Capítulo 16: Familiar

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O príncipe continuava a me olhar com um toque de desdém, os alunos da classe A que o sucederam, não conseguiram uma besta magica superior ao seu grifo. Ele supôs que apesar de eu ser muito forte com em conjurar magias, não seria capaz de invocar uma criatura mais poderosa que seu grifo. Mais uma vez, prova o quão mimado, ingênuo e imaturo ele é

A classe A está lotada de familiares clássicos e raros. Tudo o que podiam fazer agora, é observar com um pouco de inveja, sua alteza junto de seu grifo.

Grifo esse, que continuava a observar os alunos, agora com seus familiares, desdenhoso, se colocando acima destes, exatamente como o seu dono, Ming Zeian fazia uma espécie de carinho agradável em seu corpo, enquanto observava Li, com um sorrisinho zombeteiro no rosto.

-Pequena Li, ouvi muito sobre você desde sua entrada na Academia. -Chong me chamou. -O professor An, não parava de falar sobre você na sala dos professores! Maldito, fica se gabando por ter sido escolhido como seu professor particular. -torceu os lábios. -Espero que tudo que ouvi seja verdade, ficarei decepcionado caso não consiga me impressionar. -disse me olhando com um discreto sorriso expectante no rosto.

-Senhor, farei o meu melhor, mas é muito aleatório a invocação de familiares... -desviei meu olhar. -Caso não te impressione, não me culpe por falhar em atingir suas expectativas. -respondi sinceramente.

-Não estou falando sobre seu familiar, mas sim do seu futuro! Creio que já está no caminho para me impressionar. Continue se esforçando e se dedicando nos estudos, seu caminho será cheio de glória. -sorriu de canto- Aqui vai um conselho, nunca subestime seus adversários, em hipótese alguma faça isso, qualquer vacilo  pode levar a sua queda! Não se esqueça disso, pequeno lótus. -me aconselhou seriamente.

-Obrigada pelo conselho professor, não se preocupe, nunca esquecerei de seus ensinamentos. -sorri- Na maioria das vezes são as pessoas que me subestimam- pisquei discretamente para Ming, o vi ficar carrancudo instantaneamente- As pessoas parecem gostar de me irritar, ah- suspirei. 

 Chong pareceu gostar da minha resposta, balançando a cabeça em afirmação voltou a falar.

-Afinal, de nada adianta ter um familiar de classe alta e não estar inteiramente ligado a ele.- sorriu de canto para Ming, desta vez ele ficou vermelho de vergonha- Você pode ter um familiar de classe clássica e estar muito bem relacionado como mestre/besta, a fera irá te seguir por livre e espontânea vontade, mas se o relacionamento mestre/besta for ruim... Bom, pode ter certeza que suas ordens não passaram de ruídos para a criatura, então ela irá te desobedecer e te deixar lutando sozinho em momentos importantes! -exclamou.- Por isso queridos alunos, não se importem com a classe de seus familiares, se concentrem em criar laços com eles e a retribuição virá, estes nunca vão te decepcionar- desta vez, falou para todos os alunos decepcionados com seus familiares.

Os alunos passaram a olhar para seus companheiros com outros olhos, estão digerindo as palavras de seu professor. Laços fortes, poderão ser uma carta na manga para derrotar seus adversários em conjunto.

Ming deu uma olhada para seu grifo, seu animal  só o olhou no momento em que foi invocado e foi um olhar de superioridade, era como se o mestre fosse o grifo e ele fosse o servo. Afinal, para o príncipe familiares não passavam de servos que os acompanhava em batalhas, não pensava neles como parceiros.  O grifo o considera um servo, com a função de fazer carinho e preparar sua comida. Depois de pensar por um tempo, concluiu que tinha que adestrar esta besta para obedece-lo não importando os meios.

-Bom, já falei demais. Li pegue seu pergaminho e a pequena faca e invoque seu familiar.

Ao contrário do segundo príncipe, os alunos tinham expectativas altíssimas em relação a ela, eles acreditavam que ela será a única, entre os calouros, capaz de tirar o sorrisinho presunçoso do príncipe. Não só eles, mas Chong e os outros professores também possuíam altas expectativas.

Eu já estava no centro do circulo mágico, com um pergaminho na mão, em sua superfície possui várias runas desenhadas, observei o papel rapidamente, na minha outra mão uma pequena faca com nada de especial. Passei a observar o círculo, é bem grande e detalhado com runas em um tom verde claro. Quero saber como são feitos todos esses círculos mágicos, vi muitos deles desde quando fui adotada. 

Levanto a pequena faca e aproximei do meu dedo anelar, onde fiz um pequeno corte  e com logo manchei o papel e pronunciei as palavras de invocação.

-Kutsu tuttava! -me lembrei da minha primeira magia, as palavras antigas são interessantes.

O circulo começou a brilhar, as letras verdes começam a sair do chão dando lugar à uma luz preta cheia de energia, transmitindo uma sanção calorosa pra mim.

-Uma mera criança, ousa tentar me invocar? Mas que piada! -uma voz feminina rouca, surgiu da luz. 

-Quem é você? -perguntei surpresa, nenhum dos meus colegas relatou algo parecido.

-Garotinha, sua técnica de cultivo me atraí, seu corpo passou por uma transformação não foi?  Estava te preparando para me receber em seu corpo! -falou excitada.

-Então, você é minha familiar? 

"Só pela voz posso sentir seu poder." -pensei animada  

-Sim, sou a única que pode ser atraída por essa técnica. Executei todas as criaturas próximas deste círculo, senti que minha hora de se tornar um familiar finalmente chegou, depois de tanto tempo!  

A voz e a luz negra de repente desapareceram, dando lugar para uma fumaça roxa, lentamente foi tomando forma de uma raposa de nove caudas!

"Me chame de Naruto" -pensei sorrindo.  

Essa raposa tinha um tamanho se um cavalo, seus pelos eram negros como a noite, tão brilhantes e limpos, manchas roxas davam um detalhe na imensidão escura, faziam desenhos nos pelos negros por todo o corpo e seus olhos de cor roxa semelhante as ametistas, transmitiam frieza e magnanimidade.

Arregalei meus olhos em admiração, os outros do salão ficaram em choque com a visão, Chong chegou a babar, por tanto tempo com a boca aberta.

O mais afetado é o segundo príncipe, caiu no chão em descrença, os olhos cheios de inveja. Seu grifo finalmente baixou a aura de superioridade e olhou amedrontado para a raposa.

Imperatriz Vermelha, a Conquistadora! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora