Imperatriz Vermelha, a Conquistadora! (Em Revisão)

Capítulo 30: Voltando

A pequena garota apenas da uma olhada na poça de sangue. Seu olhar não transmite nenhum sentimento, como se não se importasse com a mancha sangrenta e o uma mão decepada em sua frente. Entretanto, em poucos segundos seu olhar começou a se transformar, transmitindo agora um sentimento de desdém e nojo, não por causa do sangue, mas sim pelo garoto ser tão fraco, que ousou se por em seu caminho.

 Ela considerou arrastar isso para o instigador do encrenqueiro, mas esse sentimento logo se dissipou. Já tinha conhecimento de que este aluno jamais à pararia se não tivesse um apoio nas costas, afinal quem iria se opor a família Li nessa cidade. Apenas as seis famílias mais poderosas e influentes poderiam fazer isso, mas mesmo assim a família Li jamais iria permitir que se salvassem, sem nem receber mesmo uma retribuição a altura. Com exceção da família real, que apenas sofreria uma pequena perda de influencia, nada que enfurecesse o imperador.

Li desvia seu olhar para seu professor de rituais, este que já estava à encarando. Ela não consegui detectar qualquer sentimento de ameaça vindo dele, mesmo tento ordenado essa punição para o garoto, ela tinha um pouco de receio em enfurecer os professores, isso foi feito apenas na base da legítima defesa.

Chong ainda estava perturbado com a voz que ouvira, ele sabia muito bem à quem pertencia. Era o diretor e mestre de todos os funcionários da Academia Púrpura, ele nunca se envolveu nas disputas que ocorriam na Academia, essa era a primeira vez que o mesmo intervia à favor de alguém.

-"Enquanto estava vindo, encontrei o seu professor particular, ele me informou que passaste por um treinamento rigoroso e que estava a caminho da casa de seu pai, para descansar. Além disso, será penalizada por punir este aluno, ficará três horas na biblioteca estudando a história da magia" disse ele logo se retirando.

Os alunos ali que observaram ficaram chocados com a punição extremamente branda, pois para os magos quanto mais conhecimentos mais fortes eles seriam, diferente dos artistas marciais que normalmente tinham uma força física ridiculamente alta, mas pouco poder mágico. Os magos eram focados apenas na magia e no conhecimento, se importavam em desenvolver seus corpos intelectualmente.

A punição que a garota recebeu foi infinitamente insatisfatória para as pessoas que assistiam, machucando um aluno dessa maneira a expulsão ou a proibição de assistir as aulas seria suficiente, a condenação que ela recebeu era ridícula e insuficiente. Além de temer Li pelo seu poder e crueldade as pessoas agora à odiavam ainda mais, por sempre ser favorecida pelos professores.

Todos os alunos ali presentes mandaram olhares venenosos para a garota, era tão injusto o tratamento que ela recebia que chegavam a espumar de invejo e de raiva. Os guardas que estavam ali para protegerem a garota, vendo os olhares ameaçadores que ela estava recebendo, mais uma vez apontaram suas lanças na direção dos alunos, o garoto desmaiado foi resgatado por um de seus amigos.

-"Parem com essa bobeira e vamos logo, quero ver meu pai" disse Li 

Os guardas seguiram suas ordens, novamente entraram em formação para proteger a carruagem de qualquer dano, o cocheiro que ali estava, começou a conduzir a bela e luxuosa carruagem para a esplendida mansão Li. Os cidadãos que viam a carruagem passar esticavam seus pescoços, todos aqueles que moravam nas redondezas da Academia agora sabia que o Senhor Li tinha uma bela garotinha como filha, rolavam boatos também que essa mesma garota era um gênio incomparável e sua força era gigantesca se comparada com os calouros que entraram junto à ela, acreditava-se que apenas os veteranos conseguiam enfrenta-la.

Não demorou muito para que Li chegasse em casa com segurança, seu pai esperava no topo da escadaria, o sorriso no rosto do homem era muito lindo e gentil de se ver. Só os servos sabiam como seu mestre sofreu com a partida de sua adorável filha, ele costuma visitar seu quarto regularmente quando ela não estava e a ser rabugento com os servos.

-"Pequena lótus, finalmente veio me ver" disse ele correndo para ajuda-la descer da carruagem. 

Li deu um sorriso verdadeiramente gentil, sentiu muitas saudades de seu pai. O laço que os dois criaram após a adoção foi mágico, até famílias com filhos biológicos teriam inveja do imenso amor familiar que, ambos tinham. Na cidade Púrpura estava recheada de famílias desarmoniosas, a realeza é um belo exemplo, sempre competindo pelo poder filho contra filho, pai contra filho, princesa contra princesa e as concubinas que brigavam entre si e contra a rainha, pelo favorecimento do rei.

-"Estou de volta pai!" disse ela sorrindo alegremente.

-"Bem vinda! Venha, vamos tomar chá." diz ele puxando Li para dentro.

Rapidamente sobem a escadaria, a garota olha admirada para sua residência, apenas se passaram alguns dias mas ela já sentia saudade de seu pai e do conforto da mansão Li. Não demorou muito para que chegassem no escritório de Li Chen.

-"Vocês podem sair agora, quero ficar sozinho com minha filha" disse ele para os servos, estes que antes de partirem, arrumaram a mesa com doces e chás que a garota amava.

Os servos gentilmente se curvam e saem lentamente da sala, apesar de Xanadu não ter um relacionamento muito próximo com os servos, eles à admiravam e respeitavam, ela era a única pessoa que conseguia acalmar o seu mestre e ela os tratava friamente mas com respeito.

-"Como foi seus dias na Academia? Tem gostado de estudar lá?"

Li começou a contar o que tinha vivenciado no pouco tempo que esteve na Academia, não ocultou nenhum fato, até mesmo expôs a tentativa de assassinato que sofrera e as pessoas que estavam envolvidas por trás disso, além disso foi trazido à tona também as tentativas falhas dos príncipes de intimida-la.

-"Hum. E pensar que teria alguém tão ousado ao ponto de obstruir seu caminho, sem se importar com a família Li, só por que possuía o a apoio de um mero princepezinho mimado. No entanto, a família Bo e Huan estarem envolvidos nisso me choca um pouco. Não se preocupe eu lhes ensinarei uma lição" diz ele sorrindo perversamente.