013 | Just Come Home

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𝘀𝗮𝗯𝗶𝗻𝗮'𝘀 𝗽𝗼𝘃

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𝘀𝗮𝗯𝗶𝗻𝗮'𝘀 𝗽𝗼𝘃

Eu não aguentava.

Sentia que mil bombas estavam a explodir na minha cabeça vezes e vezes sem conta, as minhas pernas já há muito que estavam em modo automático sem eu nem se quer as sentir e tenho a certeza que o meu estômago estava vazio depois de estar 19 horas aqui sentada.

Se tinham passado 4 meses desde o dia em que a minha princesa deu entrada no hospital inconsciente.

O aniversário dela e de Josh tinha sido há três meses atrás e todos foram a  visitar e deixar flores no seu quarto para depois passarem o dia com o Josh, sabendo que de noite o mesmo iria visitar a sua irmã e passar a noite de mão dada com ela a contar-lhe o seu dia até adormecer ao seu lado.

O meu peito doía de ansiedade enquanto as minhas mãos tremiam, tenho a certeza de que o meu cabelo há muito que tinha deixado de ser liso depois de passar a mão por ele tantas vezes.

Estava sentada na poltrona ao lado da minha loira há mais de 19 horas para impedir que lhe desligassem os aparelhos, a Doutora Grey me mandou uma mensagem de emergência a dizer que quando as visitas para Joalin acabassem o hospital iria desligar os seus aparelhos para dar o seu quarto a outro paciente devido ao tempo em que ela aqui estava sem ter nenhum sinal de que iria acordar.

O tal Doutor William já veio ao quarto cinco vezes, todas elas para me direcionar um olhar de despreso enquanto diz que não é possível que eu fique do lado de Joalin para sempre, e se ele soubesse a vontade que eu tenho de enfiar aquela canetinha que anda sempre com ele no meio do seu cu ele não se atreveria a vir aqui tantas vezes.

Quando cheguei ao hospital o sol queimava de tanto calor que estava e agora a lua brilhava no céu acompanhada de milhões de estrelas enquanto o leve vento fazia as árvores dançarem e as folhas descerem até ao chão.

Fui tirada dos meus desvaneios ao ouvir o apito que soava de dois em dois segundos vindo do aparelho que demonstrava o batimento cardíaco da loira na minha frente.

Suspirei, apertando a mão da mesma com um pouco mais de força enquanto tentava ao máximo manter os meus olhos abertos, havia três noites que não dormia de tantas saudades que sinto do seu corpo abraçado ao meu debaixo daqueles lençóis enormes de cama de casal que agora me parecem um pouco mais largos tal como a cama, os círculos roxos na parte de baixo dos meus olhos revelavam o cansaço que eu me recusava a admitir que sentia.

Jo.

Sussurrei, olhando o seu rosto tão angelical, temendo que ela realmente vira-se um anjo se eu desviasse o olhar dela por um milésimo de segundo.

Não aguentei, lágrimas de exaustão rolaram por as minhas bochechas deixando caminhos molhados e dolorosos para trás.

Eu precisava sentir os seus braços a me agarrarem como costumavam fazer, os seus lábios a beijar a parte de trás da minha orelha com carinho antes de encostar ali o nariz e fechar os olhos enquanto brinca com os nossos dedos entrelaçados, Deus, ela poderia acordar simplesmente para brigar comigo por não dormir três noites seguidas que eu não ia ligar, eu só preciso de ver os seus olhos de oceano a me encararem uma última vez.

― Por favor. ― murmurei em meio ao meu choro, a cabeça encostada no espaço vazio da cama enquanto os meus braços me rodeavam, nunca soltando a sua mão. ― Por favor, Joalin, eu não aguento mais. Eu preciso de você aqui. Comigo. Eu preciso de ouvir você dizer que vai ficar tudo bem. Eu preciso de sentir os seus lábios contra os meus novamente. Ver o seu sorriso. Ouvir a sua risada que mexe comigo de maneiras inexplicáveis. Sentir as suas mãos brincarem com os meus cabelos. Sentir o seu corpo junto ao meu mais uma vez. Nós temos tanto pela frente, mi amor. Tantas promessas que ainda não foram cumpridas, tantos sonhos. Nós ainda não temos a nossa família. Claro, temos a Sina, a Any e todos os outros, mas não temos a nossa família. O pequeno Louis, a nossa princesinha Olivia. Temos tanto pela frente que ainda não fizemos.

O silêncio dominou o quarto novamente, o único barulho sendo o apito que tanto me irritava quanto me deixava grata de ouvir já que indicava que ela continuava viva, os meus soluços já tinham parado sendo só as lágrimas a escorrer pelas minhas bochechas enquanto eu apertava a sua mão na minha.

― Por favor, Lin. ― murmurei, o peso no meu peito cada vez maior. ― Só volta para casa.

― 𝐕𝐎𝐓𝐄𝐌―

essa fic é o motivo da minha terapia

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essa fic é o motivo da minha terapia

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𝗯𝗲𝘁𝘄𝗲𝗲𝗻 𝗹𝗶𝗳𝗲 𝗮𝗻𝗱 𝗱𝗲𝗮𝘁𝗵 | 𝗷𝗼𝗮𝗹𝗶𝗻𝗮Onde histórias criam vida. Descubra agora