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Depois que tomou sua decisão, Chaeyoung lavou o rosto, bebeu um pouco de conhaque e se preparou para sair e enfrentar a Capitã Kim Jisoo
Ela chegou até a porta de entrada, onde a Capitã apareceu à procura dela. Kim a examinou de alto a baixo, deixando-a com a pele toda arrepiada.

— Você parece estar precisando tomar um ar, mo chridhe. Vamos caminhar e
conversar, só nós duas.

— Muito bem — ela concordou, um pouco desanimada que a ideia não tenha sido dela. Chaeyoung queria estar no controle ou, no mínimo, mostrar que podia se defender.

Mas como ela poderia se defender de uma mulher como aquela?

Chaeyoung esforçou para acompanhar o ritmo da Kim quando as duas saíram do castelo e passaram pelo arco de pedra da entrada. As passadas tranquilas e longas de kim se traduziam em uma caminhada apressada para Park.

Elas emergiram da sombra do castelo para o sol da tarde e caminharam na direção do lago. O clima estava enganosamente bom ensolarado e quente para abril, com um frescor delicado na brisa.

— Que tarde linda para caminharmos junto pelo lago — a Capitã disse. — Como nos velhos tempos, em Brighton.

— Você pode parar de me provocar. Eu estou ciente de que era uma tola com 16 anos. Mas eu não parei de amadurecer quando deixei de lhe escrever as cartas. Eu me tornei uma mulher.

— Ah, é mesmo?

— Sim. Uma mulher independente. Que administra esta propriedade e meus
próprios negócios. Então vamos direto ao assunto.

Elas pararam sobre uma ponta de terra que se estendia sobre o lago como um dedo verde e deformado.
Céus, ela é alta, Chaeyoung percebeu que ficaria com dor no pescoço de tanto
olhar para cima.

Ela subiu em uma pedra grande e plana, diminuindo a diferença de altura entre elas para uma medida mais razoável. Infelizmente, diminuir aquela diferença só serviu para aproximá-la das bela feições e dos olhos hipnotizantes de Jisoo. A beleza dela não importava, ela procurou
se lembrar.

Aquele não era um sonho há muito abandonado que, por milagre, tinha se
tornado realidade. Aquela mulher não era a heroica Capitã Kim Jisoo que ela
inventou.

Ela era só uma soldada que, por acaso, tinha o mesmo nome que a sua
invenção. E, com certeza, ela não a amava. Não, aquela mulher queria algo, e esse algo não era Chaeyoung.

Se ela descobrisse qual o objetivo da Capitã, talvez pudesse convencê-la a
ir embora.

— Você disse que não quer dinheiro. O que quer, então?

— Eu quero isto, senhorita. — Jisoo apontou com o queixo para o lago.

— O castelo. A terra. E estou pronta para fazer qualquer coisa para conseguir. Até mesmo me casar
com uma inglesa ardilosa e mentirosa.

Afinal, uma explicação que parecia verdadeira. A parte ruim era que também parecia terrível.

— Você não pode me obrigar a casar com você.

— Eu não vou forçá-la a nada. Você vai se casar por vontade própria. Como você mesma disse, é uma mulher independente agora. Seria uma pena se estas carta ele tirou os papéis amarelados do bolso interno do casaco

— caíssem nas mãos erradas.
Ela pigarreou e começou a ler.

— “Minha Cara Capitã Kimsoo. Esta manhã, a horrível Srta. Price veio nos
visitar. Lavinia está sempre querendo saber histórias a seu respeito. Hoje ela me perguntou se nós tínhamos nos beijado. Eu respondi que sim, é óbvio. E então, é claro, ela teve que me perguntar como foi o beijo.”

A Noiva da Capitã | ChaesooOnde histórias criam vida. Descubra agora