Capítulo 61: Nos encontramos novamente!

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Som de tinires de espadas se cruzando ecoavam pela mansão do general, logo os criados despertaram assustados. Carregavam o mesmo pensamento em suas mentes dominadas pela sonolência "Alguém louco fez um ataque furtivo fracassado à mansão do general", entretanto logo escutaram um guarda gritar e alguns resmungos doloridos faziam-se presentes.

-Jovem mestre por favor vá descansar! O senhor não dormiu mais que 15 minutos hoje! - tentava de todas as maneiras convencer seu mestre a descansar apropriadamente. Tendo um cargo de confiança na propriedade do general, fazia parte de um seleto grupo que sabia do veneno que assolava seu jovem mestre, preocupado com sua saúde, tentava para-lo, mas sem sucesso.

Firmemente parado, Bai Lei olhava para os guardas que protegiam o portão na última noite, agora estavam todos largados no chão, gemendo constantemente pelas dores que sentiam. Depois de seu banho medicinal, tentou de todas as maneiras fechar seus olhos e descansar após uma noite agitada, entretanto, uma figura feminina não saia de sua mente. Por mais que tentasse tira-la de seus pensamentos não conseguiu.

Estava encantado por sua figura divina, os olhos dourados pareciam enxergar sua alma e descrever seus pecados, o cabelo vermelho como um rio de sangue, lábios finos e rosados que em sua opinião eram ridiculamente beijáveis, sua expressão raivosa e revoltada davam a vontade de abraça-la e reconforta-la... Foram apenas alguns segundos vendo essa beleza selvagem, mas foram o suficiente para roubar sua atenção. Apenas pela micro interação, pode perceber o quanto ela valoriza seus companheiros e faz de tudo para defende-los, além disso sua aura fria como inverno não foi nem um pouco reduzida por sua aura assustadoramente assassina. Todos esses detalhes rondavam sua mente nas últimas horas, sem saber o motivo seu coração acelerava quando pensava na garota "assustadora", contava as horas para encontra-la novamente e ter uma conversa propriamente dita além da chance de se apresentarem oficialmente.

-Jovem mestre, tenha piedade destes pobres servos! Nós realmente sentimos muito pela confusão causada por nós na noite passada, sinceramente cometemos um pecado ao comparar sua excelência com um bêbado moribundo- Implorava um dos guardas esparramado pelo chão.

Numa forma de distrair sua mente, decidiu punir os guardas que o recepcionaram no portão. Convoco-os para um pátio dentro dos limites de sua mansão e começou um treinamento intensivo das artes espadachins. Deu a cada um dos guardas e a si mesmo, uma espada de madeira comum bastante utilizadas em treinamentos, dando a chance dos mesmos se defenderem de seus pavorosos ataques. Mas, como simples guardas conseguiriam se defender dos ataques de um gênio militar? Seus números eram de fato maiores, entretanto, lhes faltavam força física e técnicas boas o suficiente para resistir a chuva de ataques que receberam durante horas.

O resultado não poderia ser outra a não ser dezenas de guardas choramingando no chão cheios de marcas roxas em seus corpos, além de algumas feridas superficiais e o cansaço de ser espancado por horas. Seu jovem mestre não mostrava nenhum indício de fadiga nem mesmo uma gota de suor escorreu, sua figura permanece imaculada mesmo após horas de execução repetidas de vários golpes intensos e precisos. Vestido com uma roupa preta colada em seu corpo, permaneceu sério e silencioso em todos os momentos, como uma cobra camuflada esperando o momento certo para atacar desprevenida. Esse era o exato sentimento que os pobres homens tinham em seu coração, eles eram os roedores e seu mestre era o assustador dragão a espreita.

-Hum... Estão dispensados por agora- murmurou irritado por terem atrapalhado seu pensamento.

Vendo a figura com vestimentas pretas recuando, respiravam com mais tranquilidade e harmonia. Lentamente um por um, foram se colocando de pé, alguns sozinhos alguns com ajuda e outros foram carregando companheiro desacordados para a enfermaria. Os servos recém acordados se depararam com pessoas mancando em direção a enfermaria, logo o consenso surgiu na mente de todos "O jovem mestre acordou irritado!", com esse pensamento todos prestaram atenção em todas as suas ações se certificando de agradar completamente seu mestre.

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Um pequeno batalhão de soldados equipados com uma armadura negra, cavalgavam rapidamente em direção a uma montanha próxima a cidade Jian, na qual Chan Bo residia nestes últimos 9 anos. Carregavam bandeiras vermelhas com um tigre negro no meio, o símbolo da família Bai! Em frente a esses cavaleiros negros estavam duas figuras sem armadura, vestiam apenas uma simples roupa vermelha detalhada com fios negros e uma simples coroa seguravam seus longos cabelos.

Um é um homem bonito de meia idade, olhos castanhos e intimidadores, sobrancelhas retas moldavam sua expressão séria, lábios grossos e um pouco avermelhados, cabelos negros junto de fios grisalho mostravam o traço do tempo, mesmo em roupas um pouco largas seus músculos fortes ainda marcavam suas vestes enquanto cavalgava em seu belo garanhão. Ao seu lado um jovem viril cavalgava serenamente, naturalmente se tratava de Bai Lei, juntando as peças a identidade do homem ao seu lado já pode ser identificada, se tratava de seu "pai", General Bai Chin.

Ambos vieram solicitar  a mão de obra de Chan Bo na produção da pílula, apesar das desavenças jovem Bai admiti que a velha raposa era o melhor no campo da alquimia nas cidades livres, por isso trouxe seu velho para solicitar o tão aguardado remédio. Velozmente se aproximavam da montanha verdejante.

-O que chateou filho? Soube que puniu alguns guardas da mansão...- perguntou Bai Chin, ao acordar recebeu o relatório dos eventos ocorridos pela manhã em sua mansão, não se encontraram pela manhã pois teve que se apresentar o palácio logo cedo.

-Hum, ontem a noite eles me confundiram com um moribundo, apenas os puni pela sua tolice- respondeu mau humorado, logo se lembrou de um assunto que o assolou na última noite- Pai, as ervas de nossa mansão foram substituídas por outras de qualidade superior as usualmente utilizadas por nós.. Entretanto, lembro-me que este tipo de lote é extremamente caro e o capital que temos na mansão, não são suficientes para compra-los... Então de onde eles vieram?

Antes que responde-se uma voz brincalhona soou..

-Eu presentei seu velho pai com algumas ervas plantas por minha discípula, hahaha- disse Chan Bo flutuando no ar tomando uma xícara de chá, olhando para eles com um sorrisinho convencido no olhar- Nos encontramos novamente meu velho amigo- disse estendendo a xícara em direção a Bai Chin.

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Capítulo 62:  Jovem de cabelos vermelhos.

Notas do autor:

Li Xanadu: Vocês não sabem o prazer que é estar de volta !

Trolei hihihih

A propósito, tenho uma nova história em andamento, quem tiver tempo por favor de uma olhadinha e me diga o que achou ♡♡♡♡

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Imperatriz Vermelha, a Conquistadora! (Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora