. ― explicou a senhora, mandando um sorriso gentil na direção da loira.

― Como é que a senhora consegue me ver e falar comigo?

― Minha querida, isso é algo que de momento não posso explicar, a você mas, posso explicar-te como sair deste pequeno mundo.

Os olhos de Joalin brilharam enquanto as suas sobrancelhas franziam, queria saber como é que a senhora era capaz de a ver e ouvir, mas queria mais que tudo voltar para perto dos seus amigos, do seu irmão e da sua namorada.

― Como?

― Encontre a escuridão.

A loira inclinou a cabeça para o lado, mais confusa do que nunca, estava habituada a ouvir coisas que dizem exatamente o oposto.

― Desculpe?

― Encontre a escuridão. Eu sei, é estranho ouvir isto.

― Muito estranho. ― completou Joalin, dando um passo para trás.

― Mas, irá fazer sentido mais para a frente. Ouve, querida, muitas coisas vão parecer reais, mas não são. Isto é um jogo, tudo isto que você está a viver aqui, é a sua mente a tentar te enganar. ― disse a senhora, deixando a loira ainda mais confusa.

― Como assim?

― Você está presa num jogo que a sua própria mente criou, um jogo que dependendo da escolhas decide se você vive ou não. Pense duas vezes antes de acreditar seja no que for, algumas coisas podem ser reais enquanto outras não o são.

― Como é que eu sei se são reais ou não?

― É a sua mente, Joalin. Quem melhor para te enganar do que você mesma?

E com essa pergunta, a senhora foi embora, deixando a loira para trás pensativa, não tinha entendido metade da conversa e tinha quase a certeza de que em algum momento ela falou uma língua desconhecida.

― Espere!

Correu na direção de onde a mulher tinha virado, mas não estava lá nada nem ninguém, apenas um longo corredor cheio de portas e vazio.

A loira suspirou, passando as mãos nos fios loiros, cansada de mais para procurar a senhora e simplesmente caiu de joelhos no chão, os cabelos a cair como uma cascata enquanto ela deixava as lágrimas caírem.

Chorou por a perda da mãe, chorou pela perda do pai, chorou por ser fraca ao ponto de não poder cuidar do irmão, chorou por fazer Sina chorar noites inteiras por ter medo que ela não acordasse, chorou por magoar a Sabina e por a fazer chorar todas noites antes de adormecer ao seu lado.

E por fim, chorou porque estava viva

― 𝐕𝐎𝐓𝐄𝐌―

― 𝐕𝐎𝐓𝐄𝐌―

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𝗯𝗲𝘁𝘄𝗲𝗲𝗻 𝗹𝗶𝗳𝗲 𝗮𝗻𝗱 𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 | 𝗷𝗼𝗮𝗹𝗶𝗻𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora