Capítulo 62: Jovem De Cabelos Vermelhos parte 1

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Distante dali, um comboio de soldados blindados escoltam uma comitiva formada por cinco grandes carruagens, quatro de carga e uma delas destinada à passeio. Lentamente foram se movendo pela estrada principal que leva na direção da Cidade Púrpura. Os comerciantes que por ali passam logo perceberam o estandarte chamativo carregado por alguns soldados, a bandeira cinza escura tremulava contra o vento no centro estava uma lótus brancas, com ramos negro e algumas folhas roxas! O brasão não é novo para eles, sendo mercantes possuem uma quantia considerável de dinheiro, por isso pagavam um pouco a mais para comerem nos restaurantes Lótus Celestial e este brasão está presente em todos os itens do restaurante seja pratos, copos, mesas, cadeiras e etc...

Baixinho começaram a sussurrar.

-Quem será a pessoa a bordo dessa carruagem? Veja o quão bem detalhada ela é!- olhava curiosamente para a carruagem de passeio no meio do comboio.

 -Isso eu não sei lhe responder velho amigo... Mas veja os soldados que protegem o comboio, suas armaduras são da mais alta qualidade com brasões espalhados, além de possuírem uma aura assassina assustadora! Olhe, olhe os pelos do meu corpo estão todos eriçados e meus instintos me dizem para não os provocar! -discretamente começou a se esconder atrás de seu amigo, na esperança de não ser notado.

-Olhe para essas carruagens! Nunca tinha visto uma tão grande quanto essa, aparenta ser tão confortável e aconchegante por dentro e por fora...-disse uma das damas. 

-Seja lá quem for, é uma pessoa com grande importância para o Lótus Celestial... Tenho um palpite! A pessoa dentro dessa carruagem, poderia ser o lendário mestre por trás dos restaurantes!- parou sua analise quando notou seu camarada usando seu corpo como um esconderijo- Seu velho maldito! Me usando de escudo para se esconder! -exasperou dando um tapa na cabeça de seu amigo, fazendo os outros comerciantes rirem e chamando atenção dos soldados que lideravam a escolta.

Rapidamente o cochicho parou como se nunca tivesse começado. O olhar frio e intimidador dos soldados analisavam lentamente cada pessoa na estrada a sua frente, deixando propositalmente suas auras assassinas vazarem deixando os comerciantes atordoados, e os mais fracos estavam com as pernas bambas em volta de seus cavalos, algumas damas choravam dentro de pequenas, mas confortáveis e discretas liteiras. 

-Parem de brincar com esses comerciantes e acelerem o ritmo, temos que chegar na cidade Púrpura antes que os portões se fechem! Não há tempo para perder com brincadeiras fúteis!- uma voz masculina veio da luxuosa carruagem.

-Sim mestre. - os soldados rapidamente conduziram a carruagem em uma velocidade maior, ignorando todos em seu caminho.

Logo um rastro de poeira foi se levantando devido a velocidade dos velozes cavalos que conduziam o comboio. Aturdidos, observavam a grande comitiva partir em disparada na direção da cidade, nesta velocidade levariam mais quatro horas até avistarem os portões da imponente cidade. Os murmulhos anteriores logo retornaram, rapidamente transformando a silenciosa estrada em uma feira de peixe, o assunto era muito quente o misterioso proprietário do Lótus Celestial finalmente apareceu!

Como vento essa informação se espalhou pelos comerciantes que andavam mais a frente, não demorando muito para chegar aos ouvidos das pessoas importantes da grande cidade. A classe mercantil possui muitos meios de levar informações rapidamente, desenvolveram vários meios de se comunicação para facilitar a proteção de seus bens de comércio e utilizaram-se dele para espalhar a noticia da chegada desse misterioso senhor.

Deduziram por sua voz que se tratava de uma jovem mestre com menos de vinte anos de idade, autoritário por suas ordens secas e diretas e bastante exuberante e despretensioso. Deve ter uma confiança e tanto em seus soldados, pois só um tolo levaria um comboio tão luxuoso quanto este por essas estradas e com base no que viram sobre os soldados, a confiança cega deste jovem nobre não é infundada! Apenas por serem observados por esses soldados, constaram que se tratam de elites, entre as elites. Até mesmo os exércitos das cidades livres careciam de soldados como estes.

De conhecimento comum que as estradas que ligam as grandes cidades livres, estão recheadas de bandidos loucos por lucro e prazer fácil! Não são raros os ataques massivos a comerciantes e transeuntes regulares nesses caminhos, por isso comerciantes como eles decidiram andar em conjunto formando um grande grupo para reduzir as perdas, além do mais quanto mais comerciantes em um comboio, maior será o número de mercenários que fornecem proteção à eles. Mesmo sendo guerreiros que mataram vários bandidos, os mercenários que os seguia ainda mostravam sinais de vulnerabilidade sob o olhar dos soldados blindados. 

Se até mesmo guerreiros temiam esses soldados, imagine o que poderiam fazer com os porcos e desorganizados bandidos! Esse jovem senhor não deve ter um fundo tão simples, em uma idade tão jovem possuir uma franquia de restaurantes bem sucedidos e comandar soldados aparentemente bem treinados. Reforçaram o conceito de não provocarem este pequeno senhor.

Alguns quilômetros mais a frente o comboio avançava rapidamente, chamando atenção dos senhores que andam por ali, já tinham recebido informações de seus colegas sobre essa comitiva que avançava cada vez mais rápido, sem resistência foram abrindo caminho para que possam transitar sem mais problemas e obviamente atualizavam a posição do comboio para seus mestres na cidade.

Dentro da carruagem Li Xanadu relaxava comendo biscoitos e tomando chá enquanto acariciava sua raposa. Seu traje são vestimentas masculinas brancas com pequenos e delicados ramos negros e roxos bordados neles, seus belos fios ruivos estão bem amarrados em um rabo de cavalo alto segurado por uma coroa de jade branco cheio de lótus entalhadas, como estava com apenas seu familiar ali dentro não usava sua típica máscara, mas ela repousava ao seu lado na assento.

Já sabia que suas tropas estão sendo observadas e isso era exatamente o que queria. Finalmente ela estava de volta na cidade Púrpura! Chegou a hora de pessoalmente retribuir os "favores" que certas pessoas lhe ofereceram a ela pessoalmente, não poderia culpa-la por ser cruel, estava apenas devolvendo as ações que tomaram contra ela com suas próprias mãos.

Nota:

Li Xanudu: pensaram mesmo que eu não ia rebolar minha bunda hoje hihihihi 

Não esqueçam da estrela e de me seguirem.

MIAU







Imperatriz Vermelha, a Conquistadora! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora