Love

5.6K 117 8
                                    

Anoitecia.

Éramos as únicas almas vivas dentro daquela casa, logo que meus pais partiram de viagem para o litoral. Thinking Out Loud ecoava aos quatro cantos do quarto.

Nós ríamos feito crianças, enquanto mencionávamos as memórias de infância e bebíamos duas garrafas pequenas de vodka que sobraram da pequena comemoração que teve em casa horas atrás.

Drew foi meu primeiro namorado, desde os 15 anos. Hoje, aos 23, já éramos cúmplices fiéis.

Deitou-se sobre meu corpo de maneira que eu ficasse quase imóvel e fazia cócegas incansavelmente ao som do meu gargalhar desesperado. Ouvi o abajur indo ao chão e levando consigo a única luz do ambiente. Paramos assustados.

Seus olhos, agora calmos, se voltaram pra mim. Contemplei o sorriso mais sincero dentro de anos de convivência.

Continuou deitado sobre mim, agora minhas mãos percorriam o caminho de suas costas e podia sentir sua respiração se normalizando aos poucos. Sorri. Drew era o  homem" da minha vida. Ele soltou um murmúrio baixo em protesto quando arranhei suas costas propositalmente. Eu o provocava feito uma criança.

Consegui o que queria. Se levantou num pulo e pôs-se sentado em cima de mim. Suas mãos seguravam firmes meus punhos e eu ria por motivos desconhecidos. Ele abriu outro sorriso e me olhou nos olhos.

Esticou-se de maneira a alcançar meus lábios. Vi o sorriso puro de seu rosto indo embora assim que sua mão passou a percorrer minha pele por baixo do fino tecido da minha camisola (pasmem) de coelhinhos.

Ele me beijou outra vez, um beijo longo, sensível, de uma forma que nunca havia acontecido antes. Seus pés encontravam os meus, enquanto nossas pernas se entrelaçavam. Nos beijávamos lenta e calorosamente. Logo sua camisa azul-clara já fazia parte do carpete.

Via seus risos fracos e espontâneos entre um beijo e outro. Suas mãos se dedicaram em tirar minha camisola, que fez questão de ir acompanhar a tal camisa azul.

Era impagável nosso estado: Estávamos extasiados e completamente envolvidos. Dentro de segundos já não tínhamos controle algum de nossas ações.

Ele deu uma breve pausa, seus olhos me transmitiam a segurança que eu nunca havia sentido antes.

O encarei por um interminável minuto em silêncio, como se nossos pensamentos se comunicassem. Eu sabia o que viria depois daquilo e, por incrível que pareça, não me perguntei se seria certo ou errado, simples ou complicado.

Apenas me entreguei àquele momento como se fosse o último de nossas vidas.

Seu rosto se voltou próximo ao meu. Nossos lábios se uniram e nossas mãos se entrelaçaram quase que involuntariamente. Sentia o peso de seu corpo sobre mim. Os batimentos acelerados eram inevitáveis. Pude ouvi-lo pronunciar meu nome ao pé do meu ouvido num murmúrio baixo em tom preocupado. Ignorei. Outro murmúrio. Ignorei outra vez.

- Eu não tenho camisinha, Maria Alice! - ele soltou num certo desespero e eu sorri, o deixando completamente confuso.

- Já ouviu falar em pílula? Então. Eu tomo, lembra? - um sorriso aliviado preenchia seu rosto. Eu fazia uso das pílulas desde os 16 anos para tratamento e me admirei do meu namorado não saber daquilo. Senti sua respiração cada vez mais próxima ao meu rosto outra vez. Eu beijava seu pescoço e arranhava de leve suas costas descobertas.

- Tem certeza? - se pronunciou outra vez num tom baixo e agora calmo.

- Absoluta. Chega de interromper. - mordi seu lábio inferior que hora ou outra se abria em belos sorrisos involuntários, como dito.

imagines Hot - Drew Starkey Onde histórias criam vida. Descubra agora