Capítulo 24: Purificação

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 Sob os olhares das servas, entrei na área de banho. No futuro ela se lembraria desse dia como o começo oficial de sua escalada ao poder.   

Encarando a banheira com água morna, retirei um de meus elixires de purificação, o derramei sobre a água, deixando-a com uma coloração amarelada que se assemelhava muito com a cor de limão siciliano, uma cor agradável aos olhos. Emitia um cheiro característico de maracujá remetendo ao mundo antigo, tinha árvores de maracujá em uma estufa no meu jardim.

Esse sentimento de nostalgia acalmou ainda meu coração. Tomando proveito desse pequeno calmante, adentrei na banheira calmamente, a água morna começou á esquentar meu corpo, transmitindo um sentimento confortável e acolhedor. Me deixando relativamente confortável, tenho a impressão que estou tomando um banho morno normal com loções calmantes, apenas com uma água amarelada.

Poucos segundos passaram e ainda não senti nada, além do calor característico de um banho morno. No entanto, após  alguns minutos na água, quatro para ser mais específica, comecei a sentir meu corpo esquentar de uma forma incessante, se assemelhando as febres mais severas que já tive. Esse sentimento foi aumentando cada vez mais, deixando insuportável minha permanecia na água, meu corpo parecia que iria derreter a qualquer momento. Juntamente com esse sentimento de calor, uma sensação de náusea começou a aparecer tornando tudo ainda mais insuportável.

Comecei a respirar com dificuldade pelo nariz, tenho a sensação de que se abrisse a minha boca com certeza vomitaria, mantenho meus olhos fechados e bem apertados, observei meu mana e meridianos sendo lavados pela água amarela, esse processo certamente causou um pouco mais de dor, com se eu estivesse sendo picada por algumas abelhas simultaneamente, mas a temperatura escaldante de meu corpo suprimia essa dor quase que completamente .

Então percebi que essa febre não foi causada pelo elixir, mas sim por meu familiar, através do calor suprimiu a dor que eu provavelmente sentiria, não só isso o calor também facilitou a limpeza de minhas impurezas que eram como bactérias, não suportando o calor as bactérias tentaram migrar para um local mais adequando para sua sobrevivência, no meio dessa mudança, a água purificadora as eliminavam e expulsava de meu corpo. 

"Eu disse que te ajudaria" -falou a raposa.

"Obrigada, pelo jeito que falavam pensei que a dor seria excessiva, mas nem dói tanto assim" -falei confortavelmente, pensando que a pior parte já tinha passado.

"Quem disse que acabou? Só resta mais um processo a ser feito e esse é mais doloroso, olhe bem em seu mana" 

Essa resposta me desanimou um pouco, pensei que a dor seria apenas na limpeza de meus meridianos,  graças á alta temperatura relativamente, a dor foi pífia se comparado  mencionada pelo seu professor. Em minha imaginação a maior dor seria quando a água penetrasse meus meridianos e vasos sanguíneos os lavando, a notícia que faltava mais um processo doloroso, foi como um balde de água fria caindo sobre meus ombros, mas como não tinha como voltar atrás, meu desanimo rapidamente é substituindo pela determinação, que inflou meu desejo de enfrentar o próximo processo, fornecerá pra mim uma fundação sólida, para seu desenvolvimento futuro.

 Seguindo a instrução da raposa, comecei a vasculhar ainda mais profundamente meu mana, fui atraída para um canto onde todas as impurezas de meu corpo estavam sendo agrupadas e mantidas. Essas impurezas tem um aparência gosmenta e nojenta, sua cor era preta remetendo a aparência do petróleo, exatamente como o óleo que via na tv ás vezes derramado sobre os oceanos,  danificando o ecossistema local, além de grudar nos animais e os mata-los na maioria das vezes. Essa aparência é exatamente como meu professor tinha dito, como estou muito longe, não consegui sentir o cheiro desagradável.

"Essas impurezas vão ser eliminadas de seu corpo, isso vai ser realmente doloroso, não poderei  ajudar nessa etapa, não poderei diminuir a sensação de dor como estava fazendo agora" -falou a raposa imponente e decepcionada consigo mesma, pois era incapaz de me ajudar completamente.

"Tinha me esquecido dessa parte. Li Jie, não fique decepcionada, já me ajudou bastante reduzindo esta dor para mim, An tinha dito que seria muito doloroso, com sua ajuda essa dor se tornou quase que imperceptível, realmente sou grata por isso" -falei para confortar a raposa. 

Todas as impurezas de suas veias foram expelidas, as restantes são as de seu mana, o processo de limpeza é ainda mais complicado, pois as partículas de sujeira são tão pequenas que o elixir deve penetrar ainda mais profundamente em seu rio de mana extraindo partícula por partícula, até ficar completamente puro e encorpado.  

Logo comecei a sentir uma dor agonizante,  imediatamente voltei minha atenção para o monte gosmento desaparecendo pouco a pouco do meu interior. A raposa percebeu que o processo de eliminação começou, iniciou o resfriamento do meu corpo, já que o calor é inútil agora.

A dor é grande, mas se eu comparar a de um avanço, é apenas uma espetada de agulha. Suei muito por causa da dor, franzi a testa, se assemelhava a sensação de ser socada em todos os lugares do meu corpo ao mesmo tempo, a dor ia e vinha, mas é suportável pra mim que já tinha passou por um processo ainda mais doloroso.

Comecei a apertar ainda mais meus olhos, a sensação de calor foi gradualmente sumindo, sendo substituída pela dor da eliminação da gosma, agora também começou a substituir a água amarelada com cheiro floral, por uma gosma preta com um odor de podridão, aumentando ainda mais a sensação nauseante que senti desde o início. 

A dor durou aproximadamente uma hora completa. Estou banhada em uma gosma preta e fedorenta, durante a purificação fez com que eu já não aguentava mais o cheiro insuportável, vomitei três vezes para fora da banheira. Meu humor é terrível, as duas coisas que eu mais odiava aconteceram, o mau cheiro e a dor. Ficar fedida e mergulhada no fedor é insuportável pra qualquer um que odiasse odores desagradáveis, assim como odiava a dor.

Pensando nisso, pulei da banheira e dei ordens para que as servas jogassem essa banheira fora e que trouxessem outra para substitui-la. Além disso, uma das servas tinha grande afinidade com a água, aproveitando disso para ganhar o favor da gênio da Academia, se propôs a usar sua magia para limpar meu corpo cheio de gosma preta e fedida. Aceitei prontamente.

Notas do autor:

O 1° dos seis episódios que serão postados até domingo. 

Ainda hoje será postado mais um capítulo, assim como amanhã que também serão postados outros dois capítulos e domingo isso se repete.

Obrigado por lerem : ).

Imperatriz Vermelha, a Conquistadora! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora