Best Change

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Ah droga, por que diabos existe o ciúmes? Mas que merda é essa que existe? Por causa desse idiota chamado ciúmes que eu tô aqui. Nessa sala de espera de um hospital idiota esperando que a mulher da minha vida saia bem daquele quarto. Por que eu tinha que dizer aquelas coisas pra ela? Por que ela tinha que sair correndo de casa? Por que diabos ela não podia ter olhado antes de atravessar a rua? Por que ela tinha que ser atingida por um carro?

Desculpa, nem falei meu nome, nem disse nada, mas é que nesse momento eu só consigo sentir culpa de mim mesmo. Só consigo pensar em como minha mulher está.

Meu nome é Drew, tenho 22 anos, moro em Londres. Hoje, eu e minha namorada fazemos 6 anos de namoro. Hoje, eu estava decidido. Pediria a mulher da minha vida em casamento. Só que aí, ela me disse que iria no mercado comprar algumas coisas, e eu fui logo depois atrás dela. Chegando lá, vi-a conversando com um cara, que estava na maior cara dura dando em cima dela, e ela lá, só rindo e rindo.

Sabe aquele ditado "Quer saber o significado de uma pessoa? Então pense em perdê-la", pois é, eu pensei em perder a Bia. Sei que isso não é desculpa, mas o ódio e o ciúme tomaram conta de mim. Do meu cérebro, do meu corpo... De absolutamente tudo.

Eu não podia estar perdendo a mulher que eu amo na frente dos meus olhos, eu não podia estar vendo aquele cara conversando... Opa, por que ele tá passando a mão no braço da MINHA Bia? Agora a porra ficou séria.

Depois que eu vi aquele cara conversando e passando a mão na minha mulher, eu paralisei, e depois que acordei do meu choque, simplesmente botei as mãos no bolso e fui andando pra casa. Entrei em casa, e saí batendo todas as portas da casa, querendo liberar um pouco da minha raiva.
Subi as escadas e entrei em nosso quarto, fui direto para o banheiro. Não me importava se eu tinha tomado um banho não fazia nem 30 minutos. A única coisa que eu fiz foi colocar minha cabeça debaixo da água quente.
Puta que pariu! Quem colocou essa merda quente? Eu sei que estamos no Inverno de Londres, mas agora eu quero tomar um banho de água gelada e foda-se.

Regulei o chuveiro para apenas água gelada, e terminei de tomar meu banho.
Logo que saí do banho, escutei a Bia batendo a porta, e entrando cheia de sacolas com umas cara furiosa, e o seu olhar que dizia: "Por que diabos você não foi lá no mercado me ajudar a trazer essas comprar? Fiquei te esperando, e eu tive que carregar tudo sozinha".

Depois disso, eu só me lembro da gente brigando, lembro de mim levantando a voz pra ela, e ela fazendo o mesmo comigo. Lembro-me de depois estar correndo disparado a rua quando ouvi um baque chegando aos meus ouvidos.

Quando cheguei na calçada de nossa casa, vi ela caída no chão, e um cara descendo do carro para socorrê-la. Depois, chamaram uma ambulância. E aí vocês se perguntam, onde eu tava?

Bom, eu tava parado, simplesmente eu tinha congelado, meus pés não saiam do chão, e os meus olhos não se moviam do local onde minha mulher estava jogada no chão. Eu não piscava, eu estava com muita dificuldade de respirar.

Quando acordei do meu choque, quando eu descongelei, a única coisa que eu fiz foi correr em direção a ela.

E agora estamos aqui, ela dentro de uma sala de hospital, e eu sentado em uma poltrona na sala de espera. Eu nem sequer posso ficar no mesmo quarto que minha mulher.

Minutos depois de mim mesmo me xingando mentalmente; minutos depois de muitas lágrimas derramadas; minutos depois de muito desespero de minha parte, o médico que atendeu a Bia quando chegamos no hospital veio em minha direção.

Eu me levantei e imaginei o pior, passaram mil coisas em minha cabeça nesse momento, e eu jurei que se eu saísse daquele hospital sem minha mulher, eu arrumaria um modo de nos encontrarmos em breve. Daria um jeito de nos encontrarmos em outra vida, de outro modo.
O médico deu uma olhada em uma prancheta em sua mão, e me olhou com uma cara de quem disesse que sentia muito. Nesse exato minuto, meu mundo parou, e eu só esperava 5 palavras.

imagines Hot - Drew Starkey Onde histórias criam vida. Descubra agora